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Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do Cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozóico (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: FONT, ERIC CLAUDE - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: AGG
  • Subjects: PALEOMAGNETISMO; AMAZÔNIA
  • Language: Português
  • Abstract: Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozoico. No neoproterozoico, a Terra pode ter passado por vários eventos de glaciação e rápida deglaciação, como sugere a ampla distribuição de sedimentos glaciais desta idade que se encontram sistematicamente capeados por sequências carbonáticas (cap carbonates). Estudos paleomagnéticos indicam que algumas destas sucessões sedimentares foram depositadas em baixas latitudes, levando a crer que as calotas de gelo cobriram toda a superfície do planeta. Esta hipótese, conhecida como "Terra Bola de Neve" (Snowball Earth), evoca as mudanças climáticas mais extremas da história da Terra, as quais poderiam ter levado à diversificação de formas de vida do inicio do cambriano (Hoffman et al., 1998). Os estudos geocronológicos e isotópicos obtidos nos últimos anos identificam pelo menos três eventos glaciais ao longo do neoproterozóico, chamados Strutian, Marinoan e Gaskiers. Porém, a quantidade de dados paleomagnéticos disponíveis é ainda insuficiente para testar o caráter global dessas glaciações. Até recentemente apenas um pólo paleomagnético para unidades glaciais ou para os carbonatos de capa podia ser considerado muito confiável ('Q>OU=' Van der Voo, 1990). Esse pólo, situado na Austrália, indica uma sedimentação glacial em baixas latitudes para os sedimentos das Formações Elatina e Yaltipena (Embleton e Williams, 1986, Williams e Schmidt, 1995,Sohl et al., 1999). Mais recentemente, dois outros pólos foram obtidos, para o sul da China (Macouin et al., 2004) e para Omã (Kilner et al., 2005), ambos indicando latitudes inferiores a 15° para a sedimentação glacial ou carbonática. Embora esses dados reforcem a idéia de glaciações a baixas latitudes, eles ainda não permitem confirmar o modelo Snowball. Do mesmo modo, observa-se uma grande escassez de pólos de referência para balizar as reconstruções ) paleogeográficas do fim do neoproterozóico Por exemplo, a posição da Laurentia para esta época é bastante controversa, com modelos variando de posições polares a posições equatoriais. Na América do Sul, poucos pólos estão disponíveis para o intervalo entre 750 e 580 Ma. Para a Amazônia, em particular, nenhum pólo estava disponível para esse intervalo de idades até o nosso trabalho e a sua posição paleogeográfica era inferida nos modelos globais a partir da posição da Laurentia, considerando que estas unidades estiveram juntas até a abertura do Oceano Iapetus. Dois outros aspectos importantes do debate acerca das glaciações neoproterozóicas são: (i) as condições paleoambientais logo após os eventos glaciais, i.e. a intensidade da atividade biológica, as condições redox e a formação de dolomitas, além de (ii) vínculos temporais, ou seja qual a idade dos eventos glaciais e quanto tempo duraram os períodos frios e a retomada das condições normais. Aqui, nós propomos um estudo combinado de dados paleomagnéticos,magnetoestratigráficos e geoquímicos de modo a fornecer resposta e estas questões ...
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.11.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      FONT, Eric. Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do Cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozóico. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Font, E. (2005). Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do Cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozóico (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Font E. Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do Cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozóico. 2005 ;[citado 2025 dez. 28 ]
    • Vancouver

      Font E. Paleomagnetismo dos carbonatos de capa do Cráton Amazônico (Brasil): implicações para as glaciações do neoproterozóico. 2005 ;[citado 2025 dez. 28 ]


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