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A primeira década da AIDS no Brasil: o fantástico apresenta a doença ao público (1983-1992) (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: BARATA, GERMANA FERNANDES - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLH
  • DOI: 10.11606/D.8.2006.tde-07072006-124258
  • Subjects: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; TELEVISÃO; SAÚDE PÚBLICA; DOENÇAS (HISTÓRIA)
  • Language: Português
  • Abstract: Este trabalho analisa como a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), maior epidemia do século XX, foi divulgada pelo programa Fantástico, da Rede Globo de televisão, entre 1983 e 1992, primeira década em que a doença aparece na mídia brasileira. No caso da Aids, a televisão, principal fonte de informação da população, desempenhou papel chave ao apresentá-la ao público, muito antes que os governos, profissionais da saúde e pesquisadores tivessem respostas seguras sobre a doença. Das 105 notícias divulgadas no programa durante a década, selecionou-se 26 que priorizaram os aspectos científicos da enfermidade - encontros científicos, descobertas e avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento. Por ser desconhecida, mortal e sexualmente transmissível, principalmente, a Aids encontrou espaço reservado no Fantástico, que valoriza histórias extraordinárias, bizarras e grotescas, inspiradas no gênero fait divers. Trabalhos que abordaram a televisão enquanto meio de divulgação da Aids são escassos e lidam apenas com campanhas de prevenção da doença. O programa foi pioneiro na divulgação do nome Aids na grande mídia ao exibir em 27 de março de 1983 uma matéria que já trazia a dimensão de "epidemia do século". A cobertura priorizou o cenário nacional e o discurso científico, reservando um bom espaço para a divulgação da doença e contribuindo para informar a população sobre os meios de prevenção, os avanços científicos em relação à enfermidade e à qualidadedo sistema de saúde público brasileiro. No entanto, fica claro também o )fortalecimento dos mitos e metáforas relativos à história das doenças e à ciência, além dos preconceitos e estigmas contra seus pacientes, sobretudo os pertencentes aos chamados grupos de risco, o que pode ter contribuído para distanciar o telespectador da realidade da doença. A mídia, cuja relação de divulgação com a ciência, é tantas vezes problemática, no caso do programa Fantástico preencheu algumas lacunas junto ao grande público, mas deixou a descoberto os flancos por onde entram as questões bioéticas, morais e, no final, ideológicas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.01.2006
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.8.2006.tde-07072006-124258 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      BARATA, Germana Fernandes. A primeira década da AIDS no Brasil: o fantástico apresenta a doença ao público (1983-1992). 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07072006-124258/. Acesso em: 03 dez. 2025.
    • APA

      Barata, G. F. (2006). A primeira década da AIDS no Brasil: o fantástico apresenta a doença ao público (1983-1992) (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07072006-124258/
    • NLM

      Barata GF. A primeira década da AIDS no Brasil: o fantástico apresenta a doença ao público (1983-1992) [Internet]. 2006 ;[citado 2025 dez. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07072006-124258/
    • Vancouver

      Barata GF. A primeira década da AIDS no Brasil: o fantástico apresenta a doença ao público (1983-1992) [Internet]. 2006 ;[citado 2025 dez. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07072006-124258/

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