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Investigação psicológica de mães de crianças agressivas (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: BASAGLIA, ALINE ESTEVES - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSC
  • Subjects: AGRESSIVIDADE; CRIANÇAS; MÃES; TESTE DE RORSCHACH; ESCALA DIAGNÓSTICA ADAPTATIVA OPERACIONALIZADA
  • Language: Português
  • Abstract: A tendência anti-social é vista por Winnicott mais como um problema de crianças normais perturbadas pelo ambiente do que algo originário de perturbações internas. Ele coloca a hipótese de que a criança que apresenta tendência anti-social teria passado por um período de privação emocional, posterior a uma fase em que tudo corria bem, e que seu ego ainda não estaria suficientemente desenvolvido para enfrentar esta dificuldade. A melhor forma de garantir um trabalho bem sucedido com essas crianças é oferecer-lhes um ambiente protetor, estável e forte, com assistência e amor pessoais e doses crescentes de liberdade. Ao desenvolver uma ação preventiva de comportamentos transgressores com crianças que apresentam agressïvidade no ambiente escolar, a autora se deparou com a dificuldade de vincular as mães dessas crianças ao trabalho. Será que haveria características de funcionamento psíquico dessas mães que poderiam impedir o desempenho adequado da função materna? Fizeram parte deste estudo 30 mães de meninos agressivos, que foram atendidas individualmente em situação de psicodiagnóstico, no qual foi incluído entrevista sobre a criança, entrevista baseada na Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (E.D.A.O.) e a técnica de Rorschach. As mães foram convidadas a participar da pesquisa à medida que, seus filhos, de sexo masculino e com queixa de comportamento agressivo motor e/ou verbal, eram encaminhados pela escola para atendimento psicológico no Serviço de Saúde Mentaldo município de Santana de Parnaíba (região oeste da Grande São Paulo, Brasil). Eram crianças com idades entre 8 e 12 anos e que não apresentavam perturbação neurológica ou psicológica grave. Na região atendida, predomina uma população de baixa renda. Os dados foram analisados e relacionados entre si, privilegiando os aspectos intelectuais, afetivos e de socialização, utilizando-se o referencial psicanalítico winnicottiano. Os resultados do Rorschach e das entrevistas sugeriram um perfil do grupo como sendo do tipo hístero-fóbico: controle frágil das emoções com dominância de cargas afetivas e excitabilidade, dificuldade de contato interpessoal e manutenção de relações objetais adultas, figura paterna fonte de ansiedade e medo e respostas de distanciamento, figura materna fonte de angústias precoces e preocupações ligadas à feminilidade. Foi possível concluir que estas mães não são agressivas e que cuidaram presencialmente de seus filhos, mas não foram capazes de oferecer um ambiente adequado para responder às suas necessidades, tendo em vista suas próprias dificuldades e conflitos. Dificuldades estas que evidenciaram a existência de uma maternagem não suficientemente boa vivenciada pelas mães e que não as permitiu oferecer tal maternagem a seus próprios filhos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.09.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      BASAGLIA, Aline Esteves. Investigação psicológica de mães de crianças agressivas. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 11 maio 2024.
    • APA

      Basaglia, A. E. (2005). Investigação psicológica de mães de crianças agressivas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Basaglia AE. Investigação psicológica de mães de crianças agressivas. 2005 ;[citado 2024 maio 11 ]
    • Vancouver

      Basaglia AE. Investigação psicológica de mães de crianças agressivas. 2005 ;[citado 2024 maio 11 ]

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