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Artigo de periodico

Geologia da folha de Morretes (1967)

  • Authors:
  • USP affiliated authors: CORDANI, UMBERTO GIUSEPPE - IGC ; GIRARDI, VICENTE ANTONIO VITORIO - IGC
  • Unidade: IGC
  • Assunto: PETROLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: O presente trabalho resultou das investigações geológicas realizadas na região de Morretes (Paraná, Brasil) que cobre área de aproximadamente 690 Km2. Grande parte da área é ocupada pela Serra do Mar, região elevada com vertentes abruptas, formada por diversos maciços isolados, delimitada a oeste com o primeiro planalto paranaense e a leste com a planície costiera atlântica. A escarpa oriental possui mais de 1000m de desnível tendo sido ocasionada possivelmente por falhamentos associados à erosão. Predominam na região rochas metamórficas e ígneas pré-cambrianas, cortadas por diques mesozóicos de diabásicos e cobertas em alguns lugares por pedimentos remanescentes do Pleistoceno ou por sedimentos aluviais da planície costeira, a leste. Migmatitos heterogêneos (biotita gnaisses a biotita-hornblenda gnaisses) são as rochas metamórficas mais comuns que se altenam localmente com migmatitos homogêneos (biotita gnaisses leucocráticos), com transição completa. A gnaissificação é bem marcada por alternância de bandas claras e escuras, com direção geral NNE-SSW e mergulhos quase sempre verticais. Intercalações concordantes de pequena espessura (algumas dezenas de metros no máximo) o foram assinaladas, refletindo provavelmente o acamamento original e consistindo de quartzitos, quartzo-muscovita xistos, xistos magnesianos (talco xistos e tremolita-talco xistos), quartzitos com magnetita, anfibolitos e rochas manganíferas. Tais rochas pertencem à facie metamórficaalmandina-anfibolito, com exceção das que ocorrem na região leste. Nesta, ocorreu metamorfismo retrógrado e as rochas aí existentes enquadram-se na fácie dos xistos-verdes. Foram delimitados três maciços graníticos denominados: Graciosa, Anhangava e Marumbi. Os dois primeiros são semelhantes e apresentam-se heterogêneos na mineralogia e textura e com variedades de pronunciada tendência alcalina. Apresentam forma alongada de direção NE, contatos quase sempre tectônicos e têm provável origem anatexítica. Parecem ter sofrido menor mobilidade do que o Granito Marumbi que se apresenta mais homogêneo e possui alguns contactos intrusivos. Foram assinalados também alguns pequenos diques de microgranito, de direção NNE. Falhas de direção NNE, que parecem ter sido responsáveis em parte pela formação de escarpa da Serra do Mar, são relativamente recentes, pois afetaram os diques mesozóicos. Sistema pouco mais antigo possui direção NW e representa fendas de tensão associadas ao vulcanismo basáltico. Sistemas anteriores, talvez contemporâneos à formação dos granitos, possuem direção N-S e NNE-SSW e E-W a ENE-WSW. Minérios de ferro são representados por intercalações de quartzitos com magnetita que formam uma faixa de 5 km de comprimento por algumas centenas de metros de largura. Nela aparecem diversas lentes de magnetita compacta. A tonelagem de minério com mais ou menos 40% de Ferro pode ser estimada em alguns milhões de toneladas. Na área aparecem doisafloramentos de rochas manganíferas que não constituem mnério explorável, e alguns de talco, de possibilidades de exploração esconhecidas. São assinaladas também algumas ocorrências de material de construção e de revestimento de estradas Their origin is probably anatexitic, and they seem to have behaved with smaller mobility than the Marumby Granite, which is more homogeneous. Some small NNE-SSW microgranite dikes were also found. NNE faults, reponsible fo rthe major Serra do Mar scarp, seem to be relatively recent, since they affect the Mesozoic diabase dikes. The NW-SE system is older, associated to the basaltic volcanism, and perhaps contemporaneous to the granite emplacements, show N-S to NNE-SSW and E-W to ENE-WSW trends. Iron ores consist of concordant beds of quartzite with magnetite which form a 3.2 miles long and some hundred meters wide area, in which some compact magnetite lenses occur. The reserve can be estimated in some millions tons of ore with around 40% iron content. In the region occur two outcrops of manganiferous rocks, but the manganese ore is not explorable. Some talc rock outcrops with unknown economic possibilities, and occurrences of building materials were also noted
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    • ABNT

      CORDANI, Umberto G. e GIRARDI, Vicente Antonio Vitorio. Geologia da folha de Morretes. Boletim da Universidade Federal do Paraná. Geologia, n. 26, p. 1-40, 1967Tradução . . Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/e86e8926-b482-41b3-9c10-fadcb1cb7a6f/1484911.pdf. Acesso em: 12 jun. 2025.

    • APA

      Cordani, U. G., & Girardi, V. A. V. (1967). Geologia da folha de Morretes. Boletim da Universidade Federal do Paraná. Geologia, ( 26), 1-40. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/e86e8926-b482-41b3-9c10-fadcb1cb7a6f/1484911.pdf

    • NLM

      Cordani UG, Girardi VAV. Geologia da folha de Morretes [Internet]. Boletim da Universidade Federal do Paraná. Geologia. 1967 ;( 26): 1-40.[citado 2025 jun. 12 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/e86e8926-b482-41b3-9c10-fadcb1cb7a6f/1484911.pdf

    • Vancouver

      Cordani UG, Girardi VAV. Geologia da folha de Morretes [Internet]. Boletim da Universidade Federal do Paraná. Geologia. 1967 ;( 26): 1-40.[citado 2025 jun. 12 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/e86e8926-b482-41b3-9c10-fadcb1cb7a6f/1484911.pdf

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