Revisão taxonômica de Marmosa Gray, 1821 (Didelphimorphia, Didelphidae) (2005)
- Authors:
- Autor USP: ROSSI, ROGERIO VIEIRA - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIZ
- Subjects: MARSUPIALIA; ZOOLOGIA (CLASSIFICAÇÃO)
- Language: Português
- Abstract: O gênero Marmosa compreende parte dos pequenos marsupiais neotropicais com mancha enegrecida ao redor dos olhos e cauda longa preênsil, popularmente conhecidos por cuícas ou mucuras. Este gênero corresponde, com algumas midificações, ao "grupo murina" de Tate (1933), único autor a realizar uma revisão taxonõmica em nível de espécie para Marmosa. Ele reconheceu 27 táxons do grupo da espécie no "grupo murina", reduzidos a 11 espécies monotípicas por Creighton (1984) e a nove por Gardner & Creighton (1989). Recentemente, estudos embasados em dados moleculares e na comparação morfológica de exemplares recém-coletados com aqueles depositados em meseus indicaram que o conceito atual de Marmosa murina representa um complexo de espécies, evidenciando a necessidade de uma revisão do grupo. Com o objetivo de revisar taxonomicamente o gênero Marmosa, examinei cerca de 2.500 espécimes depositados em diversas coleções zoológicas nacionais e estrangeiras. Observei a morfologia externa e craniana nestes exemplares buscando encontrar padrões de congruência de caracteres indicativos de unidade taxonômica. Extraí 29 medidas crânio-dentárias dos espécimes analisados e as submeti a testes estatísticos uni e multivariados para, respectivamente, avaliar a existência de variação etária e dimorfismo sexual e investigar a existência de padrões de variação no conjunto das medidas analisadas ou discriminar espécies morfologicamente muito semelhantes. Reconheci 14 espécies dentrodo gênero Marmosa, o que representa um acréscimo de 35% na riqueza de espécies atualmente reconhecida para o gênero. Quatro espécies (M. isthmica, M. mexicana, M. simonsi e M. zeledom) estão distribuídas no México, América Central e porção trans-andina da América do Sul; nove espécies (Marmosa andersoni, M. lepida, M. macrotarsus, M. murina, M. rubra, M. tobagi, M. tyleriana, M. waterhousei e M. xerophila) estão restritas à porção cis-andina da América do Sul; e uma (M.robinsom) ocorre na América Central e norte da Colômbia. A maioria destas espécies pode ser discriminada com base na coloração da pelagem dorsal, na distribuição dos pêlos de base cinza no ventre, na presença da porção erminal da cauda despigmentada, no arranjo das escamas caudais, no tamanho e espessura dos pêlos associados às escamas caudais, na presença de processo rostral pré-maxilar, na presença e formato de fenestras palatais, no alogamento do orbitoesfenóide, nos padrões morfológicos e de desenvolvimento das cristas supraorbitais e temporais, e no desenvolvimento da asa timpânica do alisfenóide e da asa timpânica do ectotimpânico. Dada a presença de variação etária e dimorfismo sexual significativos na maioria das espécies reconhecidas, a correta identificação dos indivíduos deste gênero depende da sua classificação quanto ao sexo e a classe de idade a que pertencem.
- Imprenta:
- Data da defesa: 25.10.2005
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ABNT
ROSSI, Rogério Vieira. Revisão taxonômica de Marmosa Gray, 1821 (Didelphimorphia, Didelphidae). 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 25 abr. 2025. -
APA
Rossi, R. V. (2005). Revisão taxonômica de Marmosa Gray, 1821 (Didelphimorphia, Didelphidae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Rossi RV. Revisão taxonômica de Marmosa Gray, 1821 (Didelphimorphia, Didelphidae). 2005 ;[citado 2025 abr. 25 ] -
Vancouver
Rossi RV. Revisão taxonômica de Marmosa Gray, 1821 (Didelphimorphia, Didelphidae). 2005 ;[citado 2025 abr. 25 ]
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