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Prognóstico do dente supranumerário determinado radiograficamente após a realização de enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura lábiopalatina (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: FACO, EDUARDO FRANCISCO DE SOUZA - HRAC
  • Unidade: HRAC
  • Subjects: FISSURA LÁBIOPALATINA; DENTE SUPRANUMERÁRIO; ENXERTO ÓSSEO; RADIOGRAFIA PANORÂMICA
  • Language: Português
  • Abstract: Objetivos: Determinar o prognóstico da manutenção do dente supranumerário ou incisivo lateral anômalo na arcada dentária do paciente com fissura labiopalatina; avaliar os fatores que podem influenciar este prognóstico. Modelo: Estudo transversal, retrospectivo de uma amostra de pacientes previamente selecionadas. Os dados foram obtido das radiografias panorâmicas, oclusais e periapicais da fissura no pré cirúrgico, aos 40 dias, 6 meses, 1 ano e 2 anos pós-operatórios, sendo relacionados e avaliados através dos testes de associação. Utilizaram como parâmetros a escala de Bergland e análise qualitativa de dois cirurgiões buco maxilo faciais e um ortodontista, quanto ao prognóstico dos dentes estudados após 2 anos da realização da cirurgia de enxerto ósseo. Ambiente/Local: O estudo foi realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo - Bauru - SP. As radiografias foram analisadas em um laboratório de radiologia escuro, posicionadas sobre um negatoscópio de luz branca. O tipo de fissura foi obtido no setor de arquivo de prontuário de pacientes deste mesmo hospital. Pacientes/Participantes: Foram selecionados aleatoriamente pastas de radiografias e prontuários de 40 pacientes com fissura labiopalatina, submetidos à cirurgia de enxerto ósseo alveolar secundário, com idade a partir de 8 anos em cujas radiografias era observada a presença de um dente supranumerário ou incisivo lateral anômalo anteriormente à cirurgia, sendo queeste dente permaneceu até a última avaliação correspondente às radiografias de 2 anos pós-operatórios. Resultados: Quando foram relacionados o sucesso do enxerto ósseo de acordo com a escala de Bergland e o tipo de fissura, observou-se que em nenhum caso o enxerto foi classe III ou IV. Na FPU 5.26% eram classe II na avaliação aos 40 dias pós-operatórios e 26.32% aos 2 anos. Na FTU 18.18% eram classe II passando para 36.36% respectivamente aos 40 dias e 2 anos pós-operatórios. Para FTB, não houve caso de classe II na primeira avaliação, mas na segunda, 40% dos casos eram desta classe. A respeito da relação entre o tipo de dente e o prognóstico de sua permanência na arcada dentária, os pré-caninos obtiveram 41.94% de ótimo ou bom prognóstico enquanto 22.22% dos incisivos laterais anômalos tiveram a mesma classificação. Nenhum pré-canino apresentou prognóstico ruim, contra 44.44% de incisivos laterais anômalos com este prognóstico. Ao serem relacionados o sucesso do enxerto ósseo e a irrupção do dente estudado, verificou-se que quando o dente estava irrompido na época da cirurgia, 85.19% dos enxertos eram classe I na avaliação de 40 dias e 66.67% aos 2 anos, classe II em 11.11% dos casos aos 40 dias e 33.55% dos casos aos dois anos. No grupo de dentes inclusos na data da cirurgia, aproximadamente 77% dos enxeros de classe I na primeira avaliação, passou para 84.62% aos 2 anos. Na relação entre o tipo de fissura e o tipo de dente encontrado, nogrupo com FPU, aproximadamente 90% (17 dentes de 40) eram pré-caninos e 10.53% (2 dentes) eram incisivos laterais anômalos. Na FTU, estes valores corresponderam a 63% e 30% respectivamente; 80% na FPB e 60% na FTB, eram pré-caninos. Conclusões: Todos os dentes encontrados nesta amostra, mesmo aqueles que apresentavam grandes malformações ou inclinações foram mantidos e, após 2 anos na arcada dentária, estes dentes ainda estavam presentes, contribuindo para a manutenção do enxerto ósseo alveolar em níveis satisfatórios (classe I e II de acordo com a classificação de Bergland). Conclui-se que mesmo alguns destes necessitem de extração devido ao seu prognóstico ruim, devem ser mantidos após o enxerto ósseo, para favorecer a preservação do enxerto, impedir grandes reabsorções e manter osso para a instalação futura de implantes osseointegrados. A realização do enxerto ósseo mais precocemente (antes da irrupção do incisivo lateral), somente deve ser efetuada quando o incisivo lateral apresentar forma e cronologia de erupção muito próxima do normal. A erupção do dente supranumerário ou incisivo lateral anômalo geralmente ocorre mais tardiamente em relação ao incisivo lateral e juntamente com o tracionamento ortodôntico, favorece o prognóstico do enxerto ósseo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.02.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      FACO, Eduardo Francisco de Souza. Prognóstico do dente supranumerário determinado radiograficamente após a realização de enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura lábiopalatina. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Bauru, 2005. . Acesso em: 04 out. 2024.
    • APA

      Faco, E. F. de S. (2005). Prognóstico do dente supranumerário determinado radiograficamente após a realização de enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura lábiopalatina (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Bauru.
    • NLM

      Faco EF de S. Prognóstico do dente supranumerário determinado radiograficamente após a realização de enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura lábiopalatina. 2005 ;[citado 2024 out. 04 ]
    • Vancouver

      Faco EF de S. Prognóstico do dente supranumerário determinado radiograficamente após a realização de enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura lábiopalatina. 2005 ;[citado 2024 out. 04 ]


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