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Estudo das células satélites de músculo oblíquo inferior de pacientes com hiperfunção de músculo oblíquo inferior e de pacientes sem estrabismo (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: FOSCHINI, ROSALIA MARIA SIMOES ANTUNES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: ROO
  • Subjects: ESTRABISMO; OFTALMOLOGIA; IMUNOHISTOQUÍMICA
  • Language: Português
  • Abstract: Alterações no número de células satélites em diferenciação podem estar correlacionadas com as disfunções do músculo oblíquo inferior comumente encontradas nos pacientes com estrabismo. O estrabismo caracteriza-se pelo desequilíbrio entre as forças que mantém o alinhamento ocular (musculatura ocular externa (MOE) e tecidos conectivos). Ao contrário da musculatura esquelética (ME), que é pós-mitótica, a MOE apresenta-se em contínua renovação celular, às custas das células satélites (CS), que, quando ativadas, expressam o MyoD1, marcador de diferenciação celular da linhagem miogênica. Sua expressão em MOE de humanos adultos, sob condições normais, ocorre numa freqüência de dois a quatro núcleos de CS para cada cem miofibras examinadas. O aumento da força da MOE guarda alta relação com o aumento no número de CS ativadas. Variações na capacidade de proliferação/diferenciação das CS podem estar relacionadas com as disfunções musculares ocorridas no estrabismo, como as hiperfunções dos músculos oblíquos inferiores (MOI). Outros marcadores para as CS incluem o PCNA, expresso em CS em proliferação e o c-met, marcador de CS ativadas, em proliferação ou em repouso. Este estudo teve como objetivos quantificar as CS ativadas pela expressão do MyoD1 e as CS em proliferação pela dupla marcação pelo PCNA e pelo c-met em MOI hiperfuncionantes de pacientes estrábicos e em MOI de pessoas sem estrabismo, além de investigar hipertrofia muscular. Os pacientes foram divididos em: 1.Grupo estrabismo (GE) - 26 pacientes submetidos a miectomia por hiperfunção do MOI); 2. Grupo controle (GC) - 10 globos oculares doados ao Banco de Olhos, de pessoas sem estrabismo/doenças neuromusculares). Por estudo imuno-histoquímico em cortes transversais de MOI, as CS foram identificadas por técnica de dupla marcação para o PCNA e c-met e pela marcação para o MyoD1, sendo os resultados expressos em porcentagem de núcleos marcados em relação ao ... número total de miofibras. Para a medida da área seccional e do perímetro das fibras, estudaram-se cortes transversais de fibras de MOI de 18 pacientes do GE e 7 do GC. Os GE e GC tiveram marcações medianas de, respectivamente, 29,0 e 3,0% (p<0,0001) para o MyoD1 e de 30,0 e 31,0% (p>0,05) para a expressão simultânea de PCNA e c-meto. O número de fibras avaliadas por paciente e as médias da área seccional e do perímetro foram, respectivamente, para o GE e GC, 305 (DP 91) e 280 (DP90) (p>0,05), 734 'micro''m POT.2' (DP 256 'mü''m POT.2') e 697 'mü''m POT.2' (DP 172 'mü''m POT.2') (p>0,05) e 98 'mü'm (DP 16 'mü'm) e 98 'mü'm (DP 12 'mü'm) (p>0,05). A marcação aumentada das CS pelo MyoD1 no GE (p<0,0001) em relação ao GC mostra que os MOI mantém características de miofibras imaturas, com um padrão de marcação pelo MyoD1 semelhante ao encontrado em ME de neonatos. Suas CS possivelmente diferenciam-se numa taxa superior àquela encontrada nos MOI do GC, o que poderia estar relacionado com umaheterogeneidade na população de CS. Embora no GE não tenha sido encontrada hipertrofia (medida pela área seccional e perímetro) em relação ao GC, a hiperfunção dos MOI no GE pode estar relacionada com o aumento do número de CS ativadas, à semelhança do que ocorre com a hipertrofia da MOE experimentalmente induzida em coelhos e com a ME hipertrófica de atletas. A dupla marcação pelo PCNA e c-met não revelou diferenças significativas entre os grupos, sugerindo não haver correlação entre hiperfunção do MOI e proliferação das CS
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.08.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      FOSCHINI, Rosália Maria Simões Antunes. Estudo das células satélites de músculo oblíquo inferior de pacientes com hiperfunção de músculo oblíquo inferior e de pacientes sem estrabismo. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Foschini, R. M. S. A. (2005). Estudo das células satélites de músculo oblíquo inferior de pacientes com hiperfunção de músculo oblíquo inferior e de pacientes sem estrabismo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Foschini RMSA. Estudo das células satélites de músculo oblíquo inferior de pacientes com hiperfunção de músculo oblíquo inferior e de pacientes sem estrabismo. 2005 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Foschini RMSA. Estudo das células satélites de músculo oblíquo inferior de pacientes com hiperfunção de músculo oblíquo inferior e de pacientes sem estrabismo. 2005 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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