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Não somos africanos...somos brasileiros...: povo negro, imigrantismo e identidade paulistana nos discursos da imprensa negra e da imprensa dos imigrantes (1900-1924) - dissensões e interações (2005)

  • Autores:
  • Autor USP: MELLO, MARINA PEREIRA DE ALMEIDA - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLS
  • Assuntos: NEGROS; IMIGRAÇÃO ITALIANA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Nesse trabalho, pretendemos mostrar como as relações de convivência e de vizinhança, bem como as experiências de mobilização entre a população negra e a população imigrante, composta, sobretudo por italianos, fez da cidade de São Paulo no início do século XX um locus particular na construção de padrões urbanos de sociabilidade e na produção de discursos de cunho etnicizante. Por meio de fragmentos de manifestos publicados em jornais dos respectivos grupos, e obras literárias da época, discutimos as consonâncias e dissonâncias entre as propostas inter e intra-étnicas construídas por esses grupos em suas relações recíprocas e referentes às expectativas das elites do período.Considerando que o nacionalismo brasileiro está assentado nos vetores: assimilação, eugenia e civilização, avaliamos como no discurso dos grupos negros e imigrantes esses aspectos são tratados e manipulados no sentido da criação de identidades étnicas. Por se constituírem em elos de um mesmo modelo ideológico que levou negros e imigrantes a evidenciarem em suas falas um ideal de pertencimento, muitos dos discursos por nós analisados acabaram por ratificar a hierarquização das diferenças engendrada pela ideologia dominante. Embora a epígrafe escolhida como título do trabalho sugira uma negação da África como espaço de identidade, os escritos e relatos por nós analisados revelam que a despeito das imposições ideológicas características daquele momento histórico, houve por parte dos gruposa ressignificação de traços de seu passado próximo ou remoto o qual, revelado pela memória, irrompeu em suas palavras, atitudes e gestos, desvendando o que se achava oculto.Questionamos o paradigma que credita à branquitude a exclusividade na construção do edifício da civilização ocidental, racializando conceitos e expressões culturais como o cristianismo ou o modo de vida burguês, por exemplo, que trazem em ) seu cerne contradições e efeitos de uma historicidade em que as contribuições foram múltiplas. Nesse sentido, defendemos que existem estilos de subjetividade e identificação que não correspondem a uma dicotomização das alteridades em branco e preto apenas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 15.04.2005

  • Como citar
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    • ABNT

      MELLO, Marina Pereira de Almeida. Não somos africanos..somos brasileiros..: povo negro, imigrantismo e identidade paulistana nos discursos da imprensa negra e da imprensa dos imigrantes (1900-1924) - dissensões e interações. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 30 jul. 2024.
    • APA

      Mello, M. P. de A. (2005). Não somos africanos..somos brasileiros..: povo negro, imigrantismo e identidade paulistana nos discursos da imprensa negra e da imprensa dos imigrantes (1900-1924) - dissensões e interações (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Mello MP de A. Não somos africanos..somos brasileiros..: povo negro, imigrantismo e identidade paulistana nos discursos da imprensa negra e da imprensa dos imigrantes (1900-1924) - dissensões e interações. 2005 ;[citado 2024 jul. 30 ]
    • Vancouver

      Mello MP de A. Não somos africanos..somos brasileiros..: povo negro, imigrantismo e identidade paulistana nos discursos da imprensa negra e da imprensa dos imigrantes (1900-1924) - dissensões e interações. 2005 ;[citado 2024 jul. 30 ]


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