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A substância viva da literatura: a semiótica das instâncias e a forma literária em tropismes e Ouvrez de Nathalie Sarraute (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: DUARTE, CRISTINA VAZ - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLT
  • Assunto: ANÁLISE DO DISCURSO
  • Language: Português
  • Abstract: Nathalie Sarraute é a autora dos movimentos tropísticos, que designam "reações psicológicas elementares, pouco passíveis de expressão". A forma literária dos seus romances emana da matéria do próprio romance. "Tropismo" vem da palavra grega "tropê", que significa "mudança de direção". Podemos dizer que Nathalie Sarraute opera uma verdadeira mudança de direção, inovando a forma do romance. Os movimentos tropísticos permitiram-lhe inovar a forma romanesca, abolindo as categorias tradicionais da narrativa, como "narrador", "personagem" e "intriga", discutindo relações entre o autor e a obra ou, ainda, entre o leitor e o texto. Cada escritor, segundo ela, deve procurar uma forma literária nova, única, a fim de se inscrever na história da literatura. Para compreender o seu posicionamento quanto à necessidade de o escritor encontrar essa forma singular, é preciso entender o que a forma literária representa de específico para Sarraute, nas suas relações com os movimentos tropísticos. Apresentaremos neste trabalho a sua obra em função da especificidade da forma literária dos seus romances.São analisados neste trabalho três textos de Tropismes (1939) e também três de Ouvrez (1997), com o objetivo de se desvendarem os movimentos tropísticos e a forma literária na perspectiva da semiótica das instâncias, elaborada por Jean Claude Coquet desde os anos 70, na França, a partir das relações de reciprocidade entre fenomenologia (Maurice Merleau-Ponty), lingüística(Émile Benveniste) e literatura.O ponto de vista da semiótica das instâncias permitirá refletir sobre a forma literária enquanto figura de uma "força imanente", com uma vertente singular, na medida em que ela depende das percepções específicas de cada escritor, e com uma vertente plural, ou seja, universal, enquanto "força da Natureza" que tem a sua origem no "corpo próprio".A forma literária como figura de uma "força imanente" impossibilita a descontinuidade entre leitor/autor e entre real/ficção, permitindo ao "não-sujeito" evoluir no campo das experiências sensíveis, retomadas pelo sujeito no processo da escrita, na perspectiva de uma relação de alternância entre o sujeito e o não-sujeito inerente a todos os seres.Este trabalho procura apontar para a pertinência da semiótica das instâncias como perspectiva de abordagem de texto essencial para se discutirem questões contemporâneas em teoria da literatura
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.03.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      DUARTE, Cristina Vaz. A substância viva da literatura: a semiótica das instâncias e a forma literária em tropismes e Ouvrez de Nathalie Sarraute. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 09 nov. 2024.
    • APA

      Duarte, C. V. (2005). A substância viva da literatura: a semiótica das instâncias e a forma literária em tropismes e Ouvrez de Nathalie Sarraute (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Duarte CV. A substância viva da literatura: a semiótica das instâncias e a forma literária em tropismes e Ouvrez de Nathalie Sarraute. 2005 ;[citado 2024 nov. 09 ]
    • Vancouver

      Duarte CV. A substância viva da literatura: a semiótica das instâncias e a forma literária em tropismes e Ouvrez de Nathalie Sarraute. 2005 ;[citado 2024 nov. 09 ]

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