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Vírus oropouche: estudo do mecanismo de entrada em células HeLa I e C6/36 (2003)

  • Authors:
  • Autor USP: SANTOS, RODRIGO IVO MARQUES DOS - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: VIROLOGIA MÉDICA; MICROBIOLOGIA MÉDICA; BIOLOGIA CELULAR
  • Language: Português
  • Abstract: O vírus Oropouche pertence à família Bunyaviridae, gênero Bunyavirus, sorogrupo Simbu e é a segunda causa mais freqüente de arbovirose febril no Brasil. Estima-se que mais de meio milhão de casos de febre do Oropouche tenham ocorrido no Brasil nos últimos 30 anos, havendo também ocorrências no Panamá, Peru, Suriname e Trinidad. Epidemias de febre do Oropouche têm sido registradas quase que exclusivamente na Amazônia. Porém, com o aquecimento global do planeta, desmatamentos e conseqüente redistribuição de insetos vetores e animais reservatórios, há risco de disseminação de vírus Oropouche para outras regiões do Brasil e da América do Sul. O objetivo deste trabalho foi estudar mecanismos de entrada de vírus Oropouche em células humanas e células de inseto, avaliando o(s) tipo(s) de endocitose utilizado(s) e a dependência de acidificação de endossomo no ciclo replicativo desse vírus. Foram utilizados ensaios de inibição de replicação de vírus Oropouche por drogas inibidoras de endocitose e de acidificação de endossomos, e microscopia eletrônica. Experimentos de inibição de endocitose foram conduzidos em células HeLa I (mamíferos) e C6/36 (insetos) com a utilização clorpromazina, droga inibidora de endocitose dependente de clatrina; nistatina, droga estabilizadora de domínios de membrana ricos em colesterol; phorbol-12-miristato-13-acetato (PMA); droga ativadora de proteína quinase C, uma enzima essencial na endocitose dependente de caveolina, e bafilomicina ecloroquina, ambas inibidoras de acidificação de endossomos. A replicação de Oropouche foi inibida de modo dose-dependente por clorpromazina, que mostrou agir precocemente no ciclo replicativo do vírus, tempo aproximadamente coincidente com a entrada do vírus na célula. Nistatina exerceu efeito inibitório, também dose-dependente, porém mais tardio, com tendência de retomo a títulos virais normais em torno de 4 horas após a infecção. O ciclo replicativo ... de vírus Oropouche não mostrou-se sensível à PMA. Esses dados indicam que vírus Oropouche penetra por endocitose mediada por clatrina, tanto em células HeLa I quanto em células C6/36. Esta endocitose foi claramente susceptível a inibição por substâncias inibidoras de acidificação endossomal em células HeLa I, mas não em células C6/36. Observações preliminares por microscopia eletrônica indicam que há interação de vírus Oropouche com invaginações revestidas por clatrina.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.12.2003

  • How to cite
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    • ABNT

      SANTOS, Rodrigo Ivo Marques dos. Vírus oropouche: estudo do mecanismo de entrada em células HeLa I e C6/36. 2003. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2003. . Acesso em: 17 out. 2024.
    • APA

      Santos, R. I. M. dos. (2003). Vírus oropouche: estudo do mecanismo de entrada em células HeLa I e C6/36 (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Santos RIM dos. Vírus oropouche: estudo do mecanismo de entrada em células HeLa I e C6/36. 2003 ;[citado 2024 out. 17 ]
    • Vancouver

      Santos RIM dos. Vírus oropouche: estudo do mecanismo de entrada em células HeLa I e C6/36. 2003 ;[citado 2024 out. 17 ]

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