O destino do objeto na psicose: o impasse da transferência psicótica (2004)
- Authors:
- Autor USP: BARBOSA, SHEILA HAUCK - IP
- Unidade: IP
- Sigla do Departamento: PSC
- Subjects: PSICANÁLISE; OBJETO; TRANSTORNOS PSICÓTICOS; TRANSFERÊNCIA PSICOTERAPÊUTICA
- Language: Português
- Abstract: É consenso entre os psicanalistas considerar a transferência como o fenômeno que possibilita a investigação do inconsciente. Contudo, a partir de Freud, a trans-ferência na psicose interrogaria a aplicabilidade da Psicanálise nesta categoria clínica, devido a esta ser um fenômeno diverso da neurose. Na psicose, o impasse transferencial seria devido à falta da libido livre que permita o investimento do ana-lista como objeto, quando houver a frustração do "sujeito". Neste caso, a libido sofreria um desligamento do objeto, seguido de seu retorno e vinculação ao ego, ao invés de reinvestir outros objetos, como ocorreria na neurose. A autora empre-ende uma pesquisa teórica, em Freud e Lacan, acerca do conceito de objeto e sua relação com a transferência. O objeto da satisfação mítica, das Ding, há que ser perdido, para fundar um vazio que vem a ser ocupado pelo significante, o Nome-do-Pai que possibilita, tanto a metaforização do objeto perdido em objetos variá-veis, quanto a ser a sede das representações que constituem o narcisismo. A per-da do objeto, logo, significa sua possibilidade de simbolização. Este objeto perdi-do, que passa a ser referência do desejo do Outro, Lacan o nomeou de objeto causa de desejo ou objeto a, e vem a ser ocupado pelo analista na vertente objetal da transferência. Na psicose, entretanto, pela falência da metáfora paterna, não haveria o Nome-do-Pai para operar a separação entre o ser e o Outro. O objeto não estaria perdido, ao invés disto,haveria uma invasão do gozo do Outro no cor-po do psicótico. A autora sugere o termo de estabilização sob transferência, à fun-ção do analista que busca barrar o gozo do Outro. O manejo da transferência psi-cótica consistiria em o analista atualizar, com sua presença, a falta de um intervalo vazio entre os significantes, tentando metaforizar e subjetivar o discurso do Outro ) O manejo da transferência psicótica consistiria em o analista atualizar, com sua presença, a falta de um intervalo vazio entre os significantes, tentando metaforizar e subjetivar o discurso do Outro. A autora conclui que tal estabilização traria, entretanto, o limite de depender da presença do analista, já que a análise da psicose sugere ser interminável
- Imprenta:
- Data da defesa: 29.07.2004
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ABNT
BARBOSA, Sheila Hauck. O destino do objeto na psicose: o impasse da transferência psicótica. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 18 abr. 2024. -
APA
Barbosa, S. H. (2004). O destino do objeto na psicose: o impasse da transferência psicótica (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Barbosa SH. O destino do objeto na psicose: o impasse da transferência psicótica. 2004 ;[citado 2024 abr. 18 ] -
Vancouver
Barbosa SH. O destino do objeto na psicose: o impasse da transferência psicótica. 2004 ;[citado 2024 abr. 18 ]
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