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Sistemática de Oryzomys Baird, 1858: definição dos grupos de espécies e revisão taxonômica do grupo albigularis (Rodentia, Sigmodontinae) (2003)

  • Authors:
  • Autor USP: PERCEQUILLO, ALEXANDRE REIS - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIZ
  • Subjects: ZOOLOGIA (CLASSIFICAÇÃO); MAMMALIA; RODENTIA; FILOGENIA
  • Language: Português
  • Abstract: O gênero Oryzomys Baird (1858) é um dos mais diversos da Subfamília Sigmodontinae no continente sul-americano, reunindo, de acordo com a presente revisão, 44 espécies da Costa Rica à Argentina. Devido à grande diversidade, à ampla distribuição geográfica, e a grande variação morfológica as espécies deste gênero apresentam uma longa e complexa história taxonômica, nunca tendo sido revistas em um contexto taxonômico e geográfico amplo: as espécies permanecem mal caracterizadas do ponto de vista morfológico, taxonômico e de suas relações filogenéticas. Nesse sentido, meus objetivos foram organizar a variação morfológica em agrupamentos diagnosticáveis de populações (as espécies) e de espécies (os grupos de espécies), com o propósito de fornecer a estes um tratamento taxonômico adequado, particularmente do grupo de espécies albigularis. Neste trabalho examinei peles e crânios de cerca de 5000 espécimes depositados em museus e instituições de pesquisa sul e norte-americanos e europeus. Estes foram analisados do ponto de vista qualitativo (estrutura, comprimento e coloração da pelagem, morfologia do forâmen incisivo, morfologia do palato, padrões de circulação carotídea, morfologia dos molares, morfologia da mandíbula) e quantitativo (5 medidas externas e 21 cranianas). Os resultados obtidos me permitem reconhecer 44 espécies de Oryzomys, arranjadas em 10 grupos de espécies: nitidus (8 espécies), megacephalus (6 espécies), subflavus (6 espécies), albigularis (14espécies), talamancae (2 espécies), xantheolus (3 espécies), hammondi, balneator, angouya, palustris e alfaroi (1 espécie em cada grupo). Embora o monofiletismo de todos os grupos não tenha sido testado, as hipóteses de relação disponíveis empregando apenas alguns grupos de espécies, bem como a análise de variação e congruência de caracteres empregados no reconhecimento destes, sugerem fortemente que estes são monofiléticos e que devem ser tratados como gêneros distintos. Até a proposição de hipóteses filogenéticas incluindo mais táxons, estes agrupamentos representam unidades operacionais diagnosticáveis. O grupo albigularis apresenta uma distribuição essencialmente associada à formações de altitude, habitando as florestas montana e de neblina dos contrafortes oriental e ocidental da Cordilheira dos Andes bolivianos aos Andes Venezuelanos e colombianos, bem como as formações de serras acima de 1000 m que se estendem ao longo do Panamá e Costa Rica. As análises de variação geográfica revelaram a presença de 14 espécies no grupo: Oryzomys albigularis, NW Peru e SW Equador; Oryzomys auriventer Cord. Or. do Equador; Oryzomys caracolus Cord. da Costa, Venezuela; Oryzomys childi Cord. Or. e Central, e N Cord. Oc. da Colômbia; Oryzomys devius W Panamá e Costa Rica; Oryzomys keaysi SW Peru e NW Bolívia, Cord Or.; Oryzomys maculiventer Santa Marta, Colômbia; Oryzomys meridensis Sierra de Mérida, Venezuela; Oryzomys moerex Cord. Oc.Equador; Oryzomys nimbosus Cord. Or. Equador; Oryzomys pectoralis Cord. Oc e Central, e Centro da Cord. Or. Colômbia; Oryzomys pirrensis Goldman, 1902 E Panamá; Oryzomys sp.n. A SW Peru e NW Bolívia, Cord. Or.; e Oryzomys sp.n.B Páramo de Tamá, Venezuela/Colômbia. Este padrão de distribuição é geralmente coincidente com centros de endemismo propostos para aves na literatura, e é comparável a padrões descritos para outros de vertebrados como anuros. Se considerarmos a entrada dos sigmodontíneos na América do Sul no Mioceno médio, com tem sido sugerido por evidências fósseis e por estimativas de relógios moleculares, este padrão parece ser decorrente de eventos tectônicos de soerguimento dos Andes e eventos climáticos que tiverem lugar durante o Terciário (Mioceno) e Quaternário (Plio-Pleistoceno). A correlação destes padrões de distribuição com hipóteses de relações filogenéticas fornecerá uma base robusta que possibilitará a reconstrução da história biogeográfica de tão diverso e complexo grupo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.11.2003

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    • ABNT

      PERCEQUILLO, Alexandre Reis. Sistemática de Oryzomys Baird, 1858: definição dos grupos de espécies e revisão taxonômica do grupo albigularis (Rodentia, Sigmodontinae). 2003. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. . Acesso em: 09 jun. 2025.
    • APA

      Percequillo, A. R. (2003). Sistemática de Oryzomys Baird, 1858: definição dos grupos de espécies e revisão taxonômica do grupo albigularis (Rodentia, Sigmodontinae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Percequillo AR. Sistemática de Oryzomys Baird, 1858: definição dos grupos de espécies e revisão taxonômica do grupo albigularis (Rodentia, Sigmodontinae). 2003 ;[citado 2025 jun. 09 ]
    • Vancouver

      Percequillo AR. Sistemática de Oryzomys Baird, 1858: definição dos grupos de espécies e revisão taxonômica do grupo albigularis (Rodentia, Sigmodontinae). 2003 ;[citado 2025 jun. 09 ]


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