Guerras e açúcares: política e economia na capitania da Parahyba (1585-1630) (2004)
- Authors:
- Autor USP: GONCALVES, REGINA CELIA - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLH
- Assunto: HISTÓRIA ECONÔMICA
- Language: Português
- Abstract: No período compreendido entre os anos sessenta do século XVI e os anos trinta do século XVII processou-se a conquista e a ocupação de parte dos territórios que constituiriam a Capitania Real da Paraíba. Este processo respondeu às necessidades de consolidação e de expansão das atividades econômicas instaladas nas capitanias de Itamaracá e, principalmente, de Pernambuco: a agromanufatura açucareira e o cativeiro de índios. Resultante de uma associação entre tais interesses e os da Coroa portuguesa, a conquista das várzeas do rio Paraíba e das demais regiões no seu entorno só foi possível após uma longa guerra travada contra os ancestrais ocupantes da terra, os Potiguara, e seus aliados, negociantes de pau-brasil de origem francesa. Em 1585, já no período da União das Coroas Ibéricas, o acordo de paz firmado com os Tabajara representou o primeiro passo em direção à capitulação dos Potiguara, que só viria a ocorrer quatorze anos depois. No entanto, nem a capitulação e nem o "descimento" dos índios para as missões religiosas estabelecidas no litoral, significaram o estabelecimento da paz, pois a capitania continuou submetida a um estado de beligerância permanente que perdurou até o massacre da baía da Traição, em 1625. Esta tese trata desse processo, discutindo como ocorreu, no quadro da guerra de conquista, a formação das elites locais e a implantação e desenvolvimento da agromanufatura açucareira na capitania. Partimos do pressuposto de que, desde suas origens,ambas encontravam-se vinculadas aos grupos e aos interesses instalados na capitania de Pernambuco. A nosso ver, os detentores do poder político e econômico na Capitania da Paraíba podem, pelo menos até a ocupação holandesa, em 1634, ser compreendidos como um bloco único que, apesar de divergências pontuais, foi capaz de manter a hegemonia devido à presença permanente do perigo representado pelos Potiguara. ) Tal equilíbrio foi comprometido durante o período da ocupação holandesa, quando pode ser observado certo fracionamento interno dessas elites provocado pelas diferentes posições assumidas diante dos novos conquistadores
- Imprenta:
- Data da defesa: 01.03.2004
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ABNT
GONÇALVES, Regina Célia. Guerras e açúcares: política e economia na capitania da Parahyba (1585-1630). 2004. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Gonçalves, R. C. (2004). Guerras e açúcares: política e economia na capitania da Parahyba (1585-1630) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Gonçalves RC. Guerras e açúcares: política e economia na capitania da Parahyba (1585-1630). 2004 ;[citado 2024 mar. 29 ] -
Vancouver
Gonçalves RC. Guerras e açúcares: política e economia na capitania da Parahyba (1585-1630). 2004 ;[citado 2024 mar. 29 ]
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