Pierre Robin: relevâncias de interesse para o anestesiologista : experiência no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP (1999)
- Authors:
- Autor USP: ALMEIDA, AYRTON MARQUES DE - HRAC
- Unidade: HRAC
- Subjects: ANESTESIA; SÍNDROME DE PIERRE ROBIN
- Language: Português
- Abstract: Objetivamos apresentar os vários métodos que utilizamos para a condução da anestesia das crianças com Seqüência de Pirre Robin, discutindo os resultados à luz da bibliografia existente a respeito, com a finalidade de elucidar situações problemáticas e de desafio e transmitir a experiência que adquirimos em 18 anos anestesiando essas crianças. Revisaram-se todos os prontuários das crianças que deram entrada neste Hospital, no período de 1980 a 1997, para serem submetidas a procedimentos anestésico-cirúrgicos, selecionando-se aquelas com diagnóstico inicial de Seqüência de Pierre Robin, excluindo-se os pacientes sindrômicos. Foram, então, incluídos, neste estudo, 523 atos anestésico-cirúrgicos realizados em crianças que apresentavam micrognatia, glossoptose, com ou sem fenda palatina, e obstrução respiratória. Os parâmetros utilizados para incluir as crianças em grupos de estudo foram as técnicas empregadas nas anestesias: sem intubação traqueal, intubação traqueal por laringoscopia direta, intubação traqueal por fibroscopia, presença de traqueotomia prévia, indução anestésica venosa, indução anestésica inalatória, manutenção com anestésicos inalatórios e manutenção com anestésicos venosos. As crianças foram clivadas em grupos de estudo segundo os parâmetros utilizados. Grupo 1 - indução venosa, laringoscopia direta com intubação traqueal, manutenção com anestésicos inlatórios; Grupo 2 - indução venosa, sem intubação traqueal, manutenção com anestésicosendovenosos e/ou inalatórios por cateter nasal; Grupo 3 - indução inalatória, sem intubação traqueal, manutenção com anestésicos endovenosos e/ou inalatórios por cateter nasal; Grupo 4 - indução inalatória, laringoscopia direta com intubação traqueal, manutenção com anestésicos inalatórios; Grupo 5 - indução inalatória, intubação traqueal por meio de fibroscopia, manutenção com anestésicos inalatórios; Grupo 6 - indução inalatória via ) traqueotomia (crianças previamente traqueotomizadas). A avaliação dos resultados foi realizada através da comparação do desempenho dos grupos, entre eles, e pelo grau de dificuldade do conjunto das técnicas empregadas em cada grupo: manobras de ventilação em todos os grupos; uso de cânula nasofaríngea nos grupos 1, 2, 3, 4 e 5 , visualização da laringe nos grupos 1 e 4 e dificuldade de intubação traqueal nos grupos 1, 4 e 5. Os resultados foram analisados descritivamente e mostraram predominância de crianças do sexo feminino. Quanto à utilização da cânula nasofaríngea, ela foi efetiva nas manobras ventilatórias nos grupos 1, 2, 3, 4 e 5, nas crianças com idade inferior a noventa dias, sem, contudo, oferecer segurança durante a realização do ato cirúrgico, caso ocorram complicações respiratórias. A técnica utilizada nos grupos 2 e 3 não oferece segurança de vias aéreas, mas, sim, falsa impressão de proteção. Entretanto, tanto a indução como a manutenção com anestésicos inalatórios revelaram-se seguras e eficientese não observamos complicações importantes. A dificuldade de ventilação é clara nos grupos 1, 2, 3, 4, 5. Nos grupos 1e 4, a dificuldade de intubação de crianças Robin é maior quanto menor a idade. A traqueotomia, grupo 6, facilita o trabalho do anestesiologista, porém traz riscos de complicações e seqüêlas para o paciente. A intubação traqueal com a fibroscopia óptica, grupo 5, revelou-se como o melhor método para a intubação: seguro, rápido e menos traumático, desde que executado por mãos hábeis. Com base em nossos achados que formaram nossa experiência nesses dezoito anos de trabalho com a criança Robin, concluímos que o melhor método de condução anestésica dessa criança é o de bom preparo prévio específico, com indução inalatória, intubação por meio de fibroscopia óptica e matunenção com anestésicos inalatórios
- Imprenta:
- Data da defesa: 28.07.1999
-
ABNT
ALMEIDA, Ayrton Marques de. Pierre Robin: relevâncias de interesse para o anestesiologista . 1999. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Botucatu, 1999. . Acesso em: 16 maio 2025. -
APA
Almeida, A. M. de. (1999). Pierre Robin: relevâncias de interesse para o anestesiologista : experiência no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Botucatu. -
NLM
Almeida AM de. Pierre Robin: relevâncias de interesse para o anestesiologista : experiência no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP. 1999 ;[citado 2025 maio 16 ] -
Vancouver
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