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Caracterização parcial do cDNA de um transcrito de 0,9 KB, da glândula salivar de Bradysia hygida (Diptera, Sciaridae), que apresenta homologia com EcR (2002)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, JULIANA APARECIDA CANDIDO DA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: BIOLOGIA CELULAR; BIOLOGIA MOLECULAR
  • Language: Português
  • Abstract: Em Bradysia hygida, como em outros Sciaridae, o processo de amplificação gênica e formação de pufes de DNA na glândula salivar, é disparado pelo hormônio da muda, 20-OH ecdisona (20-ecd). Oito sítios cromossômicos desenvolvem grandes pufes de DNA: C7, C5 e C4 são os primeiros a se expandir e são denominados, primeiro grupo de pufes de DNA. Quando estes três pufes já estão regredidos, o segundo grupo de pufes de DNA (A14, B3d, C6 e X4) iniciam sua expansão. O pufe de DNA B10 é um pufe intermediário, sendo único entre os períodos de atividade do primeiro e segundo grupos. A glândula salivar de Bradysia hygida apresenta três regiões fisiológicas e morfologicamente distintas, S1, S2 e S3. Interessantemente, os grandes pufes de DNA desenvolvem-se somente nas regiões S1 e S3. Na região S2, o primeiro grupo de pufes de DNA está ausente e os pufes do segundo grupo são muito pequenos. Foi relatado em trabalho recente (Carvalho et al., Insect Biochem. Mol. Biol. 30:541-548,2000), que a 20-ecd, "in vitro" e "in vivo", exerce controle oposto sobre a atividade dos dois grupos de genes amplificados. Sua presença é necessária para a atividade do primeiro grupo, mas é fortemente inibitória para o segundo grupo. Estas características da 20-ecd: ser capaz de disparar o processo de amplificação gênica nas regiões S1 e S3, mas não na região S2; estimular a atividade do primeiro grupo de genes amplificados e inibir a atividade do outro, fazem da glândula salivar deBradysia hygida um modelo muito provocativo para o estudo das funções da 20-ecd e de seus receptores. Em trabalhos anteriores, foram detectados, por uma pequena sonda de cDNA (0,6 kb) do gene EcR (BhEcR), na glândula salivar de Bradysia hygida, dois transcritos, 5,8 e 0,9 kb (Carvalho, Tese de Doutorado, FMRP, 1999). Dois outros transcritos, 1,7 e 1,3 kb, foram detectados com uma sonda do gene usp de Drosophila melanogaster (Dmusp) (Valente, Dissertação de Mestrado, ) FMRP, 1999). Cada um dos quatro transcritos, durante os períodos de amplificação gênica e atividade do primeiro e segundo grupos de pufes de DNA, apresenta um padrão específico de expressão em cada região da glândula salivar. Estes fatos associados a outras informações produzidas em nosso laboratório e pelo grupo da Dr. M.L. Paçó-Larson, foram usados para propor um modelo para explicar a participação sa 20-ecd no controle daqueles eventos. Dentre os quatro transcritos detectados, o EcR de 0,9 kb é sem dúvida o mais interessante a ser estudado. Ele inicia sua expressão no momento em que o primeiro grupo de pufes de DNA está em atividade, Sua quantidade aumenta concomitantemente com a regressão destes pufes e atinge o máximo de expressão quando eles já estão regredidos. Neste período os pufes de DNA do segundo grupo estão iniciando sua expansão. Ao presumível produto protêico deste transcrito, nós atribuímos duas funções; 1) contribuir no desligamento do primeiro grupo de pufes de genes amplificados; 2)participar na ativação do segundo grupo de genes amplificados. Nossas suposições são de que esta pequena proteína produzida em grandes quantidades e contendo o DBD e / ou parte do LBD, de algum modo, estaria competindo com o EcR normal. Neste trabalho nós descrevemos a caracterização parcial do transcrito de 0,9 kb. Vários experimentos independentes foram feitos e cerca de 563 pb do cDNA foram seqüenciados. Esta seqüência e a seqüência de aminoácidos deduzida foram comparadas com as seqüências de um fragmento, já caracterizado, do cDNA do RNA de 5,8 kb. Aspectos inesperados foram encontrados: a) nos DBDs, os segundos dedos de zinco são idênticos. No receptor codificado pelo transcrito de 5,8 kb, o primeiro dedo de zinco é idêntico ao de DmEcR, naquele codificado pelo RNA de 0,9 kb, o primeiro dedo é completamente diferente, apresentando duas repetições do motivo P-box; b) o transcrito de 0,9 kb ) codifica somente parte do domínio D, que, interessante mente, contem o sinal de localização nuclear, nesta mesma região do RNA encontra-se um sítio de poliadenilação; c) no polipeptídeo deduzido do transcrito de 0,9 kb, uma pequena parte do LBD está também presente e contem a região -'tau'I , que parece participar do processo de dimerização dos receptores nucleares. Surpreendentemente o segmento do LBD não está em sua posição usual, ele precede o DBD. Desta forma, como está previsto em nosso modelo, a suposta proteína codificada pelo transcrito de0,9 kb está aparelhada para ser translocada para o núcleo, possivelmente dimerizar com outros receptores e ligar-se ao DNA
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.09.2002

  • How to cite
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    • ABNT

      SILVA, Juliana Aparecida Candido da. Caracterização parcial do cDNA de um transcrito de 0,9 KB, da glândula salivar de Bradysia hygida (Diptera, Sciaridae), que apresenta homologia com EcR. 2002. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2002. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Silva, J. A. C. da. (2002). Caracterização parcial do cDNA de um transcrito de 0,9 KB, da glândula salivar de Bradysia hygida (Diptera, Sciaridae), que apresenta homologia com EcR (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Silva JAC da. Caracterização parcial do cDNA de um transcrito de 0,9 KB, da glândula salivar de Bradysia hygida (Diptera, Sciaridae), que apresenta homologia com EcR. 2002 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Silva JAC da. Caracterização parcial do cDNA de um transcrito de 0,9 KB, da glândula salivar de Bradysia hygida (Diptera, Sciaridae), que apresenta homologia com EcR. 2002 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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