Uma análise do conforto térmico e suas relações meteorológicas na cidade de São Paulo (2002)
- Authors:
- Autor USP: MAIA, JOÃO ANDRÉ - IAG
- Unidade: IAG
- Sigla do Departamento: ACA
- Assunto: METEOROLOGIA FÍSICA
- Language: Português
- Abstract: Desde o início da humanidade as condições atmosféricas são relacionadas à saúde e ao conforto humano. Estudos comprovam que as doenças respiratórias mostram-se muito sensíveis à variabilidade da temperatura do ar consequentemente de índices de conforto térmico, bem como da poluição atmosférica. Este estudo apresenta uma análise do conforto térmico humano (CTH) e seus efeitos meteorotrópicos. Em espacial estuda-se a relação entre os parâmetros meteorológicos e a morbidade, número de internações diárias, por doenças respiratórias (MDR). A influência da poluição atmosférica também constará de uma análise em conjunto, assim como, as condições sinóticas responsáveis por extremos de desconforto térmico serão, também, determinadas. A análise do CTH foi feita com base em cinco índices biometeorológicos envolvendo os parâmetros temperatura, umidade do ar e velocidade do vento. Os dados necessários para o cálculo destes índices foram obtidos junto à estação meteorológica do IAG/YSP. Com base nas reanálises do NCEP e nas imagens do satélite meteorológico GOES-8 no canal infravermelho, analisou-se a condição sinótica de alguns casos pré-selecionados. A influência da poluição do ar sobre a MDR foi analisada com base nos níveis diários dos poluentes 'PM IND.10', 'SO IND.2', CO e 'NO IND.2' coletados diariamente pela rede telemétrica da CETESB. Com relação aos dados de internação hospitalar, optou-se pela utilização de dados referentes a todos os hospitais conveniados aoSUS. A relação entre a MDR, os índices de conforto térmico e a poluição atmosférica foi avaliada por meio das técnicas estatísticas de correlação, regressão linear e análise de componentes principais (ACP). Dos cinco índices analisados, apenas os índices ID (índice de desconforto), TE (temperatura efetiva) e TEv (temperatura efetiva com a influência do vento), representaram satisfatóriamente o clima de São Paulo. De acordo com a distribuição das zonas de ) conforto para diferentes graus de percepção térmica, observa-se no caso do índice TE, que aproximadamente 33,4% dos dias de 1999 estiveram dentro dos limites confortáveis. Por outro lado, 49,3% dos dias situam-se dentro da zona desconfortável devido ao frio. Dessa forma, apenas 17% dos dias são estressantes devido ao calor. Sob influência do vento (índice TEv) o número de dias desconfortáveis devido ao frio chega a 75,6%. A distribuição percentual da MDR, de acordo com o índice 'TE IND.2' mostra que aproximadamente 54,8% das internações ocorrem abaixo do limite confortável, ou seja, com estresse térmico devido ao frio. Os resultados obtidos com a ACP mostram, justamente, que a MDR fica em parte associada aos poluentes e em parte associada aos parâmetros meteorológicos. Evidenciando, dessa forma, a associação da MDR aos índices de conforto e aos níveis de poluição. Os estudos sinóticos apontam uma condição pré-frontal associada a advecção positiva de umidade específica, altas temperaturas e baixa velocidade dovento, como responsável pelo estresse térmico devido ao calor observado no dia 19 de janeiro de 1999. Por outro lado, a presença de um anticiclone polar associado a baixas temperaturas, velocidade do vento relativamente alta e baixa umidade do ar, associa-se ao intenso estresse térmico devido ao frio observado no dia 15 de agosto de 1999. A MDR, por sua vez, apresentou os menores desvios em relação a média com SP sob o domínio de um sistema frontal de fraca intensidade e pouca precipitação. Por outro lado, a passagem de um sistema frontal associado à entrada de uma massa de ar polar de forte intensidade com declínio de temperatura, responde pelo máximo desvio em relação à média da MDR. Evidenciando que pessoas expostas a grandes flutuações de temperatura têm um controle mais eficiente e podem mais facilmente se adaptar ao frio. Ou seja, o influxo de ar polar ou uma frente fria depois de um ) período de calor terá um efeito maior do que após um período de frio
- Imprenta:
- Data da defesa: 29.07.2002
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ABNT
MAIA, João André. Uma análise do conforto térmico e suas relações meteorológicas na cidade de São Paulo. 2002. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. . Acesso em: 08 maio 2025. -
APA
Maia, J. A. (2002). Uma análise do conforto térmico e suas relações meteorológicas na cidade de São Paulo (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Maia JA. Uma análise do conforto térmico e suas relações meteorológicas na cidade de São Paulo. 2002 ;[citado 2025 maio 08 ] -
Vancouver
Maia JA. Uma análise do conforto térmico e suas relações meteorológicas na cidade de São Paulo. 2002 ;[citado 2025 maio 08 ]
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