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Estudo genético e imunohistoquímico em Carcinoma Medular de Tireóide (2002)

  • Authors:
  • Autor USP: MAGALHÃES, PATRICIA KÜNZLE RIBEIRO - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assunto: NEOPLASIAS DAS PARATIREOIDES
  • Language: Português
  • Abstract: O Carcinoma Medular de Tireóide (CMT) é um tumor maligno raro com origem nas células C parafoliculares da glândula. Representa 3 a 10% de todos os tumores tireoidianos e é responsável por um grande número de mortes em pacientes portadores de câncer de tireóide. Em 75 a 90% dos pacientes, o CMT ocorre de forma esporádica e nos demais casos (10-25%) é uma doença hereditária autossômica dominante, com alto grau de penetrância e variabilidade de expressão, podendo fazer parte de 3 síndromes distintas: Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM) 2A, NEM 2B ou CMT Familiar. As diferentes formas clínicas do CMT, principalmente aquelas hereditárias, estão relacionadas com mutações no protooncogene RET, as quais resultam em uma ativação constitutiva do receptor de membrana tirosina-quinase RET. A distinção entre estas formas é de extrema relevância clínica por causa das diferenças apresentadas entre elas em termos de prognóstico e pela necessidade de um rastreamento familiar, aconselhamento genético e seguimento das formas hereditárias. Esta diferenciação pode ser realizada através da história familiar, presença ou não de hiperplasia das células C (presente apenas nos casos familiares da doença), ou pelo rastreamento de mutações no RET, que são específicas para cada forma de CMT. Foram rastreados, para mutações nos exons 10, 11, 13, 14, 15 e 16 do RET protooncogene, 19 pacientes com o diagnóstico de CMT tratados no ambulatório de Endocrinologia do H.C. - F.M.R.P. - USP, sendo 3portadores de NEM 2A e 16 indivíduos com CMT isolado. Foi estudado ainda o DNA genômico e do tumor coletado a fresco durante a tireoidectomia do filho de um dos pacientes portadores de NEM 2A. Adicionalmente, foi realizada imunohistoquímica para o RET nos tumores e metástases (27 cortes histológicos) dos pacientes, a fim de ser avaliada a expressão protéica do RET nestes tecidos. Foi observada uma mutação genômica, em heterozigose, no códon 634 do ) exon 11, trocando G por A (TGC-->TAC) e resultando na substituição do aminoácido cisteína por uma tirosina (C634Y). Nestes 2 pacientes da mesma família também foi identificado o polimorfismo CTT->CTG, em heterozigose, no códon 769 do exon 13 (L769L). Uma mutação genômica, em heterozigose, no códon 804 do exon 14, trocando A por G (GTG-->ATG) e resultando na substituição do aminoácido valina por uma metionina (V804M) foi observada em uma paciente, previamente diagnosticada como CMT isolado, mudando seu diagnóstico para CMT familiar. Esta paciente também apresentou o polimorfísmo CTT-->CTG, em heterozigose, no códon 769 do exon 13 (L769L). Este mesmo polimorfísmo (L769L) ainda foi encontrado em outro paciente portador de CMT isolado. Dois pacientes, portadores de CMT isolado, apresentaram o polimorfismo TCC-->TCG, em heterozigose, no códon 904 do exon 15 (S904S). Nenhum dos 11 pacientes apresentou qualquer mutação ou variação polimórfica nos exons 10 a 16. Os polimorfismos encontrados são descritos em freqüências altas napopulação em geral e sua associação com CMT ainda não está bem estabelecida. Não foi possível a extração de DNA tumoral em nenhuma das amostras parafinadas, provavelmente pela sua fixação em formol não-tamponado. O filho do paciente portador de NEM 2A foi submetido à tireoidectomia porque foi encontrada, semelhante ao seu pai, a mutação C634Y no exon 11 do seu DNA genômico. No ultra-som pré-operatório foi evidenciado um nódulo tireoidiano, e o exame anátomo patológico confirmou a presença de CMT. No tecido tumoral deste indivíduo, também foi observada a mesma mutação (C634Y). Na imunohistoquímica, houve desde reações negativas até fortemente positivas (4+/4), porém não houve relação destes resultados nem com as formas e nem com o prognóstico da doença (teste do X2). Em conclusão, o achado da mutação V804M no proto-oncogene RET de uma paciente com CMT isolado reforça a ) necessidade do estudo molecular dos exons 10, 11, 13, 14, 15 e 16 para o correto diagnóstico das formas familiares do CMT
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.05.2002

  • How to cite
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    • ABNT

      MAGALHÃES, Patrícia Künzle Ribeiro. Estudo genético e imunohistoquímico em Carcinoma Medular de Tireóide. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2002. . Acesso em: 07 maio 2025.
    • APA

      Magalhães, P. K. R. (2002). Estudo genético e imunohistoquímico em Carcinoma Medular de Tireóide (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Magalhães PKR. Estudo genético e imunohistoquímico em Carcinoma Medular de Tireóide. 2002 ;[citado 2025 maio 07 ]
    • Vancouver

      Magalhães PKR. Estudo genético e imunohistoquímico em Carcinoma Medular de Tireóide. 2002 ;[citado 2025 maio 07 ]

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