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Estudo farmacológico dos mecanismos de contração e relaxamento em aortas de ratos hipertensos renais 2R-1C (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: CALLERA, GLÁUCIA ELENA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFA
  • Subjects: RIM; HIPERTENSÃO; FARMACOLOGIA EXPERIMENTAL
  • Language: Português
  • Abstract: O equilíbrio entre as funções de relaxamento e contração é fundamental para a regulação do tônus vascular. A liberação de fatores derivados do endotélio vascular associada aos mecanismos de controle da concentração de 'Ca POT. 2+' intracelular (['Ca POT. 2+' ];) e do potencial de membrana no músculo liso vascular apresentam importante participação na modulação destas funções. Neste trabalho, investigamos os mecanismos relacionados aos estados anormais de relaxamento e contração em aortas de ratos hipertensos renais 2 rins-1 clipe (2R1 C), comparando com o controle normotenso, 2 rins (2R). Em estudos anteriores, observamos menor relaxamento à acetilcolina em aortas de 2R-1C, pré-contraídas com fenilefrina. Avaliando a contribuição dos fatores endoteliais para a redução desta resposta, verificamos que inibindo a síntese de NO, com 'N POT. G' -nitro-L-arginina, o relaxamento à acetilcolina foi abolido somente em aortas de 2R-1 C. Não há diferença no relaxamento à acetilcolina entre aortas de 2R e 2R-1 C, na pré-contraídas com KCI. Além disso, os níveis de GMPc basais e em presença de acetilcolina foram semelhantes entre os grupos de aortas. Concluímos que em aortas de 2R-1C o NO é o fator mais importante para o relaxamento à acetilcolina e que a via NO-GMPc está preservada. Além disso, aortas sem endotélio de 2R-1 C, pré-contraídas com fenilefrina foram menos sensíveis ao nitroprussiato de sódio. Esta diferença não foi observada quando os mecanismos de hiperpolarizaçãoforam excluídos na pré-contração com KCI. A inibição de canais para 'K POT. +' sensíveis ao 'Ca POT. 2+' com caribdotoxina, reduziu o relaxamento à acetilcolina em aortas de 2R, abolindo a diferença desta resposta entre os grupos. O potencial de membrana de repouso é menos eletronegativo e a hiperpolarização de membrana induzida por acetilcolina está reduzida em aortas de 2R-1 C. Sugerimos que alterações em canais para 'K POT. +' ativados por 'Ca POT. 2+' , sensíveis à caribdotoxina estão relacionadas à diminuição da hiperpolarização de membrana e conseqüente menor relaxamento à acetilcolina. O bloqueador de canais para K+ ativados por voltagem, 4-aminopiridina apresentou maior efeito em 2R-1 C. Os canais ativados por voltagem apresentam maior contribuição para o relaxamento à acetilcolina em aortas de 2R-1 C provavelmente, devido ao potencial de repouso mais despolarizado. Estudamos a participação do endotélio na resposta à isoprenalina que também induziu menor relaxamento em aortas pré-contraídas com fenilefrina, de 2R-1 C. Entretanto, aortas de 2R-1 C contraídas com KCI foram menos sensíveis a este agente. Estes resultados indicam que via NO-GMPc está alterada em aortas de 2R-1 C na resposta à isoprenalina e que alterações no relaxamento dependente do endotélio são específicas para o estímulo relaxante. Também avaliamos os mecanismos de relaxamento intrínsecos ao músculo liso vascular, com isoprenalina em aortas sem endotélio. Aortas de2R-1 C foram menos sensíveis à isoprenalina. A redução desta resposta está relacionada com mecanismos ativados após a formação de AMPc, uma vez que o aumento dos níveis de AMPc em presença de isoprenalina foram semelhantes entre os grupos e o relaxamento ao 8-Br-AMPc foi menor em aortas de 2R-1C. A inibição da enzima 'Ca POT. 2+' ATPase reticular, com tapsigargina, aboliu as diferenças no relaxamento à isoprenalina entre os grupos. Portanto, a captação reticular ativada no relaxamento à isoprenalina está relacionada à diminuição desta resposta em aortas de 2R-1 C. A inibição de canais para 'K POT. +' sensíveis ao ATP, com glibenclamida, reduziu o relaxamento à isoprenalina somente em 2R-1 C. Observamos menor sensibilidade ao pinacidil, ativador destes canais, em aortas de 2R-1 C. Sugerimos que o comprometimento de canais para 'K POT. +' sensíveis ao ATP em aortas de 2R-1 C não está relacionado ao menor relaxamento à isoprenalina. íons 'Ca POT. 2+' desempenham papel fundamental na contração e avaliamos o aumento da [Ca21; induzido por agentes contráteis. Observamos menor resposta contrátil induzida por fenilefrina a serotonina em aortas de 2R-1 C. Entretanto. aumento da [Ca21; induzido por fenilefrina em células isoladas de aorta foi semelhante entre 2R a 2R-1 C, enquanto a mobilização de 'Ca POT. 2+' por serotonina foi maior em 2R-1 C. Observamos a dissociação entre a relação Cat+-contração na resposta à interação agonista-receptor a sugerimos alteraçõesnos mecanismos de sensibilização das proteínas contráteis ao 'Ca POT. 2+'. Células de aorta de 2R-1 C apresentaram maior ['Ca POT. 2+']; basal. Canais iônicos de membrana são importantes reguladores da ['Ca POT. 2+']; basal e da contração do músculo liso vascular. Estudando a função dos canais para 'Ca POT. 2+' sensíveis às diidropiridinas, observamos que aortas de 2R-1 C foram mais sensíveis à incubação com nifedipina para inibição da contração com KCI. A contração com Bay K 8644, ativador destes canais para 'Ca POT. 2+', foi maior em aortas de 2R-1 C em KCI 4,7 mM. enquanto KCI 10 mM ou caribdotoxina aboliram esta diferença. O maior aumento da ['Ca POT. 2+'; induzido por Bay K 8644 em KCI 4,7 mM nas células de aorta de 2R-1 C, não foi observado em presença de KCI 10 mM ou caribdotoxina. Concluímos que o influxo de 'Ca POT. 2+' através de canais sensíveis à voltagem está aumentado em aortas de 2R-1 C. O potencial de membrana menos eletronegativo e alterações na função canais para K+ sensíveis ao 'Ca POT. 2+' podem estar relacionados com esta alteração em aortas de 2R-1 C. O modelo capacitativo de influxo de 'Ca POT. 2+' também foi avaliado neste estudo. A contração, induzida após a depleção dos estoques reticulares de 'Ca POT. 2+' foi maior em aortas de 2R-1 C. Em presença de ácido ciclopiazõnico, inibidor da enzima Cat+-APTase reticular observamos maior aumento desta contração em 2R-1 C. Também observamos maior aumento da ['Ca POT. 2+']; induzida por depleção dosestoques intracelulares de 'Ca POT. 2+', em ausência e em presença de ácido ciclopiazônico em células de aorta de 2R-1 C. Portanto, o influxo de 'Ca POT. 2+' ativado por depleção de estoques intracelulares está aumentado. A menor participação dos canais para 'K POT. +' contribui para o desequilíbrio entre o relaxamento e a contração do músculo liso vascular em aortas de 2R-1C. O aumento do influxo de 'Ca POT. 2+' em aortas de 2R-1 C pode contribuir para o aumento da ['Ca POT. 2+']; basal e para o aumento de estoques reticulares de 'Ca POT. 2+'. O comprometimento da hiperpolarização do músculo liso pode estar determinando a redução do relaxamento dependente do endotélio induzido por acetilcolina, enquanto a via NO-GMPc está preservada. Além disso, a menor captação reticular compromete o relaxamento a isoprenalina
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.09.2001

  • How to cite
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    • ABNT

      CALLERA, Gláucia Elena. Estudo farmacológico dos mecanismos de contração e relaxamento em aortas de ratos hipertensos renais 2R-1C. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Callera, G. E. (2001). Estudo farmacológico dos mecanismos de contração e relaxamento em aortas de ratos hipertensos renais 2R-1C (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Callera GE. Estudo farmacológico dos mecanismos de contração e relaxamento em aortas de ratos hipertensos renais 2R-1C. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Callera GE. Estudo farmacológico dos mecanismos de contração e relaxamento em aortas de ratos hipertensos renais 2R-1C. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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