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Relação neurotensina/dopamina: aspectos comportamentais e neuroquímicos (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: COSTA, FABIANA DE GODOY - FMVZ
  • Unidade: FMVZ
  • Sigla do Departamento: VPT
  • Subjects: COMPORTAMENTO ANIMAL; CAMUNDONGOS; PEPTÍDEOS
  • Language: Português
  • Abstract: As vias dopaminérgicas subcorticais estão sujeitas a processos neuroplásticos. Entre eles, a supersensibilidade dopaminérgica, caracterizada pelo aumento no número de receptores de dopamina nigroestriatais decorrente da interrupção prolongada da estimulação desses sítios imposta, por exemplo, pelos neurolépticos clássicos, estaria correlacionada à discinesia tardia. Além disso, o fenômeno da sensibilidade comportamental também parece decorrer de uma plasticidade dopaminérgica mesolímbica induzida pela administração repetida de psicoestimulantes e observada pela exacerbação da hiperatividade locomotora. Paralelamente, a neurotensina é um neuropeptídeo co-localizado nas vias dopaminérgicas subcorticais. Esse peptídeo interfere na liberação de dopamina mediando os efeitos dos neurolépticos e psicoestimulantes. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da neurotensina nos movimentos orofaciais gerados pela supersensibilidade dopaminérgica induzida por haloperidol e na sensibilidade comportamental produzida pela afetamina em camundongos. Para tal, foram utilizados antagonistas seletivos de receptores de neurotensina: SR48692 (bloqueador dos receptores de alta afinidade por neutensina) e SR142948A (bloqueador dos receptores de alta e baixa afinidade por neurotensina). Foi verificado que o SR48692 é capaz de atenuar o desenvolvimento dos movimentos orofaciais induzidos por haloperidol, sugerindo que a neurotensina endógena estaria envolvida na manifestaçãodessa discenesia. Por outro lado, demonstramos que essa possível interação não se dá ao nível pré-sináptico, uma vez que a administração sistêmica de neurotensina não modificou o aumento da taxa de renovação de dopamina estriatal induzida pelo neuroléptico. O SR48692 foi também capaz de atenuar tanto o desenvolvimento quanto a expressão, da sensibilização comportamental. Por outro lado, o SR142948A atenuou preferencialmente a expressão da sensibilização ) comportamental. Além disso, foi observado que o próprio peptídeo não foi capaz de potencializar a sensibilidade comportamental induzida pela anfetamina tendendo, paradoxalmente, a atenuá-la. Esses achados sugerem a participação de níveis ótimos de neurotensina nos fenômenos neuroplásticos estudados. Assim, futuras investigações deverão considerar o uso potencial de antagonistas seletivos de receptores de neurotensina no tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos como a discenesia tardia e/ou correlacionados à sensibilização comportamental como a esquizofrenia e a dependência de psicoestimulantes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.08.2001

  • How to cite
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    • ABNT

      COSTA, Fabiana de Godoy. Relação neurotensina/dopamina: aspectos comportamentais e neuroquímicos. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Costa, F. de G. (2001). Relação neurotensina/dopamina: aspectos comportamentais e neuroquímicos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Costa F de G. Relação neurotensina/dopamina: aspectos comportamentais e neuroquímicos. 2001 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Costa F de G. Relação neurotensina/dopamina: aspectos comportamentais e neuroquímicos. 2001 ;[citado 2024 abr. 18 ]

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