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Evolução tectono-termal do Complexo Costeiro (faixa de dobramentos Ribeira) em São Paulo (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: DIAS NETO, CORIOLANO DE MARINS E - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GGG
  • Subjects: GEOCRONOLOGIA; NEOPROTEROZOICO
  • Language: Português
  • Abstract: Com o intuíto de se estabelecer a evolução crustal e termocronológica do Complexo Costeiro, no Estado de São Paulo, foram utilizadas diversas áreas do conhecimento geológico, que, de forma integrada, forneceram a caracterização geocronológica, petrográfica e litoquímica dos gnaisses kinzigíticos e dos ortognaisses presentes. Este segmento da Faixa de Dobramentos Ribeira integra os setores paraderivados a leste e ortoderivados a oeste, organizados segundo uma estrutura de cisalhamento dúctil em flor positiva, cujo eixo, que se orienta ENE-WSW, aloja as principais ocorrências dos corpos anfibolíticos que ocorrem no interior dos predominantes gnaisses kinzigíticos. As rochas básicas intrusivas, que deram origem à estes anfibolitos se cristalizaram próximas de 580 Ma (U-Pb SHRIMP), em estruturas tabulares ou em câmaras magmáticas secundárias, sendo que, pelo menos a ocorrência de Boissucanga, ainda preserva as características de toleiítos continentais. Os métodos U-Pb SHRIMP, em zircões, Sm-Nd e Rb-Sr, em rocha total e em concentrados minerais e K-Ar em minerais, permitiram a determinação das idades de cristalização magmática e do pico metamórfico, que afetou este complexo, assim como forneceram subsídios para o acompanhamento do processo de resfriamento regional que se implantou após o ápice do metamorfismo. A determinação U-Pb, para os sobrecrescimentos dos cristais detríticos de zircão, que ocorrem nos paragnaisses, em 570 Ma, retrata a proximidade entreo magmatismo básico e o ápice do processo metamórfico regional, favorecendo a interpretação do ambiente tectônico, como sendo uma bacia sedimentar de retro-arco, sobre crosta continental. As áreas fonte envolveriam rochas diferenciadas entre o Paleoproterozóico e o Neoproterozóico. A dinâmica convergente, geradora da Cordilheira Ribeira, estabeleceu temperaturas de até 800° C e pressões de cerca de 5,5 Kb, no Complexo Costeiro, cujo trajeto P-T-t foi ) acompanhado através de estudos geotermobarométricos. O processo de colisão continental evoluiu, no máximo do achatamento e empilhamento do orógeno, para os movimentos de cizalhamento direcionais, com a presença de estruturas transpressivas em flor, descritas ao longo da faixa. Apesar da cinemática da Faixa Ribeira ser descrita como predominantemente destral, pelos autores que nela trabalharam, foram encontrados claros indicadores cinemáticos sinistrais, presentes principalmente nos flancos da estrutura em flor, associados às rochas representativas do ápice metamórfico e às fases mais tardias. Este fato pode significar um particular na dinâmica do orógeno. A localização dos núcleos anfibolíticos, ao longo do eixo da estrutura em flor, assim como o posicionamento das manifestações magmáticas do Mesozóico, parecem conferir à esta estrutura uma importância especial, podendo ter favorecido a recorrência de eventos geológicos. As temperaturas, neste segmento crustal, indicadas pelos estudos termocronológicos, semantiveram em níveis elevados no intervalo de 580 a 480 Ma, passando de 800° C para 450° C, configurando uma taxa de resfriamento lenta de 3° C/Ma. Este dado concorda perfeitamente com as taxas de resfriamento estabelecidas através das trocas difusivas Fe-Mg, entre granadas e suas inclusões de biotitas. Após este período, os dados detectam um forte incremento no processo de resfriamento das rochas deste complexo, interpretado como uma expressiva fase de soerguimento regional, concordante com a época em que atividades pegmatíticas afetaram intensamente a área de estudo. A concordância do soerguimento do orógeno, identificado no Complexo Costeiro e que pode ser extensivo à outros setores da Faixa Ribeira, onde estudos neste sentido foram desenvolvidos, com a instalação e preenchimento das bacias molássicas Neoproterozóicas-Eopaleozóicas e das seqüências sedimentares da Bacia do Paraná sugere, ) fortemente, a associação entre estes processos geológicos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.08.2001
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      DIAS NETO, Coriolano de Marins e. Evolução tectono-termal do Complexo Costeiro (faixa de dobramentos Ribeira) em São Paulo. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-30092013-151641/. Acesso em: 29 dez. 2025.
    • APA

      Dias Neto, C. de M. e. (2001). Evolução tectono-termal do Complexo Costeiro (faixa de dobramentos Ribeira) em São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-30092013-151641/
    • NLM

      Dias Neto C de M e. Evolução tectono-termal do Complexo Costeiro (faixa de dobramentos Ribeira) em São Paulo [Internet]. 2001 ;[citado 2025 dez. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-30092013-151641/
    • Vancouver

      Dias Neto C de M e. Evolução tectono-termal do Complexo Costeiro (faixa de dobramentos Ribeira) em São Paulo [Internet]. 2001 ;[citado 2025 dez. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-30092013-151641/


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