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A maldição transvalorada: o problema da civilização e o anticristo de Nietzsche (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: BARROS, FERNANDO RIBEIRO DE MORAES - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLF
  • Subjects: NIETZCHE, FRIEDRICH WILHELM; FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
  • Language: Português
  • Abstract: Em linhas gerais, o problema que se apresenta para o autor de O Anticristo é duplo: levar a bom termo um ataque fulminante contra o projeto de depreciação e domesticação das finalidades vitais arregimentado pela moralidade cristã e, ao mesmo tempo, excedê-lo positivamente, ou, se assim quiser, sublevar-se pela afirmação. Se os juízos de valor que deram lastro e substância ao moderno levante ocidental foram hauridos do ideário cristão, cabe ao genealogista do cristianismo revelar o solo valorativo a partir do qual eles foram engendrados para, a partir de um contra-movimento radicalmente corrosivo, denegar-lhes a supremacia. Por outro lado, se é preciso ensejar alicerces para a elevação do valorar humano, como meios de galgar possibilidades mais dignas de existência, cabe ao filósofo da transvaloração clamar por uma nova tábua valorativa e anunciar, a ser assim, um novo modo de ser nas avaliações. Nesta dissertação, pretende-se indicar que essa dupla ambição que cruza e constitui a polêmica "anticristã" não se perde nas águas de sua própria corrosibilidade e que Nietzsche, de sua parte, não se compreende como o porta-voz dos novos valores de maneira acidental. Trata-se de revelar, num primeiro momento, o sentido e o alcance da genealogia do cristianismo tal como esta se apresenta em O Anticristo (Cap. 1). Em seguida, procura-se precisar a crítica ao projeto civilizatório em termos da fisiopsicologia desenvolvida pelo filósofo alemão e percorrer a vertentecorrosiva da polêmica "anticristã" até os seus limites (Cap. 2). Num terceiro momento, cumpre investigar, a partir de certas pressuposições e de determinados operadores teóricos, as condições de possibilidade teórico-especulativas da vertente positiva da transvaloração de todos os valores (Cap. 3). No quarto e último momento, cabe evidenciar que tais ) condições foram viabilizadas e asseguradas precisamente porque fizeram, no corpo e no sangue do próprio filósofo, a experiência de extrapolar o seu âmbito exclusivamente conceitual (Cap. 4)
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.06.2001

  • How to cite
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    • ABNT

      BARROS, Fernando Ribeiro de Moraes. A maldição transvalorada: o problema da civilização e o anticristo de Nietzsche. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. . Acesso em: 23 maio 2025.
    • APA

      Barros, F. R. de M. (2001). A maldição transvalorada: o problema da civilização e o anticristo de Nietzsche (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Barros FR de M. A maldição transvalorada: o problema da civilização e o anticristo de Nietzsche. 2001 ;[citado 2025 maio 23 ]
    • Vancouver

      Barros FR de M. A maldição transvalorada: o problema da civilização e o anticristo de Nietzsche. 2001 ;[citado 2025 maio 23 ]

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