O ator-compositor as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba (2001)
- Authors:
- Autor USP: BONFITTO JUNIOR, MATTEO - ECA
- Unidade: ECA
- Assunto: TEATRO
- Language: Português
- Abstract: A pesquisa teve como ponto de partida uma questão principal: "Como podemos pensar sobre o conceito de composição no caso do trabalho do ator?" Em todas as formas de arte, como sabemos, tal conceito é utilizado seja para avaliar as obras, seja como disciplina de formação nos inúmeros institutos e escolas de arte. Se observarmos, porém, as disciplinas das escolas de teatro e o vocabulário utilizado na maioria dos livros sobre as técnicas de atuação, veremos que o conceito em questão é empregado raramente, e quando é utilizado, tal utilização se ad forma especifica e, diferenciada. Foi a partir deste quadro que o discurso presente nesta dissertação tomou corpo. Encontramos nas várias definições coletivamente aceitas sobre o termo 'compor' um denominador comum - aquele de 'por com'. Mas por o que com o quê? Como sabemos, o ator se utiliza, em seu processo de trabalho, de elementos de diferentes naturezas: palavras, ações, visualizações, memórias, referências visuais e auditivas. O passo seguinte, portanto, consistiu na busca de um termo que pudesse abarcar os diferentes elementos utilizados no trabalho do ator. Neste sentido, o termo que nos pareceu mais apropriado foi aquele de material. Após classificar os materiais em - primário: o corpo; secundária: a ação física; e terciário: os elementos constitutivos da ação física - foi construído o 'Quadro de Ações Físicas', que analisa a ação física do ponto de vista histórico partindo de Stanislavski até Eugenio Barba. Foiestabelecida, então, a diferença entre 'movimento', 'ação física' e 'gesto'. Em seguida a ação física foi examinada a partir de sua relação com os outros elementos do espetáculo. As reflexões feitas até este ponto do trabalho serviram de base para o levantamento de uma hipótese: pode a ação física ser considerada o elemento estruturante do fenômeno teatral? Se nas duas primeiras partes da pesquisa a ação física foi analisada enquanto conceito, ou ) seja, 'em ato', terceira parte ela foi examinada 'em processo' a partir de duas instâncias: as práticas improvisacionais e os seres ficcionais. Reconhecidos três tipos de práticas improvisacionais e três classes de seres ficcionais, tentamos estabelecer algumas conexões entre tais práticas e seres, verificando, desta forma, as implicações emergentes de tais relações. Por fim, chegou-se a um triplo reconhecimento: - Diante da complexidade do fenômeno teatral, presente em diferentes momentos da história do teatro e acentuada no panorama contemporâneo, o ator, para ser criador, precisa saber compor. - O trabalho de composição, no caso do ator, não hierarquiza ou diferencia gêneros ou tipos de teatro. Mesmo no caso das personagens 'tipo' e 'individuo' estão presentes procedimentos de composição (como no ex. do ator-escorpião). O que pode existir é urna diferença entre 'graus' de composição. O trabalho com os actantes, envolvendo necessariamente diferentes matrizes, elementos e procedimentos de confecção, poderequerer a presença de procedimentos mais complexos de composição. - O ator-compositor se move no interior de uma espiral que tem como pólos o 'fazer' e o ´pensar o fazer'
- Imprenta:
- Data da defesa: 02.02.2001
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ABNT
BONFITTO, Matteo. O ator-compositor as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. . Acesso em: 12 maio 2025. -
APA
Bonfitto, M. (2001). O ator-compositor as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Bonfitto M. O ator-compositor as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba. 2001 ;[citado 2025 maio 12 ] -
Vancouver
Bonfitto M. O ator-compositor as ações físicas como eixo: de Stanislavski a Barba. 2001 ;[citado 2025 maio 12 ]
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