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A ecologia reprodutiva do taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) e do paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) leg: Caesalpinioidea e a melitofilia nestas árvores amazônicas (2000)

  • Authors:
  • Autor USP: VENTURIERI, GIORGIO CRISTINO - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIE
  • Assunto: ECOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: O taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) é uma espécie da família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, endêmica da América do Sul. O estudo da ecologia reprodutiva desta espécie foi realizado em duas populações distintas. A primeira em Belterra ('2 Graus'38´S, '54 GRAUS'57´W), e a segunda em Belém ('1 GRAU'53´S, '48 GRAUS'46´W), Estado do Pará, Brasil. A flor é amarelo claro, aromática, pentâmera, hermafrodita, pedunculada, medindo 7mm de comprimento e 5mm de largura, ligeiramente zigomorfa e disposta em inflorescência do tipo paniculiforme. A relação pólen/óvulo encontrada foi de 6000/1. Em dias de sol, a antese inicia às 7:00h. Sob condições naturais a frutificação ocorreu em 5,11% do total de flores produzidas. O taxi-branco é uma árvore preferencialmente melitófila, podendo também ser polinizada por moscas e vespas. Seus principais polinizadores foram Apis mellifera, Trigona pallens, Melipona melanoventer, Scaptotrigonanigrohirta, Exomalopsis sp. (Apidae), Stratiomyidae spp e Syrthidae spp (Diptera). A elevada relação pólen/óvulo, a oferta de néctar e pólen, a presença de aroma nas flores e o total de aborto das autopolinizações indicam que o taxi-branco é uma espécie adaptada a polinização cruzada (xenogamia), sendo os insetos fundamentais para a formação de suas sementes. O paricá (Schizolobium amazonicum) é uma árvore amazônica com grande potencial para a silvicultura. Seu crescimento é rápido, sua madeira é de cor clarae de excelente qualidade para a indústria de movelaria e de compensados. Devido a estas características naturais e à forte pressão legislativa, que obriga o replantio de áreas exploradas por madeireiras na Amazônia, esta árvore vem constituindo-se na mais promissora espécie para a silvicultura regional. Suas flores são de tamanho mediano (2,5 a 3cm), amarelas, hermafroditas e dispostas em inflorescências paniculiformes. A floração ocorre principalmente em ) maio e junho, de maneira rápida e sincronizada. A antese inicia em torno de 5:45h e a deiscência das anteras ocorre progressivamente entre 7:15 e 11:00h. A relação pólen/óvulo foi de 9.980/1. Sob condições naturais apenas 3,2% dos frutos alcançaram a maturação e as polinizações controladas indicaram xenogamia. Suas flores são visitadas por um grande número de insetos, mas seus polizadores mais efetivos seriam notadamente abelhas de médio a grande porte como Xylocopas pp, Centris spp, Melipona spp e Apis mellifera melhor adaptadas a voar grandes distâncias e de tamanho e comportamento compatíveis com a fenologia floral de S. amazonicum. Tres grupos de abelhas da região do Tapajós, Estado do Pará, Brasil, foram investigados quanto ao seu alcance de voô. estes grupos foram representados pelas espécies Scaptotrigona nigrohirta e Melipona compressipes (Meliponini), como abelhas de médio alcance de voô. Xylocopa frontalis (Xilocopini) e sete espécies dos gêneros Eulaema e Euglossa (Euglossini), como abelhas degrande porte. Metodologias semelhantes foram empregadas para os Meliponini e X. frontalis, onde fêmeas eram liberadas em diferentes distâncias, cada vez maiores, até o limite de não mais conseguir retornar. Para os Euglossini foram utilizadas armadilhas aromáticas contendo salicilato-de-metila para captura, marcação e recaptura de machos. Os resultados indicaram que S. nigrohirta pode voar até 200m, M. melanoventer até 1.200m e Xylocopa frontalis 11.400m. Quanto aos Euglossini, foram marcadas 534 abelhas e recapturadas apenas 5 (0,94%), todos no mesmo local. É sugerido um ninho para a domesticação de X. frontalis e sucessos foram obtidos utilizando-se troncos de madeira leve para a atração de ninhos. São propostas duas caixas para a produção de mel de duas espécies de Meliponini, ambas muito promissoras para serem utilizadas em sistemas agroflorestais na Amazônia
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.11.2000

  • How to cite
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    • ABNT

      VENTURIERI, Giorgio Cristino. A ecologia reprodutiva do taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) e do paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) leg: Caesalpinioidea e a melitofilia nestas árvores amazônicas. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. . Acesso em: 25 abr. 2025.
    • APA

      Venturieri, G. C. (2000). A ecologia reprodutiva do taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) e do paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) leg: Caesalpinioidea e a melitofilia nestas árvores amazônicas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Venturieri GC. A ecologia reprodutiva do taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) e do paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) leg: Caesalpinioidea e a melitofilia nestas árvores amazônicas. 2000 ;[citado 2025 abr. 25 ]
    • Vancouver

      Venturieri GC. A ecologia reprodutiva do taxi-branco (Sclerolobium paniculatum var. paniculatum Vogel) e do paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) leg: Caesalpinioidea e a melitofilia nestas árvores amazônicas. 2000 ;[citado 2025 abr. 25 ]


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