Rotas alternativas de experiência partidária: formação do Estado, elites políticas e compromisso - Argentina, Brasil, Chile e Uruguai em perspectiva comparada (2000)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, SIMONE RODRIGUES DA - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLP
- Subjects: POLÍTICA; POLÍTICA; ESTADO (POLÍTICA); REPRESENTAÇÃO POLÍTICA
- Language: Português
- Abstract: O principal argumento da minha tese é o de que sistemas partidários consolidados, entendidos basicamente como um conjunto de regras estáveis do jogo partidário que implicam na contínua aceitação dos resultados por ele produzido, representam umdentre os vários subtipos de desenvolvimento partidário. Há rotas alternativas de experiência partidária que, apesar de se distanciarem do que é usualmente caracterizado como a consolidação de um sistema de partidos, vêm experimentando, durantelongo tempo, a existência continuada de política partidária. Em outras palavras, existem casos que vêm sustentando o jogo partidário ao longo do tempo, sem desenvolver, no entanto, as características típicas de sistemas consolidados. De acordocom o mapa explicativo aqui delineado a modalidade de 'compromisso das elites para com as regras da competição partidária' constitui-se na variável mais crucial para o entendimento das rotas de desenvolvimento que se afastaram de formaçõespartidárias consolidadas. Para explorar essa hipótese, elegi um conjunto de quatro casos: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. A análise realizada concluiu que os sistemas partidários dos dois últimos casos - embora de maneira diversa -alcançarama consolidação institucional. O mesmo não ocorreu com os casos argentino e brasileiro. No Uruguai, um forte compromisso intra-elites originou um sistema partidário com um elevado nível de consolidação, apesar do fechamento do sistema edasrestrições postas pela predominância de Blancos e Colorados. Chile obteve o mesmo resultado por via diferente. Nesse caso, uma competição vigorosa entre as elites políticas gerou um ambiente plural ao qual não só as organizações de esquerdaforam incorporadas precocemente como também o papel da oposição foi amplamente aceito e visto como legítimo. No Brasil, por outro lado, a análise revelou que a existência de um poderoso Imperador constituiu-se num obstáculo ao surgimento de ) uma política partidária livre. Mesmo com o advento do regime republicano em 1889, as elites não desenvolveram um forte compromisso em relação ao jogo partidário, o queresultou em duas rupturas do sistema partidário: em 1930 e em1964. De maneira similar, na Argentina as rivalidades entre os caudilhos estimularam alguns segmentos de elite a fortalecer fontes de poder político outras que o sistema de partidos. A ascensão dos radicais em 1916 e, mais tarde, dos peronistasreforçou essa estratégia das elites, permitiu o aparecimento dos militares como atores políticos importantes e deu origem a uma trajetória do tipo stop-and-go
- Imprenta:
- Data da defesa: 11.10.2000
-
ABNT
SILVA, Simone Rodrigues da. Rotas alternativas de experiência partidária: formação do Estado, elites políticas e compromisso - Argentina, Brasil, Chile e Uruguai em perspectiva comparada. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. . Acesso em: 13 out. 2024. -
APA
Silva, S. R. da. (2000). Rotas alternativas de experiência partidária: formação do Estado, elites políticas e compromisso - Argentina, Brasil, Chile e Uruguai em perspectiva comparada (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Silva SR da. Rotas alternativas de experiência partidária: formação do Estado, elites políticas e compromisso - Argentina, Brasil, Chile e Uruguai em perspectiva comparada. 2000 ;[citado 2024 out. 13 ] -
Vancouver
Silva SR da. Rotas alternativas de experiência partidária: formação do Estado, elites políticas e compromisso - Argentina, Brasil, Chile e Uruguai em perspectiva comparada. 2000 ;[citado 2024 out. 13 ]
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas
