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Reprodução do acáro Varroa jacobsoni em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no Brasil (2000)

  • Authors:
  • Autor USP: MARQUES, MARIA HELENA CORRÊA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assunto: ENTOMOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Estudamos a reprodução do ácaro varroa jacobsoni em 10 colônias de abelhas Africanizadas (Apis meliffera). A infestação média da varroa, em células de cria de operária, variou de 3.4% a 13.7% nos meses de estudo (de setembro/98 a setembro/99) efoi negativamente correlacionada com a temperatura mínima ambiente. A infestação em abelhas operárias adultas não ultrapassou 5%, variando de 1.5% a 4.4% e também foi negativamente correlacionada com a temperatura ambiente (mínima e máxima).Foram analisadas 16844 células de cria de operária, das quais 1216 células (7.2%) estavam infestadas pela varroa. Do total de células infestadas, 90.5% estavam infestadas por uma varroa adulta, 8.7% por duas e 0.7% por três. Nas célulasinfestadas por uma varroa adulta, em 77.7%, as varroas haviam produzido descendentes e destas, a descendência mais comum (32.9%) foi de cinco descendentes e, em menor freqüência (1.8%), de seis descendentes, tendo como média 4.1 descendentesproduzidos/varroa adulta. Em células infestadas por duas varroas adultas, encontramos descendente em 89.6% delas, apresentando média de 3.2 descendentes produzidos/varroa adulta. Classificamos a reprodução em três tipos (análise em célulasinfestadas por uma varroa adulta): 1- Reprodução com descendência viável (RDV) - onde se encontra o descendente macho vivo e pelo menos uma filha viável (com possibilidade de atingir a maturidade e ser fecundada antes da emergência da abelha);2- Reprodução com descendência inviável (RDI)- onde se encontram todos os descendentes mortos (macho e/ou fêmeas), os que teriam possibilidade de atingir a maturidade antes da emergência da abelha; 3- Sem reprodução (SR) - onde nenhumdescendente foi produzido. Encontramos 40.5% das varroas com RDV, 37.2% RDI e 22.3% SR. As proporções de varroas com RDV não apresentaram diferenças significativas nos meses de estudo e não se correlacionam com os índices de infestação e,tampouco, com as ) variáveis climáticas. As proporções de varroas com RDI diferiram significativamente nos meses de estudo e correlacionaram-se negativamente com a temperatura mínima ambiente e com a umidade relativa do ar, mas não com os índices deinfestação. As proporções de varroas com SR variaram nos meses de estudo e apresentaram-se correlacionadas negativamente com o índice de infestação em células de cria de operária e positivamente com a temperatura mínima ambiente. Das varroas comRDV, 55.2% produziram duas filhas viáveis. Obtivemos TRE (taxa de reprodução efetiva = número de filhas viáveis produzidas/varroa adulta) de 1.59 (quando computamos o número de varroas adultas que produziram filhas viáveis), TRE de 0.83 (quandocomputamos o número de varroas que produziram descendentes) e TRE de 0.64 (quando computamos o número de varroas originais). Calculamos as taxas de reprodução total (TRT= número de descendentes produzidos/varroa adulta) e obtivemos TRT de 4.05,quando computamos o número de varroas que produziram descendentes, e de3.15, quando computamos o número de varroas originais. Em células infestadas por uma ou mais varroas adultas, a TRT foi de 3.08. Do total de descendentes produzidas, 34.1%estavam mortos e 5.4% foram ovos inviáveis (os que não completaram seu desenvolvimento antes da postura). A mortalidade variou significativamente entre os meses de estudo. Para o primeiro descendente, o macho, a mortalidade média foi de 39.0%. Amortalidade do macho apresentou-se diferente nos meses de estudo, correlacionando-se negativamente com a umidade relativa do ar, mas não com a temperatura ambiente e, tampouco, com os índices de infestação. O segundo e terceiro descendentesproduzidos, primeira e segunda filhas, tiveram mortalidade de 30.6% e 38.1%, respectivamente. Na ausência de reprodução, a varroa alterou seu padrão de defecação, que normalmente é formado um sítio fecal (acúmulo de fezes), na ) parede da célula. Foram analisadas 68 células infestadas por varroa adulta com SR e, em 55.9%, as varroas formaram um sítio fecal sobre o corpo da cria da abelha (no abdome), em 4.4%, foram encontrados pontos de fezes espalhadospelo corpo da cria e, em 39.7%, verificamos o padrão normal de defecação. Foram analisadas 1378 células de cria de zangão, sendo que 40.5% estavam infestadas pela varroa. A maioria das células (45.9%) estava infestada por uma varroa adulta e27.2% por duas. Células infestadas com 6 a 9 varroas adultas apresentaram proporções inferiores a 1%. O mais freqüente foi aprodução de seis descendentes por varroa (41.1%) em células de cria de zangão. Em células infestadas por uma varroaadulta, verificamos que 84.2% das varroas produziram descendentes, com uma média de 5.1 descendentes/varroa. Em 99.2% das células infestadas por duas varroas adultas, havia produção de descendentes com média de 4.6 descendentesproduzidos/varroa. Células com três a seis varroas adultas deram média entre 3.8 e 3.0 descendentes/varroa. Nas células de cria de zangão infestadas por uma varroa adulta, 52.6% das varroas apresentaram RDV, 31.6% RDI e 15.8% SR. Das varroas queapresentaram RDV, 24.5% produziram duas filhas viáveis, 29.1% três e 32.7% quatro filhas viáveis. Considerando o número de filhas viáveis (n=329) em células infestadas por uma varroa adulta, obtivemos três de: 3.00 (329/110 varroas queproduziram filhas viáveis), 1.87 (329/176 varroas que produziram descendentes) e 1.57 9329/209 total de varroas originais). Levando em conta o número total de descendentes produzidos (n=896), obtivemos TRTs, em células infestadas por uma varroaadulta, de: 5.09 (896/176) e 4.29 (896/209) e, em células infestadas por uma ou mais varroas adultas, TRT de 3.47 (3931/1133). Dos descendentes produzidos, 72.0% estavam vivos, 25.2% mortos e 2.8% foram ovos inviáveis. O descendente machoapresentou mortalidade ) de 29.5% no total de machos produzidos. Do segundo ao sexto descendentes produzidos, da primeira à quinta fìlha, verificamos mortalidade de 13.3%, 26.0%, 22.8,23.8% e 45.2%, respectivamente. O sucesso reprodutivo da varroa, emcélulas de cria de operária, mostrou ser menor nas abelhas Africanizadas do que nas européias, sugerindo que a reprodução desse ácaro seja um fator que colabora com as baixas infestações verificadas nas abelhas Africanizadas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.04.2000

  • How to cite
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    • ABNT

      MARQUES, Maria Helena Corrêa. Reprodução do acáro Varroa jacobsoni em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no Brasil. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2000. . Acesso em: 22 jul. 2024.
    • APA

      Marques, M. H. C. (2000). Reprodução do acáro Varroa jacobsoni em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no Brasil (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Marques MHC. Reprodução do acáro Varroa jacobsoni em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no Brasil. 2000 ;[citado 2024 jul. 22 ]
    • Vancouver

      Marques MHC. Reprodução do acáro Varroa jacobsoni em colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) no Brasil. 2000 ;[citado 2024 jul. 22 ]

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