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Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica (1999)

  • Autor:
  • Autor USP: JANASI, VALDECIR DE ASSIS - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GMP
  • Subjects: PETROLOGIA ÍGNEA; GEOQUÍMICA; GEOQUÍMICA ISOTÓPICA; NAPPE
  • Language: Português
  • Abstract: A geração de magmas crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (NESG) foi investigada a partir de dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos (Sm-Nd, Rb-Sr') de diferentes tipos de granitos e de rochas metamórficas que podem constituir seus protolitos. As rochas metassedimentares da NESG foram divididas em três grupos: metagrauvacas "primitivas" (com contribuição importante de arcos magmáticos neoproterozóicos) têm 'T IND.DM' (Nd) tão baixos quanto 1,2 Ga; metapelitos com assinatura de margem passiva têm 'T IND.DM' (Nd) entre 1,8 e 2,1 Ga; e metagrauvacas "evoluídas" (com contribuição predominante de fonte continental antiga), aflorantes na região de Atibaia, também têm 'T IND.DM' (Nd) entre 1,8 e 2,2 Ga. Os granulitos têm em geral baixo 'ANTPOT.87 Sr'/'ANTIPOT.86 Sr' (<0,711), mas seus 'épsilon' Nd variam amplamente (-0,6 até -28,1 à época do metamorfismo principal). A distribuição das rochas metamórficas na metade setentrional da NESG permite o reconhecimento de dois blocos crustais distintos: o Bloco Alfenas-Guaxupé, dominado por granulitos migmatíticos, residuais, de longa vida crustal ('T IND.DM' Nd>1,8 Ga) e o Bloco Machado, a sul, em que evidências de um embasamento antigo não foram encontradas, eas 'T IND.DM' Nd têm forte concentração em torno de 1,5 Ga. A idade do metamorfismo principal, ao qual se associa o evento anatético regional, foi determinada em 625 mais ou menos 5 Ma, intervalo em que se situam as idades U-Pb de todos os granitos crustais aquiestudados. Os granada-biotita granitos tipo Nazaré Paulista foram gerados nos níveis mais rasos do segmento exposto (a ca. 5 Kbar) pela fusão a ca.'750 GRAUS' C (por quebra de muscovita) de metagrauvacas imaturas que tiveram fontes de longa vida crustal. As características químicas (e.g., altos teores de Sr, Ba, ETRL, Th) e isotópicas ('épsilon Nd IND.625'=-13 a -16; 'ANTIPOT.87 Sr'/'ANTIPOT.86 Sr'= 0,713-0,719) desses granitos indicam fontes com ) características intermediárias entre as dos granada-biotita gnaisses e dos biotita gnaisses granodioríticos regionais. Os granada-biotita gnaisses não podem ter sido a fonte única desses granitos através de reações de quebra da muscovita em condições de equilíbrio; os maiores teores de Sr e Ba nos granitos demandariam, nesses caso, a introdução de água livre durante a anatexia, ou fusão em desequilíbrio. Em níveis intermediários da crosta (ca. 7 kbar), na região de Pinhal(SP), protolitos quartzo-feldspáticos isotopicamente um pouco menos "evoluídos" ('épsilon Nd IND.625'=-10 a-13; 'ANTIPOT.87 Sr'/'ANTIPOT.86 Sr'= 0,708-0,716) deram origem a dois tipos principais de biotita granitos róseos anatéticos: o Subtipo 1, portador de allanita e titanita, com fontes metaluminosas, e o Subtipo 2, portador de monazita, que teve maior contribuição de fontes com Rb/Sr mais alto. Comparados aos granitos Nazaré Paulista, os granitos Pinhal foram gerados a temperaturas mais altas (ca.'850 GRAUS'C para o Subtipo 1), compatíveis com afusão associada a quebra da biotita. A maior parte da biotita deve ter sido consumida nessas reações; em decorrência, os granitos Pinhal alcançam os mais altos teores de Rb de todos os granitos crustais da região, e seus resíduos granulíticos devem ter altos Ba/Rb e K/Rb. Granitos tipo Pinhal que ocorrem dentro do Bloco Machado têm a assinatura isotópica mais primitiva observada nas rochas metamórficas desse bloco (e.g., 'épsilon Nd IND.625' =-5 a-7), e são em geral mais pobres em minerais acessórios (Subtipo 2); tipos portadores de monazita, contudo, estão presentes, e têm os mais baixos 'epsilon Nd IND.625' do conjunto estudado. Em níveis profundos da crosta, foram gerados magmas mangeríticos pela fusão de granulitos residuais. Duas suites contrastadas foram identificadas pela geoquímica elemental e isotópica. A suite Divinolândia 'épsilon Nd IND.625"=-10 a -12) dominada por ) mangeritos mais máficos associados a volumes menores de dioritos, ocorre em uma faixa setentrional de corpos tabulares, que invadiram o limite entre os Blocos Alfenas-Guaxupé e Machado, e deve ter sido gerada pela fusão a ca. '975 GRAUS' C de granulitos residuais, intermediários a máficos, de longa vida crustal, do Bloco Alfenas-Guaxupé. A suite São Pedro de Caldas ('épsilon Nd IND.625'=-3 a-6) inclui desde mangeritos até granitos hololeucocráticos, numa sequência contínua gerada por fracionamento e assimilação de magmas graníticos de composição similar à dos granitos Pinhal do Subtipo 1.Foi gerada a T'< OU =''950 GRAUS' C e 'P > OU =' 10 Kbar, pela anatexia de granulitos de menor vida crustal (do Bloco Machado), pobres em Th, ETRL, U e Cs. Baixas proporções de fusão são indicadas pelo baixo mg#, pelo enriquecimento significativo em Nb e pelo aumento da razão Nb/Ta em relação aos protolitos. A fusão deve ter sido limitada pela disponibilidadedo feldspato potássico; importante volume de plagioclásio residual deve responder pelo forte fracionamento entre Ba e Sr, de modo que os mangeritos mostram razões Ba/Sr superiores às de todos os protolitos conhecidos. A anatexia simultânea de um amplo segmento crustal, com temperaturas tão altas quanto ca. '975 GRAUS' C sendo alcançadas nas porções mais profundas do terreno hoje exposto, implica na eficiente introdução de calor mantélico, através de underplating máfico durante o regime compressional. A crosta inferior máfica assim formada não foi preservada; provavelmente quando a crosta atingiu uma espessura crítica ela foi eclogitizada, e então delaminada; entre as principais consequências desse processo, podem estar o soerguimento regional e a mudança do caráter do magmatismo observada nas ocorrências tardi-orogênicas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.10.1999
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    • ABNT

      JANASI, Valdecir de Assis. Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica. 1999. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-04062013-164954/. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Janasi, V. de A. (1999). Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-04062013-164954/
    • NLM

      Janasi V de A. Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica [Internet]. 1999 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-04062013-164954/
    • Vancouver

      Janasi V de A. Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica [Internet]. 1999 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-04062013-164954/


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