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Comportamento predatório e reação a espantalho da pomba amargosa (Zenaida auriculata) em culturas de soja: aspectos temporais (1999)

  • Authors:
  • Autor USP: VILLELA, ANA LUCIA FERREIRA - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSE
  • Subjects: COMPORTAMENTO ANIMAL; PSICOLOGIA EXPERIMENTAL; RITMOS BIOLÓGICOS; ANÁLISE DE VARIÂNCIA; COMPORTAMENTO DE FORRAGEAMENTO ANIMAL; COMPORTAMENTO PREDATÓRIO ANIMAL; POMBOS
  • Language: Português
  • Abstract: A pomba amargosa é uma praga agrícola para as plantações de soja do oeste de São Paulo, causando danos significativos aos cultivos, se alimentando dos seus cotilédones nos primeiros dias de germinação da soja. Para conhecermos seu comportamento, pesquisamos a freqüência a alocação temporal de seu comportamento espontâneo, procurando possíveis mudanças em seus padrões, durante esses dias. O comportamento das pombas foi observado ao longo do tempo, utilizando-se um binóculo de áudio, sendo que os dados foram obtidos através de observações diretas e contínuas, sempre após a emergência da soja e em geral das 10:00 às 19:30 (do 1° ao 5° dia) em canteiros experimentais, onde foram plantadas 26 variedades de soja utilizadas na região, e das 7:00 às 11:00 e das 15:00 às 19:00 (do 1° ao 4° dia), em duas plantações comerciais em que se utilizam espantalhos. Análises foram feitas, considerando a ocorrência e duração dos comportamentos a cada 1 hora de intervalo, sendo aplicado um teste de proporção para checar diferenças entre o tempo gasto nas categorias comportamentais. Nos canteiros experimentais, os comportamentos foram classificados em 5 categorias: alimentação, locomoção, comportamento agonísta, inatividade aparente e limpeza, sendo que as categorias locomoção e alimentação chegaram a representar 67% da ocorrência dos comportamentos, na fase de atividade desta ave. Elas gastaram em média 39,19% ± 2,56% do tempo de observação em locomoção e 23,31% ± 1,60%, se alimentando,apesar da categoria alimentação ter sido a mais freqüente em número de ocorrências (n=169), seguida da categoria locomoção (n=94). Houve um maior número de pombas nos dias 4 e 3 (476,398), do que nos dias 5, 1 e 2 (208;180 e 117), sendo observado um maior número de pombas à tarde (64%) do que de manhã. Constatou-se maiores ocorrências da categoria alimentação nos dois primeiros dias entre 12:30 e 18:30; e picos de alimentação no terceiro dia entre ) 10:30 e 11:30; 15:30 e 16:30 e das 18:30 às 19:30. No quarto dia entre 11:30 e 13:30 e no quinto dia das 10:30 às 11:30. Nestes canteiros experimentais a hipótese de igualdade de proporções entre manhã e tarde foi rejeitada com nível descritivo de 0,0326 a um nível de significância de 0,05; detectando-se preferência por partes das pombas em se alimentarem nos últimos dias de germinação, durante as manhãs. As pombas consomem diferencialmente as 26 variedades de soja, cultivadas nos canteiros experimentais, mostrando maior consumo de duas variedades (IAC-12 e IAS-5, com mais de 84% de seus cotilédones ingeridos) e menor consumo de outra variedade (IAC-100, com mais de 58%). Ocorreram diferenças significativas nas médias de visitação, por dia entre quatro variedades (IAC-8, com mais de 8 pombas/dia) e as variedades PARANÁ, OCEPAR-13 e IAC-15, com mais de 15 pombas/dia). Houve diferenças na porcentagem de plantas danificadas, sendo que os dias puderam ser agrupados em três níveis de danos: dia 1; dias 2-4-5 e dia 3, nesta ordemdecrescente de danos causados na soja, sendo que os dias 2 e 3 após a emergência, parecem ser os mais importantes ao nível de manejo e proteção da soja. Nas plantações comerciais, utilizando-se a ANOVA foram feitas comparações múltiplas entre local, fase (manhã ou tarde) e dia, indicando a existência de efeito do local apenas no dia 4 (p=0,0053). Foi observado um número médio maior de aves na parte da tarde, porém apenas nos dias 1 e 3 após a emergência da soja. No dia 4, não houve diferença significativa entre o número médio de aves nas duas fases. Concluímos que as pombas se alimentam e visitam as plantações de soja em momentos temporalmente diferentes da manhã e da tarde, nos dias de germinação, havendo consumo diferencial nas variedades de soja e diferentes ocorrências porcentuais de plantas danificadas ao longo dos dias de germinação. Há efeito da ação dos agricultores ) afugentado as aves e do estágio de desenvolvimento da soja, nos comportamentos de pomba
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.08.1999

  • How to cite
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    • ABNT

      VILLELA, Ana Lucia Ferreira. Comportamento predatório e reação a espantalho da pomba amargosa (Zenaida auriculata) em culturas de soja: aspectos temporais. 1999. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 15 ago. 2024.
    • APA

      Villela, A. L. F. (1999). Comportamento predatório e reação a espantalho da pomba amargosa (Zenaida auriculata) em culturas de soja: aspectos temporais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Villela ALF. Comportamento predatório e reação a espantalho da pomba amargosa (Zenaida auriculata) em culturas de soja: aspectos temporais. 1999 ;[citado 2024 ago. 15 ]
    • Vancouver

      Villela ALF. Comportamento predatório e reação a espantalho da pomba amargosa (Zenaida auriculata) em culturas de soja: aspectos temporais. 1999 ;[citado 2024 ago. 15 ]

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