Criptococose felina: aspectos clínico-epidemiológicos (1999)
- Authors:
- Autor USP: CHIESA, SOLEDAD DE CASSIA - FMVZ
- Unidade: FMVZ
- Sigla do Departamento: VCM
- Assunto: CLÍNICA VETERINÁRIA
- Language: Português
- Abstract: A criptococose é uma doença de etiologia fúngica, causada por leveduras capsuladas, do gênero Cryptococcus sp, podendo afetar o homem e diversas espécies animais. Nos felinos, constitui-se na micose sistêmica mais comumente observada. Devido à inexistência de levantamentos clínicos-epidemiológicos na literatura brasileira que propiciem a determinação da ocorrência da criptococose felina, objetivou-se, neste estudo, verificar a ocorrência, na casuística paulistana, de criptococose (doença ou infecção), em felinos domésticos e selvagens, através de levantamento micológico e sorológico, caracterizando-a clínica e epidemiologicamente. Objetivou-se igualmente determinar a ocorrência das variedades de Crytococcus neoformans entre as amostras isoladas e caracterizar a microbiota fúngica na secreção nasal de felinos domésticos e selvagens. E também avaliar a resposta à terapia de associação medicamentosa antifúngica nestes felinos. Para tanto trabalhou-se com 238 felinos distribuídos em três grupos: Grupo I- 100 felinos domiciliados ou querenciados, com diagnóstico presuntivo de criptococose e/ou doenças virais do trato respiratório anterior. Grupo II- 100 felinos mantidos em domicílios ou gatis, assintomáticos no que tange às manisfestações sintomato-lesionais de criptococose e/ou doenças do trato respiratório anterior. Grupo III- 38 felinos selvagens de diversas espécies mantidos em cativeiro da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Submeteram-se todos osanimais a exames: micológico (secreção nasal) e sorológicos (para diagnóstico de leucemia e imunodeficiência felinas e, também, para criptococose). Os animais do Grupo I foram, ainda, submetidos a exames subsidiários (histopatológico, radiológico e oftalmológico) quando necessários. Estabelecido o diagnóstico etiológico a terapia foi prescrita realizando-se o acompanhamento clínico. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: dos animais do Grupo I, oito (8%)(continua) ) apresentaram criptococose-doença (62,5% com mais de quatro anos de idade, machos - 75%, de raça definida- 62,5%), sendo soropositivos quanto à presença do antígeno capsular criptocócico. Quatro (50%) destes foram soropositivos frente ao vírus da imunodeficiência felina. As cepas isoladas destes animais foram de Cryptococcus neoformans var. neoformans, sorotipo A/D. Deste grupo houve 74 animais em que foram isolados distintos gêneros fúngicos, sendo os mais freqüêntes: Penicillium sp, Trichoderma sp, Aspergillus sp, Mycelia sterilia, Malassezia pachydermatis, entre outros. As manifestações clínicas, evidenciadas nos casos do Grupo I, incluíam-se naquelas das formas naso-tegumentar, respiratória e/ou cutâneas. Nos oitos animais verificou-se envolvimento facial, com a lesão dita "em nariz de palhaço". Não se observaram casos com as formas ocular ou nervosa da doença. Com o protocolo da terapia empregada (associação de itraconazol e 5-fluorocitosina), obteve-se cura em 50% dos animais.Três ainda, encontram-se em tratamento com resultados satisfatórios e um animal evoluiu para êxito letal. Não foram constatados efeitos colaterais decorrentes da terapia. Dos animais do Grupo II, oito (8%) foram positivos ao antígeno capsular criptocócico e quatro eram soropositivos à imunodeficiência felina. Neste animais não foram isolados C. neoformas, mas isolaram-se distintos gêneros fúngicos das narinas, em 64 (64%) animais deste grupo, sendo aqueles, de maior ocorrência, Aspergillus sp, Mycelia sterilia, Cladosporium sp, Penicillium sp, Malassezia pachydermatis, entre outros. No grupo II, inexistiu crescimento de C. neoformas. Houve negatividade em todos os exames sorológicos realizados. Na totalidade dos casos, evidenciou-se crescimento de bolores como: Aspergillussp, Penicillium sp, Cladosporium sp, Mycelia sterilia entre outros
- Imprenta:
- Data da defesa: 18.02.1999
-
ABNT
CHIESA, Soledad de Cassia. Criptococose felina: aspectos clínico-epidemiológicos. 1999. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 04 maio 2025. -
APA
Chiesa, S. de C. (1999). Criptococose felina: aspectos clínico-epidemiológicos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Chiesa S de C. Criptococose felina: aspectos clínico-epidemiológicos. 1999 ;[citado 2025 maio 04 ] -
Vancouver
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