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Esmeraldas colombianas: mineralogia, geologia e gênese (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: ORDOÑEZ, FERNANDO ELI ROMERO - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GMP
  • Subjects: MINERALOGIA; GEOQUÍMICA
  • Language: Português
  • Abstract: As jazidas de esmeralda da Colômbia estão localizadas na parte central da Cordilheira Oriental, nas regiões do Guávio (Cinturão Oriental) e do Território Vásquez-Yacopí (Cinturão Ocidental). Estas mineralizações encontram-se em rochas sedimentares marinhas de idade cretácea, pertencentes às formações sedimentares Calizas do Guávio e Lutitas de Macanal, ambas localizadas na região do Guávio, e às Formações Rosa Bianca e Paja situadas no território Vásquez-Yacopí. Existem várias dúvidas no que diz respeito à origem destas mineralizações, principalmente no que se refere à idade e à origem dos fluidos mineralizantes, bem como aos mecanismos de transporte do berílio. Na tentativa de contribuir no esclarecimento da gênese destas mineralizações, foram realizados estudos estratigráficos que permitiram definie as formações onde ocorrem as mineralizações e sua relação com a esmeralda. Também foram efetuados estudos analíticos para documentar as características físicas, químicas, mineralógicas, isotópicas e geocronológicas das esmeraldas e alguns minerais associados. As técnicas analíticas incluíram petrografia, fluorescência e difração de raios X, microscopia eletrônica de varredura, microssonda eletrônica, análises de ativação com nêutrons, plasma induzido, isótopos estáveis e geocronologia de Rb/Sr. Os estudos mineralógicos indicaram que as associações minerais das ocorrências de esmeralda são semelhantes em quase todas as minas, sendo compostas principalmente decarbonatos, sulfetos, sulfatos albita e quartzo. Em menor quantidade ocorrem apatita, ankerita, fluorita, parisita, mica, euclásio, gibsita, azurita, malaquita, caolinita, enxofre, epídoto e pirofilita. Os resultados dos estudos de elementos terras raras (ETR) permitiram definir um padrão de distribuição de ETR para áreas mineralizadas e não mineralizadas com berilo. Os espectros de ETR de carbonatos de veios de áreas não mineralizadas com berilo, portando ) uma mineralogia semelhante daquelas das áreas esmeraldíferas, mostraram fortes anomalias negativas de cério e positivas de európio. Pela comparação destas características com a distribuição tanto de rochas quanto de fluidos, foi possível demonstrar a influência do ambiente marinho na formação dos fluidos mineralizantes. Ao comparar os espectros de abundância de ETR de carbonatos em associações com esmeraldas dos dois cinturões que eles mostram relativamente altas concentrações de ETR, porém com diferenças no caso de minerais do Cinturão Ocidental, os quais são menos enriquecidos em ETR. Este fato é explicado pela maior abundância de folhelhos negros ricos em matéria orgânica no Cinturão Ocidental e, conseqüentemente pelo maior acúmulo de ETR. Os estudos geoquímicos de RB e de Sr indicaram que a razão inicial das esmeraldas do Cinturão Ocidental ('APROXIMADAMENTE IGUAL A' 0,713) é relativamente baixa, indicando´provavelmente algum tipo de interação com o estrôncio marinho, enquanto que a mesma razãono material do outro cinturão (0,746) é alta, denotando uma possível influência de materiais isotopicamente maduros, provalvelmente com influência continental do Escudo da Guiana com rochas arcaicas e proterozóicas. A interpretação geocronológica das errócronas obtidas permitiu determinar uma idade aparente para estas esmeraldas de 67 a 65 Ma, idade compatível com a situação geológica de ambas as áreas esmeraldíferas. Os resultados dos estudos isotópicos, determinados a partir da água nos canais e nas inclusões fluidas destas esmeraldas e de alguns minerais associados, indicaram um fluido mineralizante rico em 'O ANTPOT.18' (+ '10 POR CENTO'<'sigma''O ANTPOT.18' 'H IND.2'<+'18 POR CENTO') de águas de origem formacional. O valor calculado dee 'sigma''O ANTPOT.18' e 'H IND.2'O nos materiais das diferentes minas corresponde a valores para águas que interagiram com formações submetidas a uma alta diagênese ) fenômenos diapíricos salinares e tectonismo, como é o caso das formações que contêm as esmeraldas colombianas. Nestas condições, os fluidos mineralizantes são considerados como de origem sedimentar com registro geoquímico marcado pela dissolução de evaporitos e a decomposição da matéria orgânica. Propõe-se par a gênese destas esmeraldas um modelo sedimentar semelhante ao tipo Vale do Mississipi de alta temperatura, onde o berílio teve uma origem local. As esmeraldas colombianas formaram-se num ambiente de folhelhos negros, marinhos, geradas pela redução dee uma salmoura rica em sulfatos, quando houve interação de águas formacionais e matéria orgânica que liberaram o berílio e elementos cromóforos para cristalizar a gema
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.12.1998
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      ROMERO ORDÓÑEZ, Fernando Helí. Esmeraldas colombianas: mineralogia, geologia e gênese. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-11112015-154809/. Acesso em: 17 out. 2024.
    • APA

      Romero Ordóñez, F. H. (1998). Esmeraldas colombianas: mineralogia, geologia e gênese (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-11112015-154809/
    • NLM

      Romero Ordóñez FH. Esmeraldas colombianas: mineralogia, geologia e gênese [Internet]. 1998 ;[citado 2024 out. 17 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-11112015-154809/
    • Vancouver

      Romero Ordóñez FH. Esmeraldas colombianas: mineralogia, geologia e gênese [Internet]. 1998 ;[citado 2024 out. 17 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-11112015-154809/


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