Detecção de partículas semelhantes a vírus em cepas toxigênica e não toxigênica de Aspergillus flavus (1998)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, VALÉRIA NASCIMENTO DA - ICB
- Unidade: ICB
- Sigla do Departamento: BMM
- Assunto: MICROBIOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: A presença de vírus ou partículas semelhantes a vírus em fungos teve sua primeira descrição em 1962, com o trabalho de Gandy e Hollings. Em 1972, Mackenzie & Adler começaram a associar a presença destas estruturas com a produção de micotoxinas. O presente trabalho teve como objetivo utilizar a microscopia eletrônica (técnica de coloração negativa) e eletroforese (gel de poliacrilamida e agarose) para detectar a presença de partículas semelhantes a vírus em cepas de Aspergillus flavus: toxigênico, produtor de aflatoxinas B1 e B2 9NRRL 5949) e não toxigênico (NRRL 6550). As cepas foram cultivadas em meio de YES a 25 graus C, nos seguintes períodos, de acordo com a cruva de crescimento e produção de aflatoxinas de cada cepa: NRRL 5940 (2,4,12,28,32,36 e 40 dias) e NRRL 6550 (2,4,12,20,24,28 e 40 dias). O micélio foi congelado e descongelado 4 vezes consecutivas, para rompimento da parede e liberaçào de partículas. O material foi centrifugado e "corado" com fosfotungstato de potássio a 2%, pH 6,8, técnica de gota reversa com adesão de 30 minutos. As grades foram observadas a 7.700 vezes de magnificação para "screening" prévio. O micélio das cepas foi macerado com nitrogênio líquido, o ácido nucleico das partículas foi extraído com fenol:clorofórmio (1:1) e precipitado com etanol. A corrida eletroforética foi realizada em gel de poliacrilamida 7,5% a 40mA e o gel de agarosea, 8% a 40V. Foram observadas no micélio da cepa NRRL 5940, partículas semelhantes a víruscom morfologia icosaédrica, sem envoltório, medindo cerca de 35nm. A corrida eletroforética mostrou a presença de 3 bandas no micélio da cepa NRRL 5940 em todos os períodos estudados. O micélio e o filtrado da cepa NRRL 6550 não apresentaram bandas nos períodos estudados. As bandas observadas não foram sensíveis ao tratamento com as enzimas PK e DNAse I, mas degradaram na presença da enzima RNAase I "A", mostrando tratar-se de um RNA. As amostras corridas em gel, juntamente com o padrão de peso molecular de 1 Kb DNA Ladder, mostraram que as bandas de 2 dias de cultivo mediam 3,7; 3,4 e 2,0 Kb, respectivamente e as bandas dos períodos seguintes 3,5; 3,0 e 2,8 Kb, respectivamente. Estes resultados demonstram a presença de partículas virais em cepa toxigênica de A. flavus e maiores estudos devem ser feitos quanto a associação da presença de vírus e a produção de aflatoxinas pelo fungo
- Imprenta:
- Data da defesa: 09.09.1998
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ABNT
SILVA, Valéria Nascimento da. Detecção de partículas semelhantes a vírus em cepas toxigênica e não toxigênica de Aspergillus flavus. 1998. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Silva, V. N. da. (1998). Detecção de partículas semelhantes a vírus em cepas toxigênica e não toxigênica de Aspergillus flavus (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Silva VN da. Detecção de partículas semelhantes a vírus em cepas toxigênica e não toxigênica de Aspergillus flavus. 1998 ;[citado 2024 abr. 23 ] -
Vancouver
Silva VN da. Detecção de partículas semelhantes a vírus em cepas toxigênica e não toxigênica de Aspergillus flavus. 1998 ;[citado 2024 abr. 23 ]
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