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Bacia Campo Alegre-SC: aspectos petrológicos, estratigráficos e caracterização geotectônica (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: CITRONI, SÉRGIO BRANDOLISE - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GGG
  • Subjects: PETROLOGIA; ESTRATIGRAFIA; GEOLOGIA ESTRUTURAL
  • Language: Português
  • Abstract: A Bacia de Campo Alegre situa-se no nordeste do Estado de Santa Catarina, cobrindo uma área de cerca de 500 'km POT.2'. É preenchida por sedimentos epiclásticos, piroclásticos e por grande volume de lavas básicas e ácidas, principalmente de composição traquítica. As litologias presentes foram agrupados em dez formações: * Formação Papanduvinha, correspondendo a conglomerados de leques aluviais.* Formação São Bento do Sul, formada por conglomerados e arenitos subordinados de ambiente fluvial entrelaçado. * Formação Rio do Bugre, com arenitos e pelitos fluviais e de ambiente subaquático ainda não determinado. * Formação Corupá, turbiditos e arenitos, restrita à Sub-bacia de Corupá; estas quatro primeiras formações são agrupadas dentro do Grupo Bateias. * Formaçào Rio Negrinho, constituída por lavas basálticas, andesíticas e traquíticas, intercaladas com pelitos laminados, as lavas básicas apresentam-se localmente como derrames subaquosos. 8 Formação Avenca Grande, formada por fluxos ignimbríticos ácidos, parcialmente intercalados aos basaltos e parcialmente aos pelitos da Formação Rio Negrinho. * Formação São Miguel, principal unidade vulcânica, com lavas traquíticas, quartzo-traquíticas e riolíticas, além de ignimbritos. * Formação Fazenda Uirapuru, brecha piroclástica recoberta por derrames de lavas ácidas; essas quatro formações foram reunidas dentro do Grupo Campo Alegre. * Formação Rio do Turvo, sedimentos pelíticos com forte contribuição de tufosvítreos finos, depositados em ambiente subaquoso, com intercalações de ignimbritos e lavas riolíticas muito subordinadas. * Formação Arroio Água Fria, unidade constituída por lavas riolíticas vítreas, tufos e ignimbritos subordinados. A Bacia do Campo Alegre insere-se nos terrenos do embasamento Pré-cambriano dos estados de Santa Catarina e Paraná. Sua gênese e desenvolvimento relacionam-se com a colisão entre as microplacas Curitiba e Luís Alves, estando situada na margem norte dessa última, ativada pela colisão. A sucessão estratigráfica registra as fases finais desse processo colisional. Os leques aluviais da Formação Papanduvinha derivaram da cadeia montanhosas, situada a norte, elevada nessa colisão, os depósitos fluviais da Formação São Bento correspondem a um sistema aluvial entrelaçado correndo perpendicularmente a esses leques, de leste para oeste. A composição dos clastos desses conglomerados indica procedência a partir do norte, onde edifícios vulcânicos estavam sendo desmantelados. Esse vulcanismo possivelmente estava associado à colisão. A compressão com direção aproximada NW-SE gerada pela convergência entre as microplacas produziu um esforço distensivo em sito ângulo, materializados em falhas de direção NNW, responsáveis pela individualização e configuração da Bacia de Campo Alegre e condicionaram a direção de colocação das lavas, especificamente das pertencentes à Formaçào Rio Negrinho. Após a deposição da Formação Rio Negrinho aevolução da Bacia passa a ser controlada pela atividade vulcânica. O vulcanismo da Formação São Miguel é acompanhado pelo soerguimento regional, com progressivo abatimento de uma caldeira central. O evento explosivo associado à Formação Fazenda Uirapuru parece representar uma aceleração brusca no abatimento da caldeira, com a formação de um lago de cratera, onde teve lugar a deposição da Formação Rio do Turvo. As lavas mais ácidas, ignimbritos e tufos da Formação Arroio Água Fria são os produtos da fase final do vulcanismo na Bacia de Campo Alegre. Análises geoquímicas sugerem que o magmatismo da Bacia de Campo Alegre evoluiu de lavas mais básicas para mais ácidas, principalmente através de processos de cristalização fracionada, processos de contaminação crustal parecem terem sido subordinados. Idades modelos Sm-Nd sugerem que os magmas das lavas da Bacia de Campo Alegre e de vários maciços graníticos vizinhos derivaram da fusão do manto litosférico, diferenciado da astenosfera por volta de 2,0 Ga. As idades obtidas para a cristalização das lavas ácidas da Formação Rio Negrinho pelos métodos U-Pb em zircões e Rb-Sr isocrônico são coincidentes em torno de 570 +- 30 Ma
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.07.1998
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      CITRONI, Sergio. Bacia Campo Alegre-SC: aspectos petrológicos, estratigráficos e caracterização geotectônica. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-18112015-110525/. Acesso em: 03 nov. 2024.
    • APA

      Citroni, S. (1998). Bacia Campo Alegre-SC: aspectos petrológicos, estratigráficos e caracterização geotectônica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-18112015-110525/
    • NLM

      Citroni S. Bacia Campo Alegre-SC: aspectos petrológicos, estratigráficos e caracterização geotectônica [Internet]. 1998 ;[citado 2024 nov. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-18112015-110525/
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      Citroni S. Bacia Campo Alegre-SC: aspectos petrológicos, estratigráficos e caracterização geotectônica [Internet]. 1998 ;[citado 2024 nov. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-18112015-110525/


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