Caracterização dos produtos da serpentinização das rochas ultramáficas do Vermelho, Serra dos Carajás, PA (1997)
- Authors:
- Autor USP: BENIQUE, MIGUEL ELIAS CALCINA - IGC
- Unidade: IGC
- Sigla do Departamento: GGG
- Assunto: PETROLOGIA ÍGNEA
- Language: Português
- Abstract: O complexo máfico-ultramáfico do Vermelho, localizado na Província Mineral da Serra dos Carajás, foi afetado por importante processo de serpentinização. Compõem-se de dois corpos de configuração litológica semelhante, constituídos por peridotitos e dunitos serpentinizados no centro e piroxenitos e gabros nas bordas. O complexo está encaixado nas rochas do Complexo Xingu. Através do uso de variadas técnicas analíticas como a difratometria de raios X, ATD-ATG e microssonda eletrônica, foram caracterizados os minerais que resultaram da serpentinização, bem como os minerais primários residuais. Os resultados mostraram que as rochas originais eram harzburgitos e olivina-piroxenitos, compostos essencialmente por olivina, ortopiroxênio, cromita e flogopita. A olivina está presente na rocha serpentinizada como relictos de composição forsterítica. Relictos de ortopiroxênio não foram encontrados nas rochas estudadas, mas sua presença é inferida através das bastitas. As Alcromitas originais encontram-se alteradas nas bordas dos cristais para Fecromita e Cr-magnetita. A flogopita encontra-se geralmente vermiculitizada. A serpentina, mineral dominante nas rochas alteradas, ocorre nas texturas mesh e hourglass, pseudomórficas sobre olivina, e como bastita, pseudomórfica sobre ortopiroxênio. Há ainda serpentina de textura ribbon, não pseudomórfica. Entre essas variedades, não foi possível estabelecer uma ordem de formação, de modo que elas são referidas e conjunto comoserpentinas de primeira geração. Ocorrem ainda uma segunda e uma terceira geração de serpentina em veios. Do ponto de vista mineralógico, as serpentinas são predominantemente lizarditas, acompanhadas de pequenas quantidades de antigorita e alguma crisotila. Quimicamente, as serpentinas de primeira geração são serpentinas com baixo teor de 'Al IND.2''O IND.3', razões Mg/Fe+Mg em torno de 0,94, FeO em torno de 4-5%, e com teores de NiO entre 0,1 e 0,4% e de ) 'Cr IND.2''O IND.3' entre 0 e 0,06%. As bastitas apresentam teores maiores de Al e Cr. As serpentinas de veios de segunda e terceira geração distinguem-se das demais por apresentar teores de FeO respectivamente menores e maiores. Outro traço químico que distingue os veios de segunda geração é o menor teor em NiO. Em íntima associação com a serpentina, ocorrem a magnetita e a piroaurita, tanto nas serpentinas de primeira geração, como nos veios. Esses dois minerais nunca se encontram associados à bastita, sendo produtos da serpentinização apenas da olivina. A piroaurita é um hidróxi-carbonato de Mg e Fe, com razão Mg/Mg+Fe em torno de 0,75. A clorita ocorre freqüentemente bordejando as cromitas, ou em grupos de cristais dispersos na rocha. Composicionalmente situa-se nos campos do clinocloro, peninita e talco-clorita. Sua gênese está relacionada à alteração da cromita
- Imprenta:
- Data da defesa: 10.09.1997
-
ABNT
BENIQUE, Miguel Elias Calcina. Caracterização dos produtos da serpentinização das rochas ultramáficas do Vermelho, Serra dos Carajás, PA. 1997. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-28102015-104255/. Acesso em: 13 nov. 2024. -
APA
Benique, M. E. C. (1997). Caracterização dos produtos da serpentinização das rochas ultramáficas do Vermelho, Serra dos Carajás, PA (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-28102015-104255/ -
NLM
Benique MEC. Caracterização dos produtos da serpentinização das rochas ultramáficas do Vermelho, Serra dos Carajás, PA [Internet]. 1997 ;[citado 2024 nov. 13 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-28102015-104255/ -
Vancouver
Benique MEC. Caracterização dos produtos da serpentinização das rochas ultramáficas do Vermelho, Serra dos Carajás, PA [Internet]. 1997 ;[citado 2024 nov. 13 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-28102015-104255/
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas