Trajetórias para a leitura de uma história crítica das subjetividades na produção intelectual de Michel Foucoult (1998)
- Authors:
- Autor USP: PRADO FILHO, KLEBER - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FSL
- Assunto: SOCIOLOGIA (FILOSOFIA;TEORIA)
- Language: Português
- Abstract: Este trabalho busca, através de uma pesquisa teórica, traçar as trajetórias de uma história das subjetividades nos textos de Michel Foucault. Partindo de uma declaração sua onde afirma ter estado ao longo dos últimos vinte anos tratandodaproblemática da subjetividade, buscamos recortar em seus escritos as análises referentes a este tema, reunindo-as conforme as várias metodologias e tratamentos por ele aplicados, considerando seus deslocamentos e desníveis, traçando, assim,umahistória crítica e assistemática das subjetividades ocidentais, como ele mesmo caracteriza. Trata-se, em verdade, de uma questão problematizada de maneira bastante diversificada em seus estudos. Nos escritos onde ele trata dasrelaçõessubjetividade x discurso emergem o sujeito de conhecimento e o sujeito do enunciado, como figuras derivadas dos jogos de produção do conhecimento. Nos estudos centrados nas relações corpo x poder, emerge a forma indivíduo e suasclassificações -normal x anormal; infrator; delinquente; a figura do "öutro"; o corpo dócil e útil com a "alma" que lhe corresponde - como produções de práticas disciplinares e panópticas exercidas por dispositivos que compõem toda umamicrofísica do poderdistribuída pela rede social. Nas análises centradas nas relações éticas que os indivíduos estabelecem consigo mesmos, emerge o sujeito moral, figura produzida sob condições modernas, tendo por base uma sexualidadesocialmente construídaapartir de uma vontade de saber sobre o sexo que se forma no Ocidente. Todas estas formas de subjetividade, estes modos de vida e de ser, tratam de figuras regionais, assujeitadas, socialmente produzidas em práticas desaber-poder, jogos deobjetivaçào x subjetivação, traçando uma crítica às modernas teorias relativas ao sujeito, que insistem em mostrá-lo em sua universalidade, como sujeito cognoscente, consciência autônoma, ou agente social livre e racional. Ahistória crítica das subjetividades de Michel Foucault aponta para aquilo que ela denomina "ontologias históricas de nós mesmos", colocadas como histórias do presente onde a crítica do que somos envolve, ao mesmo tempo, uma nova relação com osproblemasdo nosso tempo ao nível do saber e em termos de posturas práticas, éticas e políticas ligadas à sua solução
- Imprenta:
- Data da defesa: 26.06.1998
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ABNT
PRADO FILHO, Kléber. Trajetórias para a leitura de uma história crítica das subjetividades na produção intelectual de Michel Foucoult. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Prado Filho, K. (1998). Trajetórias para a leitura de uma história crítica das subjetividades na produção intelectual de Michel Foucoult (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Prado Filho K. Trajetórias para a leitura de uma história crítica das subjetividades na produção intelectual de Michel Foucoult. 1998 ;[citado 2024 mar. 29 ] -
Vancouver
Prado Filho K. Trajetórias para a leitura de uma história crítica das subjetividades na produção intelectual de Michel Foucoult. 1998 ;[citado 2024 mar. 29 ]
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