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Um novo cenário para a evolução química da galáxia (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: LEITE, CRISTINA CHIAPPINI MORAES - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: AGA
  • Subjects: ASTRONOMIA; GALÁXIAS; ASTROQUÍMICA
  • Language: Português
  • Abstract: Apresentamos um novo modelo de evolução química para a Galáxia que adota a idéia de que a sua formação se deu a partir de dois espisódios de acréscimo de gás ao sistema formando o halo-disco espesso e o disco fino, respectivamente. A evolução do halo está implícita na evolução do disco espesso pois o formalismo adotado no modelo é adequado a discos. O resultados fundamental deste modelo é que as escala de tempo prevista para a formação do disco é muito maior que a do halo/disco-espesso e, consequentemente, a maior parte do disco não foi formada a partir do gás originário do halo, e sim de um gás de origem extragaláctica. O modelo preve que o disco foi formado de dentro para fora como conseqüência da variação radial adotada para a escala de tempo de formação do disco fino. Este modelo adota uma densidade limite abaixo da qual não há formação estelar. Este comportamento para a taxa de fornação estelar é sugerido pelas observações e foi incluído pela primeira vez em um modelo de evolução química. A vantagem da inclusão deste mecanismo no processo de formação estelar é que ele prevê, de maneira natural, o hiato na taxa de formação estelar entre as fases de halo/disco espesso e disco fino. Os resultados do modelo são comparados com um grande número de propriedades observadas tanto na vizinhança solar como ao longo do disco. Dentre estas, a mais importante é a distribuição de metalicidade das anãs G para a qual novos dados estão disponíveis. O modelo fornece umótimo ajuste para esta distribuição. O bom acordo entre as previsões teóricas e os vínculos observacionais requer uma escala de tempo de formação do halo/disco-espesso menor do que 1 Gano e para o disco fino, na vizinhança solar, de 8 Ganos. O modelo prevê que o gradiente radial de abundância possui um comportamento bimodal, sendo muito mais acentuado nas regiões internas ao círculo solar, e plano nas regiões externas. Foi possível mostrar que o mesmo parece ser sugerido pelas nebulosas planetárias localizadas nas regiões mais externas. O modelo prevê ainda que os gradientes, nas regiões mais internas do disco, crescem com o tempo durante a evolução da Galáxia. Algumas aplicações do novo modelo são discutidas. Investiga-se a influência, nos modelos de evolução química, da adoção de uma IMF variável no tempo e que é uma função das condições físicas do meio onde se dá a formação estelar. Este modelo reproduz as propriedades observacionais e fornece um bom ajuste para a função de massa atual. Esta IMF, quando aplicada à Galáxia, mostrou-se pouco variável, possuindo um viés em prol de estrelas massivas nas fases iniciais da evolução do sistema, mas evoluindo rapidamente para a IMF observada hoje na vizinhança solar. Uma conclusão importante é a de que modelos que adotam uma IMF cuja variação temporal ou radial seja importante não reproduzem os principais vícios da vizinhança solar. Uma conseqüência deste fato é que a conclusãoanterior, de que o disco foi formado numa escala de tempo longa comparada à escala de formação do halo/disco-espesso, continua válida. Isto é importante pois IMFs variáveis foram algumas vezes utilizadas na literatura como uma alternativa aos modelos de infall. Cenários alternativos para a evolução da Galáxia, capazes de destruir consideravelmente o deutério primordial e conciliar o alto valor pré-galático sugerido por algumas observações com o valor observado hoje no meio interestelar, são investigados. Mostra-se que nenhum dos modelos que prevêem uma razão 'D IND.p/D IND. ISM'> 3 é capaz de reproduzir, simultaneamente, os vínculos observacionais básicos. Este fato favorece o valor menor para a abundância primordial de deutério, determinados por Tytler et al. (1996). Finalmente, é feita uma comparação entre as previsões de modelos de evolução química que adotam distintas prescrições para os yields de estrelas de alta massa (Woosley e Weaver 1995 e Thielemann et al. 1996), de modo a impor um vínculo aos cálculos de evolução estelar. Ênfase particular é dada à comparação entre as previsões teóricas e as abundâncias medidas em estrelas muito pobres em metais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.02.1998

  • How to cite
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    • ABNT

      LEITE, Cristina Chiappini Moraes. Um novo cenário para a evolução química da galáxia. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 26 abr. 2024.
    • APA

      Leite, C. C. M. (1998). Um novo cenário para a evolução química da galáxia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Leite CCM. Um novo cenário para a evolução química da galáxia. 1998 ;[citado 2024 abr. 26 ]
    • Vancouver

      Leite CCM. Um novo cenário para a evolução química da galáxia. 1998 ;[citado 2024 abr. 26 ]

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