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Revisão taxonômica do gênero Huberia DC. (Melastomataceae) (1997)

  • Authors:
  • Autor USP: BAUMGRATZ, JOSÉ FERNANDO ANDRADE - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assunto: BOTÂNICA (CLASSIFICAÇÃO)
  • Language: Português
  • Abstract: Apresenta-se uma revisão taxonômica do gênero neotropical Huberia DC. (Melastomataceae), cujo estudo baseou-se na análise de coleções de herbários, nacionais e do exterior, e em materiais coletados pelo próprio autor e observações de campo. O estudo morfológico das espécies abordou não só a análise de sua morfologia externa, como também de caracteres anatômicos, foliares e florais, principalmente relativos a epiderme e vascularização. Procurando obter subsídios à taxonomia do grupo, desenvolveram-se também estudos palinológicos e fotoquímicos, neste caso, restritos a lâmina foliar. No tratamento taxonômico desenvolvido são reconhecidas dezesseis espécies para o gênero, sendo sete novas à Ciência(*); doze são brasileiras- H. carvalhoi* (da Bahia), H. consimillis*, (em Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro), H.espirito-santesis* (Espírito Santo), H.glazioviana, H.laurina, H.minor, H.nettoana, H. ovalifolia, H.pirani* (Minas Gerais), H.semiserrata e H.triplinervis - e quatro extra-brasileiras- H.cogniauxi*, H.peruviana, H.staminodia*, H.weberbaueriana*, estas três novas espécies ocorrendo apenas no Peru. Todas as espécies tratadas foram tipificadas e, quando necessário, lectótipos foram devidamente eleitos. Com base nas circunscrições das espécies definidas no presente estudo, propôs-se H.glabrata como sinônimo de H.glazioviana. Para a identificação de todas as espécies é apresentada, pela primeira vez, uma chave analítica, seguida de descrições morfológicas,comentários sobre características relevantes de cada táxon, afinidades taxonômicas, dados fenológicos e relativos a distribuição geográfica, além de mapas e ilustrações. Na análise morfológica, destaca-se a ocorrência de estaminódios em uma única espécie- H.staminodia-, que representa um novo registro desse tipo de estrutura floral na família Melastomataceae. Carateriza-se os tipos de inflorescências encontrados no grupo e analisa-se, hipoteticamente, (continua) ) o traçado evolutivo destas estruturas de floração, ressaltando o tirsóide como a condição plessiomórfica no gênero, a partir do qual os demais tipos teriam se originado. A maioria das espécies tem um padrão de distribuição geográfica muito restrito (H. carvalhol, H.cogniauxii, H. espirito-santesis, H.minor, H.pavifolia, H. piranni, H.staminodia, H.triplinervis e H.weberbaueriana); distribuição restrita é detectada para H.consimilis, H.glazioviana, H.laurina, H.nettoana e H.peruviana. Somente duas espécies, H.ovalifolia e H.semiserrata, têm ampla distribuição, ocorrendo em diversos estados brasileiros. Em termos biogegráficos, as espécies de Huberia distribuem-se em quatro "regiões": Nordeste (2spp.), Sudeste (11spp.), Sul (1sp) e Andina (4spp.), onde diferentes agrupamentos de espécies encontram-se distribuídas, alguns, porém, possuindo espécies em comum. Do total de espécies do gênero, sete constituem micro-endemismo, tanto no Brasil quanto nos Andes, e duas outras, endemismos regionais noterritório brasileiro. Destaca-se, também, a região Sudeste e a formação florestal Mata Atlântica como centro primários de diversidade genética do gênero Huberia, seguida da região Andina como um segundo centro de diversidade para o grupo. Os padrões de distribuição das espécies, associados ao tipo de vegetação em que estas ocorrem, foram comparados com propostas, já publicadas, da divisão da América do Sul em províncias florísticas, possibilitando delinear uma suposta história biogeográfica deste gênero. A fim de avaliar os resultados obtidos nesse trabalho de revisão, bem como entender a filogenia do grupo em questão, desenvolveu-se uma análise cladística preliminar deste gênero, tomando-se como grupo externo o gênero Behuria CHam. Com base em duas análises distintas, utilizando-se inclusive caracteres anatômicos, este estudo filogenético mostrou Huberia como monofilético e grupos de táxons e os terminais (continua) ) congruentes às afinidades e entidades taxonômicas estabelecidas anteriormente, embora a posição de H.piranii não tenha sido cladisticamente resolvida na segunda análise ) inflorescences have been originated from it. The geographic distribution of species of Huberia fell into as three basic standards: very restricted distribution, restricted distribution and, wide distribution. On a biogeographical basis, four "regions" with diferent groupings of taxa have been recognized: Northeastern Brazil (2 spp.), Southeastern Brazil (11 spp),Southern Brazil (1sp) and Andean (4 spp). The primary centers of genetic diversity of this genus are the Southeastern Brazil region and the Atlantic Forest vegetation; the Andean region may be pointed out as a second center of diversity to this group. Finally, an hypotheticall biogeographic history of Huberia is presednted. A preliminary cladistic analysis of the genus HUberia was carried out. The characters, including anatomical data, were polarized using the genus Behuria Cham. as the outgroup and two distinct analyses were conducted. The results of these analyses presented HUberia as a monophyletic group and supported groups of tax and terminal taxa that are congruent to the taxonomic relationships and entities established in the taxonomic treatment. Only H.piranii was not resolved in the second cladistic analysis
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.06.1997

  • How to cite
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    • ABNT

      BAUMGRATZ, José Fernando Andrade. Revisão taxonômica do gênero Huberia DC. (Melastomataceae). 1997. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. . Acesso em: 04 out. 2024.
    • APA

      Baumgratz, J. F. A. (1997). Revisão taxonômica do gênero Huberia DC. (Melastomataceae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Baumgratz JFA. Revisão taxonômica do gênero Huberia DC. (Melastomataceae). 1997 ;[citado 2024 out. 04 ]
    • Vancouver

      Baumgratz JFA. Revisão taxonômica do gênero Huberia DC. (Melastomataceae). 1997 ;[citado 2024 out. 04 ]

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