Exportar registro bibliográfico

Estrutura de bancos de Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo (1997)

  • Authors:
  • Autor USP: SZÉCHY, MARIA TERESA MENEZES DE - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assunto: BOTÂNICA
  • Language: Português
  • Abstract: Aspectos ecológicos de Sargassum (Phaeophyta-Fucales) da costa do Brasil são pouco estudados, apesar de sua ampla ocorrência e importância em comunidades da região sublitorânea de costões rochosos, onde pode ser a macroalga mais representativa em termos de biomassa e cobertura. Esse estudo teve por objetivos descrever e comparar, qualitativa e quantativamente, bancos de diferentes espécies de Sargassum do litoral dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, submetidos a condições ambientais diferentes, particularmente quanto à exposição às ondas. Coletas foram realizadas em 16 localidades, predominantemente na primavera (1991-1992), totalizando 26 pontos de coleta. Amostragens aleatórias de dois tipos foram efetuadas ao longo de uma corda (10m), com 15 marcas, estendidas paralelamente à linha d'água, de modo a obter: 1)plantas de Sargassum mais próximas a 10 dessas marcas; 2)os organismos do macrobento presentes no interior de quadros de 0,25 metros quadrados, posicionados nas 5 marcas restantes.As plantas de Sargassum foram analisadas quanto a 55 características morfológicas, o que levou à identificação taxonômica e definição dos tipos morfológicos predominantes: também foram analisadas a composição específica e a distribuição das epífitas. Coletas não destrutivas e destrutivas nos quadrados, possibilitaram o estudo de características populacionais de Sargassum (estruturas de tamanho, desenvolvimento vegetativo e reprodutivo) e das estruturas físicas(estratificação) e biológica (freqüência, densidade, biomassa, cobertura) das comunidades. Considerando a distribuição de freqüência de plantas estéreis e férteis de Sargassum, por classe de tamanho, em diferentes épocas do ano, distinguiu-se as fases de crescimento, reprodução, senescência e regeneração. A biomassa média das plantas de Sargassum mostrou-se inversamente relacionada à densidade, obedecendo à Lei do "Self-Thinnig". A biomassa total foi maior em (continua) ) locais com grau de exposição às ondas intermediário. A partir de técnicas multivariadas de classificação e de ordenação, foram definidos 4 tipos morfológicos de Sargassum e diferentes padrões estruturais das comunidades quanto à composição específica, cobertura e biomassa de macroalgas e de macroinvertebrados. Estes tipos morfológicos foram diferenciados pela altura e grau de ramificação das plantas. A existência de mais um tipo morfológico na maioria das espécies foi interpretada como produto da plasticidade fenotípica ou da diferenciação genotípica, influenciadas pelo ambiente e por fatores intrínsecos, como ontogenia e fenologia. Os padrões qualitativos foram diferenciados entre si pelos táxons constantes, considerados em conjunto. Dentre as 167 espécies de macroalgas e 136 de macroinvertebrados, foram comuns a todos os padrões: Hypnea musciformis, Dictyopteris delicatula, algas calcárias crostosas e Modiolus carvalhoi. Os padrões de cobertura e de biomassa diferenciaram-se pelos tiposmorfo-funcionais de macroalgas dominates. As diferenças entre os tipos morfológicos e entre os padrões quantitativos parecem ter sido determinadas principalmente por fatores abióticos e bióticos locais, enquanto que os padrões qualitativos, por fatores ecológicos vinculados à área geográfica. A importância do grau de exposição às ondas /posição no costão foi confirmada estatiscamente pelas diferenças entre as características populacionais estudadas. Considerando esse fator, as comunidades foram classificadas entre dois extremos: 1)locais não expostos diretamente às ondas- Sargassum dominante, do TIPO D (plantas maiores e mais ramificadas); gastrópodos, actiniários e hidrozoários abundantes; 2) locais expostos - algas calcárias dominantes, juntamente com animais filtradores (mexilhões, cracas e poliquetos tubícolas); Sargassum do TIPO A (plantas menores e mais compactas); decápodos e isópodos abundantes. A (continua) ) abundância relativa de componentes do fital foi associada à complexidade do habitat. Componentes dos bancos de Sargassum distribuíram-se nos estratos superior e inferior, crescendo preferencialmente sobre a rocha, ou sobre algas e animais; contudo não foi definido um padrão claro para a estrutura física. Cerca de 63% dos táxons de macroalgas, principalmente filamentosas e foliáceas, foram observados como epífitas, distribuindo-se preferencialmente no estrato inferior. A superioridade competitativa de Sargassum foi associada às suascaracterísticas populacionais, que parecem garantir a ocupação do substrato e a capatação de luz. Sua dominância ou não nas comunidades foi discutida, considerendo-se a influência de distúrbios naturais ou provocados pelo Homem
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.04.1997

  • How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      SZÉCHY, Maria Teresa Menezes de. Estrutura de bancos de Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. 1997. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. . Acesso em: 04 out. 2024.
    • APA

      Széchy, M. T. M. de. (1997). Estrutura de bancos de Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Széchy MTM de. Estrutura de bancos de Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. 1997 ;[citado 2024 out. 04 ]
    • Vancouver

      Széchy MTM de. Estrutura de bancos de Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. 1997 ;[citado 2024 out. 04 ]

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024