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Doenças respiratórias associadas à mineração de carvão: estudo de coorte de 5 anos (1991)

  • Authors:
  • Autor USP: ALGRANTI, EDUARDO - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSA
  • DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719
  • Subjects: DOENÇAS RESPIRATÓRIAS; CARVÃO; MINERAÇÃO; SAÚDE PÚBLICA; SAÚDE OCUPACIONAL
  • Language: Português
  • Abstract: Este trabalho é um estudo híbrido, prospectivo e transversal, de uma coorte de 280 mineiros de carvão de subsolo, selecionados por possuírem espirometrias aceitáveis nas investigações de 1984 e 1989. Em ambas as ocasiões, êles responderam a questionários de sintomas respiratórios e exposições ocupacionais, fizeram espirometrias, e foram submetidos a uma radiografia do torax. Em 1989, em adição, fizeram um teste de provocação brônquica inespecífica. Os métodos de análise empregados foram: análises descritivas, medidas de associação, análises de variância , e modelos de regressão logística e linear. Em 1989, as médias e os desvios-padrão de idade e de anos de subsolo era de 34,9± 5,1, e 10,4 ± 3,9, respectivamente. Todos os mineiros eram do sexo masculino e 252 (90 por cento ), brancos. A tosse, e o catarro foram os sintomas predominantes em ambas as ocasiões. No seguimento, 27,9 por cento dos mineiros apresentavam sintomas compatíveis com bronquite crônica. O chiado foi o único sintoma a evoluir significativamente durante o período de observação. A tosse, o catarro e a bronquite crônica, foram fundamentalmente dependentes do tabagismo e reversíveis com o abandono do hábito, ao passo que a dispnéia e o chiado associaram-se à exposição ocupacional. Dezoito por cento dos mineiros tinham sintomas compatíveis com asma, em 1989, enquanto 12,1 por cento referiram sintomas compatíveis com asma ocupacional. Destes últimos, 44,1 por cento apresentaram hiperreatividade brônquica.A prevalência de pneumoconiose foi de 5,4 por cento em 1984, e 7,9 por cento em 1989. A incidência anual de PMC foi de 11,4/1.000 mineiros expostos. A progressão radiológica associou-se significativamente à exposição ajustada, tabagismo, ao componente sinérgico entre exposição e tabagismo, e a um VEF1 mais baixo. Mineiros com opacidades irregulares ao Rx tenderam a apresentar uma pior função pulmonar. Houve um discreto crescimento da CVF média da coorte durante os 5 anos. O VEF1 e o IT declinaram no mesmo período. O VEF1 identificou apenas 2,5 por cento mineiros com valores anormais, enquanto que o IT identificou 15,7 por cento . O tabagismo foi o principal fator associado a alterações espirométricas. Em relação ao IT, houve ainda um efeito significante do componente sinérgico da exposição e do tabagismo. A hiperreatiVidade brônquica associou-se significativamente a resíduos negativos do VEF1 e do IT. O declínio longitudinal do VEF1 foi superior ao calculado transversalmente, em 1984 e 1989, e superior ao declínio previsto em indivíduos normais. A hiperreatividade brônquica associou-se, também, a um declínio acelerado do VEF1. Concluimos que os resultados aqui descritos são uma estimativa conservadora dos efeitos reais da exposição ocupacional, devido à seleção da coorte, e também a outros vieses. Há fortes indícios da presença de asma ocupacional neste grupo, assim como uma elevada incidência de PMC, e um declínio acelerado do VEF1.O tabagismo foi o principal fator de risco relacionado à deterioração funcional, em mineiros de carvão ativos, com uma média de 10 anos de subsolo, porém houve um efeito potencializador da exposição ocupacional.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.09.1991
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      ALGRANTI, Eduardo. Doenças respiratórias associadas à mineração de carvão: estudo de coorte de 5 anos. 1991. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Algranti, E. (1991). Doenças respiratórias associadas à mineração de carvão: estudo de coorte de 5 anos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719
    • NLM

      Algranti E. Doenças respiratórias associadas à mineração de carvão: estudo de coorte de 5 anos [Internet]. 1991 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719
    • Vancouver

      Algranti E. Doenças respiratórias associadas à mineração de carvão: estudo de coorte de 5 anos [Internet]. 1991 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-09012018-165719

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