Análise petrográfica e microestrutural das rochas da folha de Águas de Lindóia (1987)
- Authors:
- Autor USP: ZANARDO, ANTENOR - IGC
- Unidade: IGC
- Sigla do Departamento: GMP
- Subjects: PETROGRAFIA; GEOLOGIA ESTRUTURAL
- Language: Português
- Abstract: A área estudada, folha de Águas de Lindóia, é limitada pelos meridianos 46°30' e 46°45' WG, pelos paralelos 22°15' e 22°30' S, e foi mapeada na escala 1:50.000 objetivando-se obter um melhor entendimento da evolução geológica e a separação de rochas pertencentes a infra e supra estrutura, através de dados cartográficos, petrográficos, estruturais, microestruturais e de outros dados existentes na literatura. Nessa folha aparecem rochas sedimentares associadas às drenagens e rampas de colúvio, sedimentos anquimetamorfizados (Formação Eleutério), rochas magmáticas de composição granítica a granodiorítica mais ou menos gnaissificadas e/ou milonitizada, (grupo Pinhal), pegmatitos, aplitos e raros diques de diabásio e micro-sienito, rochas cataclásticas (milonitos e caclasitos) e rochas metamórficas de grau médio a alto. Dentro desse último grupo foram caracterizados migmatitos e gnaisses de composição granodiorítica a trhondhjemítica (unidade basal infra-crustal), migmatitos e gnaisses de composição granítica a granodiorítica (supra-crustal) e rochas indubitavelmente metassedimentares com intercalações em gnaisses quartzo feldspáticos e/ou migmatitos (unidade superior supra-crustal). As grandes estruturas da área são desenhadas por uma foliação paralela a um bandamento tectônico e/ou composicional formando complexos padrões de "redobramento", braqui-antiformais e sinformais, domos, lentes, "boudins" e macrólitos. Essa estruturação e alineação mineral e de estiramento são afetadas por duas grandes zonas de cisalhamento denominadas de Jacutinga e Monte Sião e por outras de menor expressão. A nível de afloramento foram observadas diferentes estruturas tais como dobras, lineação mineral e de estiramento, juntas, veios de quartzo, aplito e pegmatito, "shear zones", "pods", macrólitos, boudins, "pinch and swell" e foliações "S" e "C". A nível de microscópio além de examinar melhor as ) estruturas referidas acima, foram realizadas medidas de orientação de eixo óptico e normais à forma 001 das micas, além de outros estudos texturais e microestruturais, visando ordenar no tempo as transformações mineralógicas e paragenéticas. Os estudos estruturais e microestruturais permitiram reconhecer com segurança um ciclo deformacional dominantemente dúctil, e mostrou evidências da existência de um ciclo deformacional anterior, eminentemente dúctil, nas rochas aqui caracterizadas como infra e crustais. Superposta à deformação mencionada acima, pode ser notado apenas mais um ciclo ou fase de deformação frágil-dúctil. A deformação dúctil é de caráter progressivo, em regime dominantemente não coaxial com transporte de massa inicialmente para NW e, posterior rotação das estruturas e lineações para N-S e NE-SW, contemporaneamente a instalação das zonas de cisalhamento dúctil de alto ângulo, denominadas de zonas de falhas de Jacutinga e Monte Sião. Com base nessas observações coloca-se em dúvida aseparação entre unidades infra-crustais e supra-crustais. O exame das paragêneses permitiu estabelecer pelo menos dois ciclos ou fases nítidas de metamorfismo para as rochas supra- crustais e possivelmente três para a infra estrutura. O metamorfismo de mais intensidade, distribui-se de maneira homogênea por toda área, exibindo evidências de metamorfismo progressivo do tipo barroviano (650 a 700° e 7 kb) e um metamorfismo regressivo em condições de pressão mais baixa, sempre dentro da fácies anfibolito. O último ciclo ou fase atingiu fácies xisto verde média e manifesta-se de maneira mais intensa nas zonas de catáclase, superpondo-se às paragêneses anteriores, com exceção dos meta semdientosfa formação Eleutério, onde a única fase presente. Com base nos dados levantados e existentes na literatura foi reconhecido um embasamento arqueano (Grupo Amparo) um conjunto supra crustal de idade ) transamazônica e as litologias do Eleutério de idade Brasiliana. Foi proposta ainda, tentativamente, um modelo geodinâmico do tipo colisão continental para a estruturação do principal ciclo deformacional presente na área, assim como uma síntese da evolução geológica
- Imprenta:
- Data da defesa: 08.07.1987
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ABNT
ZANARDO, Antenor. Análise petrográfica e microestrutural das rochas da folha de Águas de Lindóia. 1987. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-10082015-092413/. Acesso em: 06 nov. 2024. -
APA
Zanardo, A. (1987). Análise petrográfica e microestrutural das rochas da folha de Águas de Lindóia (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-10082015-092413/ -
NLM
Zanardo A. Análise petrográfica e microestrutural das rochas da folha de Águas de Lindóia [Internet]. 1987 ;[citado 2024 nov. 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-10082015-092413/ -
Vancouver
Zanardo A. Análise petrográfica e microestrutural das rochas da folha de Águas de Lindóia [Internet]. 1987 ;[citado 2024 nov. 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-10082015-092413/
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