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Geologia da região de Urandi e das jazidas de maganês Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé, Bahia (1968)

  • Autor:
  • Autor USP: RIBEIRO FILHO, EVARISTO - IGC
  • Unidade: IGC
  • Subjects: MANGANÊS; DEPÓSITOS MINERAIS; GEOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: No presente trabalho são apresentados os resultados do estudo geológico da região de Urandi, cidade localizada no sudoeste do Estado da Bahia. De Urandi para o norte, até Brejinho das Ametistas, estende-se uma faixa de rochas metamórficas com aproximadamente 70 km de extensão, onde há numerosos afloramentos de rochas portadoras de manganês. As pesquisas deste trabalho referem-se às jazidas Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé. As rochas pré-cambrianas desta área da Bahia formam uma seqüência inferior com gnaisses graníticos, xistos e anfibolitos, sobre a qual repousa a seqüência superior constituída de filitos, xistos verdes, xistos, metaconglomerados e quartzitos. Os depósitos lenticulares de manganês , dispostos concordantemente com a xistosidade regional N-NE mergulhando para S-SE, bem como as concentrações de manganês originadas por enriquecimento supérgeno, estão associados predominantemente aos xistos e filitos. As análises geocronológicas dee rochas do Pré-Cambriano, usando-se o método do K-Ar, revelaram idades entre 463 e 791 milhões de anos, valores que correspondem às rochas mais modernas situadas a leste do crato do São Francisco. A mina Pedra Preta está localizada 13 km a sudoeste de Licínio de Almeida, em terrenos com altitudes entre 900 e 970 metros. Nesta mina predominam sericita-xistos e granada-xistos, entre os quais estão encaixadas concordantemente lentes com minério de manganês. O depósito lenticular é constituído de minériomacio e de minério pulverulento. O depósito de enriquecimento supérgeno contém minério eluvial, rolado, ) compacto botrioidal e laterítico. Os teores de manganês no minério variam de 45 a 53%. Baseados nos exemplos de depósitos originados por precipitação primária de óxidos de manganês, aplicando-se dados infeeridos de considerações teóricas e levando-se em conta a comparação com jazidas similares, chega-se à conclusão de que os depósitos lenticulares de manganês da mina Pedra Preta se originam pelo metamorfismo que atuou sobre sedimentos singenéticos. A mina Barreiro dos Campos situa-se a 7 km a sudoeste de Urandi e contém minério lenticular encaixados em xistos e anfibolito. O depósito lenticular é formado de minério macio, minério pulverulento, minério com pseudomorfos de carbonato e minério compacto com rondonita associada a granada e quartzo. O minério de superfície é rolado e botrioidal. Os teores de manganês no minério variam de 48 a 52%. O depósito de manganês da mina Barreiro dos Campos foi gerado a partir de protominério carbonático. A mina Barnabé está localizada 14 km a nordeste de Licínio de Almeida e nas imediação de Tauape. Situa-se em terrenos de ondulações suaves, com superfície de erosão aplanada, onde as altitudes variam de 830 a 870 metros. As lentes de minério magnético de manganês estão encaixadas em anfibolito fitado, parcialmente decomposto e às vezes silicificado. O depósito lenticular contém minério compacto, minério bandeado e minériopulverulento. Os depósitos de enriquecimento supérgeno são constituídos de miinério rolado, minério escoriáceo, minério laterítico e granzon. As porcentagens de manganês no minério variam de 39 a 45%. O conteúdo de ferro varia de 10,60 a 16,60%, sendo que este valor máximo foi obtido em amostra de minério de fortemente magnético, rico em jacobsita. Os depósitos lenticulares da mina Barnabé se originam por metamorfismo sobre sedimentos singenéticos. A existência dee rochas de solo magnesíferos, clima e topografia favoreceram a formação do ) granzon. O estudo das jacobsitas da mina Barnabé e das jazidas Pau de Rego, Feixe de Vara, Covão e Piedade mostra que adimensão da cela unitária do mineral aumenta com qualidades crescentes de manganês. Por outro lado, a ocorrência de jacobsita no minério, possibilita êxito quando se emprega o método de prospecção magnetométrica. Utilizando-se análises ao raio-X, estudo de seções polidas e lâminas delgadas, bem como análise térmica diferencial, foi possível identificar criptomelana, hollandita, todorokita, pirolusita, jacobsita, espessartita, rodonita e mangano-dolomita como minerais do distrito manganesífero de Urandi. De acordo com a classificação empregada por Dorr II, Horen e Coelho 9 para os depósitos de manganês de Minas Gerais, as jazidas estudadas em Urandi podem ser classificadas como médias, uma vez que não apresentam reservas muito superiores a 100.000 toneladas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 00.00.1968
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    • ABNT

      RIBEIRO FILHO, Evaristo. Geologia da região de Urandi e das jazidas de maganês Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé, Bahia. 1968. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1968. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-07042016-144433/. Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Ribeiro Filho, E. (1968). Geologia da região de Urandi e das jazidas de maganês Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé, Bahia (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-07042016-144433/
    • NLM

      Ribeiro Filho E. Geologia da região de Urandi e das jazidas de maganês Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé, Bahia [Internet]. 1968 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-07042016-144433/
    • Vancouver

      Ribeiro Filho E. Geologia da região de Urandi e das jazidas de maganês Pedra Preta, Barreiro dos Campos e Barnabé, Bahia [Internet]. 1968 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/44/tde-07042016-144433/


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