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Processamento de informação social e agravamento da conduta delituosa em adolescentes (2018)

  • Autores:
  • Autor USP: FRANCO, MARIANA GUEDES DE OLIVEIRA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Assuntos: DELINQUÊNCIA JUVENIL; INFORMAÇÃO; COGNIÇÃO SOCIAL; PSICOLOGIA DA SAÚDE
  • Agências de fomento:
  • Idioma: Português
  • Resumo: O comportamento delituoso pode se desenvolver, de forma que- é possível identificar diferentes padrões comportamentais (trajetórias). Em meio aos adolescentes que apresentam uma trajetória delituosa persistente, existe um subgrupo cujo comportamento integra delitos violentos, envolvendo diretamente vítimas (delinquência persistente maior), e outro subgrupo para qual não se verifica essa escalada de gravidade (delinquência persistente menor). Na atualidade, um dos modelos mais amplamente evocados para estudar e explicar o comportamento violento em adolescentes, no tocante aos processos psicológicos subjacentes, especificamente os cognitivos, é a Teoria de Processamento da Informação Social (PIS), tal qual proposto por Crick e Dodge. Considera-se, teoricamente, que o PIS detalha aspectos cognitivos da personalidade do indivíduo. Nesse quadro, o presente estudo teve como objetivo geral investigar as diferenças de padrões de PIS que poderiam existir entre adolescentes apresentando uma delinquência persistente maior (G1), uma delinquência persistente menor (G2) e adolescentes apresentando uma delinquência comum (sem efetivo envolvimento em delitos) (G3), averiguando as possíveis relações entre o PIS e o agravamento da conduta delituosa. Pretendeu-se também verificar possíveis relações entre o PIS, os padrões de comportamento delituoso e alguns aspectos mais estáveis da personalidade. Os adolescentes que aceitaram participar da pesquisa (n=95), responderam a um questionário de caracterização, a uma Entrevista Estruturada de Delinquência Autorrevelada, ao Inventário Jesness-Revisado (versão brasileira) e a questões presentes em roteiro estruturado para aferição dos padrões do PIS, mediante a apresentação de oito vinhetas que descreviam situações sociais hipotéticas. Como resultados, obteve-se que os adolescentes de G1 (n= 33) diferenciaram-se dos demais gruposem diversas etapas PIS por apresentarem pontuações maiores para variantes associadas a emissão de comportamentos agressivos como, por exemplo, seleção de objetivos instrumentais, construção de respostas agressivas e emoção de raiva. Os adolescentes de G2 (n=32), por sua vez, apesar de também apresentarem algumas características em seu PIS associadas à emissão de comportamentos agressivos (especialmente quando comparados aos de G3), exibiram características de PIS relacionadas a respostas comportamentais passivas como, por exemplo, maiores pontuações para construção de respostas dessa natureza mediante de situações de interação social ambíguas. Apesar dessas diferenças, também se observou que G1 e G2 não se diferenciaram em algumas variáveis como, por exemplo, na atribuição de intenção hostil ao outro, aspecto em que ambos apresentaram pontuações maiores que G3 (n=30). Quanto aos aspectos da personalidade avaliados, obteve-se que apenas a dimensão Repressão diferenciou G1 de G2, embora em muitas dimensões avaliadas esses dois grupos formados por adolescentes apresentando uma delinquência persistente (G1 e G2) se diferenciaram daqueles apresentando uma delinquência comum (G3). Ademais, várias dimensões do Inventário se mostraram significativamente correlacionadas a variáveis avaliadas do PIS. Dessa forma, compreende-se que os resultados obtidos permitiram entrever diferenças importantes entre os padrões PIS de adolescentes com trajetória delituosa persistente maior e menor, e adolescentes da população. A partir deles também foi possível vislumbrar associações entre aspectos do PIS e a personalidade, na linha daquilo que era teoricamente esperado. Os resultados oferecem indicações importantes a serem consideradas em intervenções a serem desenvolvidas junto a adolescentes apresentando envolvimento em prática de delitos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.06.2018

  • Como citar
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    • ABNT

      FRANCO, Mariana Guedes de Oliveira. Processamento de informação social e agravamento da conduta delituosa em adolescentes. 2018. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Franco, M. G. de O. (2018). Processamento de informação social e agravamento da conduta delituosa em adolescentes (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Franco MG de O. Processamento de informação social e agravamento da conduta delituosa em adolescentes. 2018 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Franco MG de O. Processamento de informação social e agravamento da conduta delituosa em adolescentes. 2018 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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