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Análise filogeográfica de Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) (Isoptera, Termitidae, Syntermitinae) (2018)

  • Autores:
  • Autor USP: SANTOS, RAFAELLA GREGORIO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assuntos: CUPIM; MITOCÔNDRIAS; BIOLOGIA; ENTOMOLOGIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Os cupins (Isoptera) são insetos eussociais muito conhecidos pelo seu potencial como pragas e pela sua importância ecológica. Cornitermes cumulans é uma espécie da subfamília Syntermitinae, cuja distribuição é restrita à região Neotropical, e se distribui em áreas abertas do centro e leste da América do Sul. É considerada uma "espécie chave" por construir ninhos relativamente grandes e abundantes em alguns ambientes, servindo então como habitat de uma grande variedade de outros animais e, consequentemente, aumentando a diversidade local de uma área. Seus soldados e alados apresentam grande variação morfológica, mas não se sabe se essas diferenças são devido a diferenças genéticas ou plasticidade fenotípica da espécie. Diante disso, nosso objetivo foi caracterizar molecularmente e investigar a estrutura populacional de C. cumulans utilizando os genes mitocondriais COI e COII, e o nuclear ribossomal ITS. Foram analisadas sequências de 198 indivíduos para COI (91 haplótipos), 208 para COII (78 haplótipos) e 221 para ITS (14 haplótipos). As redes de haplótipos realizadas para os genes COII e ITS não mostraram estruturação, diferente da realizada para o COI, que separou dois grupos por 29 mutações. Um dos grupos apresenta haplótipos distribuídos por todas as localidades amostradas, já o outro, apenas no RJ, ES e leste de MG. Nas análises filogenéticas por inferência bayesiana, realizadas com o Software Beast, é possível observar o mesmo padrão encontrado nas redes de haplótipos. A AMOVA realizada a partir desses dois grupos formados mostrou alta estruturação populacional para COI (FST=0,79; p<0,02), leve para COII (FST=0, 11; p<0,01) e nenhuma para ITS (FST=0,03; p<0,12). Os marcadores apresentam resultados divergentes, e isso pode ser explicado por uma real estruturação do gene COI, que não pode ser detectada pelos demais, ou então pela presençade pseudogenes. Caso a primeira hipótese seja verdadeira, segundo a análise bayesiana a divergência entre os dois grupos encontrados aconteceu entre 8,82 - 20,9 milhões de anos. Já considerando a segunda hipótese, e retirando os possíveis pseudogenes da análise, foi inferido que C. cumulans divergiu no final do Mioceno (6,97 - 13,36 Ma) e se expandiu no Plioceno (2,15 - 4,23 Ma). Essa datação coincide com a expansão das gramíneas, e esse evento pode ter favorecido a expansão da espécie em estudo, resultando na distribuição que conhecemos atualmente
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.04.2018

  • Como citar
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    • ABNT

      SANTOS, Rafaella Gregorio. Análise filogeográfica de Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) (Isoptera, Termitidae, Syntermitinae). 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. . Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Santos, R. G. (2018). Análise filogeográfica de Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) (Isoptera, Termitidae, Syntermitinae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Santos RG. Análise filogeográfica de Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) (Isoptera, Termitidae, Syntermitinae). 2018 ;[citado 2024 abr. 20 ]
    • Vancouver

      Santos RG. Análise filogeográfica de Cornitermes cumulans (Kollar, 1832) (Isoptera, Termitidae, Syntermitinae). 2018 ;[citado 2024 abr. 20 ]


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