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Polimorfismos genéticos em genes relacionados com imunidade inata em população de área de baixa endemicidade para malária (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: GUIMARÃES, LILIAN DE OLIVEIRA - IMT
  • Unidade: IMT
  • Subjects: MALÁRIA; PLASMODIUM; GENEALOGIA; IMUNIDADE
  • Language: Português
  • Abstract: Os receptores do tipo toll (toll-like receptors ou TLRs) são uma família de receptores na primeira linha de defesa do sistema imune inato que são capazes de reconhecer padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs), dentre os patógenos mais importantes encontra-se Plasmodium. Variações genéticas nesses receptores estão associadas à resistência ou suscetibilidade a uma variedade de doenças infecciosas. Sabe-se que as freqüências destas mutações também podem variar de acordo com a ancestralidade biogeográfica dos indivíduos. Este trabalho avaliou a relação entre 24 polimorfismos em TLRs, ancestralidade e malária em 195 indivíduos residentes em área de Mata Atlântica do Estado de São Paulo. A ancestralidade genômica individual foi estimada usando marcadores autossômicos de inserção/deleção (INDELs) e os polimorfismos em TLR foram genotipados por PCR-RFLP, sequenciamento e eletroforese capilar. Dados prévios de malária presente ou pregressa obtidos por métodos moleculares e sorológicos foram utilizados para avaliar a relação dos polimorfismos em TLRs e malária nesses indivíduos. Os resultados mostraram que: (i) nove SNPs e um microssatélite foram polimórficos; (ii) a maior parte dos indivíduos analisados apresentou maior proporção de ancestralidade europeia; (iii) as proporções médias de ancestralidade europeia diferiram significantemente nos genótipos de TLR1 (I602S) e TLR6 (P249S); (iv) a probabilidade de ter o alelo variante G em TLR1 aumenta com o aumento da ancestralidade européia assim como aumenta a probabilidade de ter o alelo variante T no TLR6; (v) o polimorfismo em TLR9 -1237T/C foi fortemente relacionado à malária, sendo demonstrado que a presença de pelo menos um alelo C nessa posição aumentou o risco para malária 2,3 vezes; e (vi) TLR9 -1486T/C em associação com o TLR6 foi protetor, pois a associação dos alelos variantes reduziu o risco de malária em 4,4 vezes.O alelo G em TLR1 tem sido relacionado a uma resposta imune diminuída, o que poderia explicar a alta prevalência de casos de malária assintomática em áreas do sudeste brasileiro. O TLR9 tem sido relacionado com a patogênese da malária em estudos em animais e em humanos, sendo possivelmente modulado por polimorfismos na região promotora. Nossos dados também reforçam a necessidade de incluir marcadores de ancestralidade em estudos de associação genética para evitar resultados enviesados. Por fim, este é o primeiro estudo a associar polimorfismos em genes de imunidade inata e malária em amostras de Mata Atlântica.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.08.2017

  • How to cite
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    • ABNT

      GUIMARÃES, Lilian de Oliveira. Polimorfismos genéticos em genes relacionados com imunidade inata em população de área de baixa endemicidade para malária. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Guimarães, L. de O. (2017). Polimorfismos genéticos em genes relacionados com imunidade inata em população de área de baixa endemicidade para malária (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Guimarães L de O. Polimorfismos genéticos em genes relacionados com imunidade inata em população de área de baixa endemicidade para malária. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Guimarães L de O. Polimorfismos genéticos em genes relacionados com imunidade inata em população de área de baixa endemicidade para malária. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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