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Mecanismos e vias de sinalizações envolvidos na ação anabólica da inervação simpática no tecido adiposo marrom de ratos (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: PRZYGODDA, FRANCIELE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFI
  • Subjects: TECIDO ADIPOSO; SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO; METABOLISMO DE PROTEÍNA
  • Language: Português
  • Abstract: A manutenção da massa dos tecidos resulta do balanço dinâmico entre os processos de síntese e degradação de proteínas. Estudos anteriores de nosso laboratório demonstram que o Sistema Nervoso Simpático (SNS) exerce um controle anabólico do metabolismo proteico no músculo esquelético e cardíaco, inibindo a proteólise e estimulando a síntese de proteínas. No entanto, o papel fisiológico desta inervação no controle do metabolismo de proteínas no tecido adiposo marrom (TAM), principal sítio da produção de calor em mamíferos, ainda é muito pouco conhecido. Com este objetivo, foram utilizados dois modelos experimentais de ativação simpática em ratos machos Wistar: 1) exposição ao frio (24, 48 ou 72 horas) e 2) tratamento sistêmico com noradrenalina (72 horas). No modelo de exposição ao frio, os animais foram submetidos previamente à desnervação simpática (sDEN) unilateral do TAM. Os resultados mostraram que a exposição ao frio, em todos os períodos, aumentou o conteúdo de noradrenalina e resultou na ativação da termogênese (estimada por meio do registro da temperatura no TAM e a expressão da UCP-1) e no maior conteúdo proteico total e mitocondrial no TAM. A massa do TAM aumentou após 72 horas de exposição ao frio. Essa hipertrofia induzida pelo frio foi associada à inibição do sistema proteolítico lisossomal/autofágico como pode ser demonstrado pela redução da atividade enzimática das catepsinas B e L, do conteúdo proteico da LC3-II, a forma lipidada da proteína que forma o autofagossomo, e da expressão gênica da ATG7, um gene chave relacionado à macroautofagia, assim como pela maior fosforilação da ULK1Ser757. O bloqueio da autofagia Resumo foi confirmado pela redução do fluxo autofágico em animais tratados com colchicina, nos quais a razão da LC3II no TAM entre animais tratados e não tratados com a colchicina estava reduzida. Em paralelo, foi observada maior síntese proteica do TAM (avaliapelo método SUnSet ou SUrface SEnsing of Translation) e aumento da fosforilação da AktThr308 e proteínas-chave da via da mTORC1 (mTORSer2448 e S6Ser235/236). Os dados mostram que o efeito supressor da autofagia induzido pelo frio no TAM não foi mediado por mTORC1 (complexo proteico previamente demonstrado ser capaz de inibir a autofagia via ULK1) visto que a razão LC3II/LC3I permanecia baixa em animais tratados com rapamicina, um inibidor alostérico da mTOR. A maioria dos efeitos metabólicos induzidos pela exposição ao frio foi bastante similar ao encontrado no TAM de animais tratados sistemicamente com noradrenalina e foram abolidos ou atenuados pela sDEN demonstrando que a noradrenalina está envolvida nas respostas anabólicas simpáticas no TAM. A atrofia do TAM induzida pela sDEN foi observada em animais mantidos à temperatura ambiente e expostos ao frio e foi associada à hiperativação das catepsinas e hiperexpressão de diferentes genes e proteínas relacionadas à formação dos autofagossomos. Nossos dados indicam ainda que as ações da inervação noradrenérgica no TAM possam ser mediadas pela via de sinalização dependente do AMPc e consequente ativação das proteínas Epac1, PKC e ATF-2, mas independentes de PKA/CREB. As evidências apresentadas no presente estudo indicam que, de forma semelhante à musculatura cardíaca e esquelética, o SNS exerce importantes ações anabólicas na regulação do metabolismo de proteínas no TAM de ratos. Além de estimular os processos de síntese proteica, a inervação noradrenérgica do adipócito marrom inibe a atividade do sistema lisossomal/autofágico por uma via independente de mTORC1. Esses efeitos, muito provavelmente mediados pela via do AMPc/Epac1/PKC, mantém a integridade estrutural e a função termogênica do TAM durante a exposição ao frio. Esses achados podem ter Resumo implicações importantes para odesenvolvimento de drogas capazes de inibir a autofagia e aumentar a massa adiposa marrom em humanos obesos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.09.2016

  • How to cite
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    • ABNT

      PRZYGODDA, Franciele. Mecanismos e vias de sinalizações envolvidos na ação anabólica da inervação simpática no tecido adiposo marrom de ratos. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2016. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Przygodda, F. (2016). Mecanismos e vias de sinalizações envolvidos na ação anabólica da inervação simpática no tecido adiposo marrom de ratos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Przygodda F. Mecanismos e vias de sinalizações envolvidos na ação anabólica da inervação simpática no tecido adiposo marrom de ratos. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Przygodda F. Mecanismos e vias de sinalizações envolvidos na ação anabólica da inervação simpática no tecido adiposo marrom de ratos. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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