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Efeitos agudos e crônicos do exercício físico aeróbio em pacientes com arterite de Takayasu (2016)

  • Autores:
  • Autor USP: OLIVEIRA, DIEGO SALES DE - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCM
  • Assuntos: EXERCÍCIO FÍSICO; INFLAMAÇÃO; CITOCINAS; ARTERITE DE TAKAYASU; TERAPIA POR EXERCÍCIO; VASCULITE
  • Palavras-chave do autor: Arterite de Takayasu; Cytokines; Exercise; Inflammation; Takayasu arteritis
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução: A arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite sistêmica rara caracterizada por oclusão, ectasias, aneurismas e estenose da aorta e seus ramos principais. Consequentemente, pode levar a uma redução no pulso de uma ou mais artérias, diferença nos níveis de pressão sistólica dos membros, presença de sopros (cervicais, cardíacos, axilares e/ou abdominais), além da presença de claudicação vascular (membros e/ou vísceras abdominais) e isquemia periférica, o que por sua vez pode levar a uma maior limitação funcional e consequentemente ao sedentarismo. Esses acometimentos podem, em última análise, levar a uma diminuição da capacidade funcional, da capacidade aeróbia e da força muscular, o que está associado com aumento no risco de mortalidade, assim como já foi demonstrado em outras doenças com manifestações clínicas semelhantes, como a doença arterial periférica (DAP). Nesse sentido, o exercício tem sido apontado como uma estratégia interessante para reduzir esses fatores de risco em pacientes com doenças autoimunes inflamatórias. Entretanto, em pacientes com AT, nenhum estudo até o momento, avaliou a capacidade funcional, a capacidade aeróbia e a força muscular desses pacientes, bem como a segurança da prescrição do exercício por meio da resposta inflamatória a uma sessão aguda de esforço. Da mesma forma, o treinamento aeróbio poderia ser uma potencial estratégia em melhorar essas condições, no entanto, o mesmo ainda foi avaliado nesses pacientes. Objetivos: Avaliar os efeitos agudos e crônicos doexercício físico aeróbio em pacientes com AT em remissão. Métodos: Em um primeiro momento, a capacidade aeróbia, força e função muscular, qualidade de vida, prejuízo de caminhada (WIQ) e função endotelial, foram avaliadas em 11 pacientes com AT e comparados com 10 controles saudáveis (GC) que foram pareados por sexo, idade e IMC. Além disso, foi avaliada e comparada a cinéticas das citocinas (IL1ra, IL-6, IL-10, IL-12p70, TNF-alfa, VEGF e PDGF AA) além dos receptores solúveis de TNF (sTNFRI e sTNFRII) em resposta a uma sessão de exercício aeróbio (~ 60% do VO2 pico). Uma sub-amostra do grupo AT (n = 6) foi submetida a um programa de treinamento aeróbio por 12 semanas (2 vezes por semana, de 30 a 50 minutos, frequência cardíaca (FC) entre os limiares ventilatórios). Antes e depois do treinamento, a sessão de exercício aeróbio agudo foi realizada e as citocinas e os receptores do TNF solúveis foram avaliados como descrito acima. A capacidade aeróbia, força e função muscular, função endotelial, qualidade de vida e o questionário de caminhada foram avaliados. As citocinas e os sTNFRs foram avaliadas por multiplex. Resultados: Pacientes com AT apresentaram uma capacidade cardiorrespiratória, força e função muscular, qualidade de vida e o questionário WIQ prejudicados quando comparados ao grupo controle. Não houve diferença significativa para a função endotelial entre os dois grupos. De forma geral, uma sessão de exercício aeróbio não afeta de forma diferente a cinética de citocinas em pacientes com AT e seus pares saudáveis.O treinamento aeróbio levou a uma melhora da força e função muscular e do questionário WIQ nos pacientes com AT, enquanto a capacidade aeróbia, função endotelial e qualidade de vida permaneceram inalteradas. O programa de treinamento aeróbio não exacerbou as concentrações de citocinas inflamatórias em pacientes com AT; pelo contrário, a citocina pro-inflamatória TNF-alfa foi diminuídatanto em repouso como após uma sessão de exercício aeróbio. Além disso, o treinamento aeróbio aumentou os fatores pró-angiogênicos VEGF (em repouso) e PDGF AA (em repouso e em resposta para a sessão de exercício aeróbico). Conclusões: Pacientes com AT apresentam a capacidade aeróbia, força e função muscular prejudicada comparada a sujeitos saudáveis. Uma sessão de exercício aeróbio não exacerbou a inflamação em pacientes com AT. Além disso, o treinamento aeróbio pode ser uma intervenção bem tolerada, segura e eficiente capaz de induzir efeitos imunomodulatórios e pró-angiogênicos, como também aumentar a força e a função muscular em pacientes com AT
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 30.06.2016
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    • ABNT

      OLIVEIRA, Diego Sales de. Efeitos agudos e crônicos do exercício físico aeróbio em pacientes com arterite de Takayasu. 2016. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-06092016-161452/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Oliveira, D. S. de. (2016). Efeitos agudos e crônicos do exercício físico aeróbio em pacientes com arterite de Takayasu (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-06092016-161452/
    • NLM

      Oliveira DS de. Efeitos agudos e crônicos do exercício físico aeróbio em pacientes com arterite de Takayasu [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-06092016-161452/
    • Vancouver

      Oliveira DS de. Efeitos agudos e crônicos do exercício físico aeróbio em pacientes com arterite de Takayasu [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-06092016-161452/


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