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Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos à radioiodoterapia (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: FONSECA, FABRICIO LOPES DA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MOF
  • Subjects: DUCTO NASO-LACRIMAL; DOENÇAS DA TIREOIDE; NEOPLASIAS DA TIREOIDE; RADIOISÓTOPOS
  • Keywords: Doenças do aparelho lacrimal; Ducto nasolacrimal/efeitos de radiação; Iodine radioisotopes; Lacrimal apparatus diseases; Nasolacrimal duct obstruction; Nasolacrimal duct/radiation effects; Thyroid neoplasms/radiotherapy
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A radioiodoterapia (RIT) constitui tratamento consagrado para carcinomas diferenciados de tireoide, sendo amplamente utilizada em todo o mundo, tendo-se em vista a incidência crescente desse tipo de neoplasia maligna. Embora efeitos adversos graves sejam infrequentes, são descritas complicações como xerostomia, sialoadenite e disfagia. O acometimento de olhos e anexos é pouco discutido, sendo relatadas xeroftalmia, ceratoconjuntivite e obstrução de vias lacrimais (OVL), notadamente após altas doses cumulativas do radiofármaco. A incidência de OVL e a eventual relação com outros sintomas oculares ou extraoculares não são bem estabelecidas. Neste estudo, buscamos determinar a frequência de obstrução de vias lacrimais (OVL) em pacientes submetidos à RIT, a existência de fatores preditores de OVL e a relação entre alterações de superfície ocular, xerostomia e alterações da mucosa nasal. Métodos: Foram avaliados pacientes com diagnóstico de carcinoma diferenciado de tireoide submetidos à RIT (Grupo 1) e não submetidos à RIT (Grupo 2) no período pré-operatório, pós-operatório e no 2º, 4º, 6º e 12º mês pós-cirurgia ou pós-RIT. Os pacientes foram submetidos a avaliações da superfície ocular e do filme lacrimal, sondagem e irrigação de vias lacrimais, quantificação da produção salivar e endoscopia nasal. As avaliações subjetivas de sintomas oculares, nasais e de xerostomia foram realizadas, respectivamente, por meio dos questionários OSDI, NOSE e Xerostomia Inventory.Resultados: O Grupo 1 (n=44, 88 olhos) apresentou 3 pacientes (04 olhos) com OVL, o que corresponde à incidência de 4,55% (4 eventos em 88 olhos) ou 6,8% (3 casos em 44 pacientes). O Grupo 2 (n=43, 86 olhos) não apresentou nenhum caso de OVL, fato que impossibilitou o cálculo da razão de chances (odds ratio). A avaliação objetiva da superfície ocular não apresentou diferenças significantes entre os grupos. Por outro lado, a avaliação endoscópica nasal revelou maior palidez de mucosa no Grupo 1 no 2º mês (OR: 3,61; IC 95%: 1,44-9,09; p < 0,01), 4º mês (OR: 4,00; IC 95%: 1,48-10,79; p < 0,01) e 12º mês de seguimento pós-RIT (OR: 3,24; IC 95%: 1,14-9,22; p=0,03), com piora do escore de aparência endoscópica quanto a edema, a pólipos e à secreção no 6º mês de seguimento pós-RIT, em comparação à avaliação pré-operatória (p < 0,01). Os resultados do questionário OSDI demonstraram piora do escore no Grupo 1 no 2º mês (p < 0,01), 4º mês (p < 0,01), 6º mês (p < 0,01) e 12º mês (p < 0,01) de seguimento pós-RIT em comparação à avaliação inicial pré-operatória. A avaliação pelo questionário NOSE demonstrou piora dos sintomas nasais no Grupo 1 no 2º mês (p=0,02) e no 4º mês de seguimento pós-RIT (p < 0,01), em comparação aos sintomas pré-operatórios. A avaliação da xerostomia demonstrou piora dos sintomas no Grupo 1 em relação à avaliação pré-operatória e no 2º mês (p<0,01),4º mês(p < 0,01), 6º mês (p < 0,01) e 12º mês (p=0,01) de seguimento pós-RIT, bem como diminuição objetiva da produção salivar até o 12º mês pós-RIT (p < 0,01).Conclusões: Embora em pequeno número, o presente estudo demonstrou aparecimento de casos de obstrução lacrimal, mesmo que assintomáticas, nos primeiros 12 meses após-RIT. Não foi possível estabelecer relação da OVL com eventuais fatores preditores. Entretanto, demonstrou-se piora subjetiva da xerostomia, da xeroftalmia, dos sintomas nasais e significativa alteração da mucosa nasal nos pacientes do Grupo 1
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 03.06.2016
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      FONSECA, Fabricio Lopes da. Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos à radioiodoterapia. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-153637/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Fonseca, F. L. da. (2016). Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos à radioiodoterapia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-153637/
    • NLM

      Fonseca FL da. Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos à radioiodoterapia [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-153637/
    • Vancouver

      Fonseca FL da. Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos à radioiodoterapia [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-153637/

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