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Perfil linguístico de crianças com fissura labiopalatina (2015)

  • Autores:
  • Autor USP: MAXIMINO, LUCIANA PAULA - FOB
  • Unidade: FOB
  • Assuntos: LINGUÍSTICA; CRIANÇAS; FISSURA LÁBIOPALATINA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução: A fissura labiopalatina é uma malformação congênita que compromete o desenvolvimento craniofacial, sendo deformidade mais comum na infância. Essa malformação pode causar distúrbios da comunicação quanto à articulação, ressonância, voz e linguagem. As consequências que acometem a fala são resultantes do comprometimento de estruturas da produção oral. Com relação à linguagem, as alterações podem ser decorrentes das alterações na orelha média e dos problemas de ressonância e articulação. Objetivo: Descrever as características de fala e linguagem de crianças com fissura labiopalatina de 3 anos a 4 anos e 11 meses de idade, submetidas à palatoplastia primária em um hospital. Metodologia: Foram analisados 100 prontuários de crianças nas faixas etárias de 3 anos a 4 anos e 11 meses com fissura transforame incisivo unilateral ou bilateral. A coleta de dados aconteceu mediante as informações do prontuário da criança e englobou informações referentes a identificação e avaliação fonoaudiológica específica. Resultados: A média de idade da amostra foi de 4 anos, houve predominância do gênero masculino, representando 62% da amostra e o tipo de fissura mais frequente foi a transforame unilateral, com 68% da amostra, sendo 32% fissura transforame bilateral. Quanto às características da fala, pode-se destacar que 47% apresentaram ressonância equilibrada e 27% apresentaram hipernasalidade de grau moderado; 34% da amostra possuíam inteligibilidade de fala de grau moderado e a presença de distúrbios articulatórios compensatórios esteve presente em 44% dos indivíduos; referente ao aspecto de linguagem, 47% da amostra possuíam alteração fonológica; 86% dos sujeitos apresentaram audição normal e sem histórico de otite.Correlacionando os achados, dos indivíduos que apresentavam inteligibilidade de fala de grau moderado, 37,9% da amostra possuíam distúrbios articulatórios compensatórios e 35,1% possuíam alterações na linguagem receptiva e expressiva; 47,7% que tinham presença de distúrbios articulatórios compensatórios na fala apresentavam ressonância equilibrada; 54,2% apresentaram tanto alteração fonológica quanto distúrbios articulatórios compensatórios, porém não foi considerada uma variável significativa; 16,5% da amostra que possuíam dificuldades auditivas apresentavam alterações na linguagem, enquanto que 83,5% daqueles que possuíam deficitários na audição apresentaram alterações na linguagem receptiva e expressiva. Conclusão: Embora as alterações de fala e linguagem não sejam dependentes entre si, estas se fazem presentes nas crianças com fissura labiopalatina mesmo após a realização da palatoplastia. O aspecto de ressonância pode chegar ao equilíbrio após o procedimento cirúrgico, e a presença de distúrbios articulatórios compensatórios podem interferir na ressonância. Os distúrbios de fala e linguagem comprometem a inteligibilidade de fala, sendo assim, faz-se necessário a intervenção fonoaudiológica para adequação não só dos aspectos de fala, mas também quanto ao nível fonológico.
  • Imprenta:
  • ISBN: 978-85-89902-04-5
  • Fonte:
    • Título do periódico: Anais
  • Nome do evento: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia

  • Como citar
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    • ABNT

      TEIXEIRA, Michelli Cruz e CAVALHEIRO, Maria Gabriela e MAXIMINO, Luciana Paula. Perfil linguístico de crianças com fissura labiopalatina. 2015, Anais.. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2015. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Teixeira, M. C., Cavalheiro, M. G., & Maximino, L. P. (2015). Perfil linguístico de crianças com fissura labiopalatina. In Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
    • NLM

      Teixeira MC, Cavalheiro MG, Maximino LP. Perfil linguístico de crianças com fissura labiopalatina. Anais. 2015 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Teixeira MC, Cavalheiro MG, Maximino LP. Perfil linguístico de crianças com fissura labiopalatina. Anais. 2015 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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