Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985 (2016)
- Autores:
- Autor USP: VERDI, ELISA FAVARO - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLG
- Assuntos: GEOGRAFIA (ESTUDO;INFLUÊNCIA FRANCESA); PESQUISA CIENTÍFICA; MARXISMO
- Palavras-chave do autor: Civil-military dictatorship; Critical Geography; Ditadura civilmilitar; Escola francesa de geografia; French Geography school; Geografia crítica
- Idioma: Português
- Resumo: Esta dissertação de Mestrado analisa a produção acadêmica do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo como momento fundamental do movimento de ruptura crítica da Geografia brasileira na segunda metade do século XX. A partir da hipótese de que os antecedentes da renovação podem ser encontrados na produção geográfica do referido departamento e nos periódicos da Associação dos Geógrafos Brasileiros (SILVA, 1983), empreendeu-se o levantamento e a análise das dissertações de Mestrado, teses de Doutorado, Livre-Docência e Cátedra defendidas no Departamento de Geografia da USP entre 1964 e 1985. Tal recorte temporal refere-se ao período da ditadura civil-militar no Brasil e constitui o contexto sócio-histórico de desenvolvimento da renovação crítica na ciência geográfica brasileira. Compreendemos que o estabelecimento da relação entre texto a produção acadêmica - e contexto a ditadura civil-militar - (CANDIDO, 1981) revela as determinações da produção e consolidação de um pensamento crítico em um momento de repressão. A análise das dissertações e teses demonstrou a existência de um diálogo entre a Geografia brasileira e a Escola Francesa de Geografia, a qual fundamentou diversas perspectivas teóricas e metodológicas nos trabalhos analisados a partir, essencialmente, da obra de três geógrafos franceses: Pierre Monbeig, Pierre George e Yves Lacoste. Neste trabalho analisamos também o diálogo entre a produção acadêmica do Departamento de Geografia da USP e a obradestes três autores. Compreendemos que a renovação crítica se consolidou como uma ruptura em relação à perspectiva da Escola Francesa de Geografia, construindo uma Geografia baseada no materialismo histórico que analisa a relação entre sociedade e espaço dialeticamente. As dissertações e teses analisadas, portanto, revelam um movimento de ruptura metodológica, fruto de um processo de ruptura crítica em relação à tradição herdada da Escola Francesa de Geografia e de ruptura política em relação à ditadura civil-militar, constituindo assim o chamado movimento da Geografia Crítica no Brasil.
- Imprenta:
- Data da defesa: 19.01.2016
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ABNT
VERDI, Elisa Favaro. Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985. 2016. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08042016-123008/. Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Verdi, E. F. (2016). Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985 (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08042016-123008/ -
NLM
Verdi EF. Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985 [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08042016-123008/ -
Vancouver
Verdi EF. Produção geográfica e ruptura crítica: a geografia uspiana entre 1964 e 1985 [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08042016-123008/
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