A brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais: um relato de experiência (2015)
- Authors:
- USP affiliated authors: MORAES, MARCIA CRISTINA ALMENDROS FERNANDES - HRAC ; BUFFA, MARIA JOSÉ MONTEIRO BENJAMIN - HRAC
- Unidade: HRAC
- Assunto: BRINQUEDOTECA
- Language: Português
- Abstract: O brincar é um processo essencial ao desenvolvimento infantil, sendo que é por meio dele que a criança tem a oportunidade de explorar o ambiente e a si própria, obter novas habilidades, além de evidenciar sentimentos, escolhas, receios e hábitos. No hospital, a existência de uma brinquedoteca faz-se ainda maior, visto que é um ambiente propenso a provocar ansiedade, quebra do cotidiano e fobias - fato que se encontra de acordo com a Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005, que dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Dentre os profissionais que podem atuar em brinquedotecas, encontra-se o Terapeuta Ocupacional, que tem seu foco em prevenir a defasagem do papel ocupacional da criança, evitar uma ruptura abrupta de seu cotidiano e de seus hábitos. OBJETIVO: relatar a importância da brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais na visão da Terapia Ocupacional. RELATO DE EXPERIÊNCIA: No HRAC/USP, carinhosamente conhecido como Centrinho, são desenvolvidas atividades lúdicas e recreativas que auxiliam na passagem de pacientes e familiares pelo hospital. Existem três salas diferentes, cada uma com seu objetivo e público específico: a sala de jovens e adultos, a sala de espera cirúrgica (onde os pais ou acompanhantes de pacientes que estão em cirurgia aguardam realizando atividades) e a sala de crianças de 0-12 anos, conhecida como brinquedoteca, onde o público é formado por crianças com anomalias craniofaciais e seus familiares. Nessa última sala são oferecidas atividades como pintura, teatro, confecção de pulseiras e porta-treco, jogos de tabuleiro, brincadeiras com massa de modelar, além da existência de diversos brinquedos adequados a todas as faixas etárias. Existem também brincadeiras que auxiliam na diminuição da ansiedade e (Continua)(Continuação) desmistificam a rotina hospitalar, como o exemplo do "Projeto Brincar de Médico", onde as crianças têm a oportunidade de conhecer os equipamentos e trajes médicos e encenarem operações, indicações e orientações para alta médica. Por meio da observação da brinquedoteca, foi possível perceber que as crianças submetidas a situações de estresse hospitalar, como aquelas causadas pelo jejum pré-operatório ou pela espera da alta pós-operatória, tem seu estresse e ansiedade diminuídos quando estão inseridas em atividades lúdicas e recreativas, proporcionadas no espaço da brinquedoteca. Foi percebido uma diminuição de episódios de choro e irritação das crianças participantes de atividades frente a aquelas não inseridas nas mesmas. Já na observação dos pais/acompanhantes, foi perceptível um maior contentamento daqueles que tinham seus filhos participando de alguma das atividades. Uma maior interação também foi observada entre os pais e filhos que realizavam atividades em conjunto em comparação com aqueles que optavam por não realiza-las. CONCLUSÃO: A brinquedoteca hospitalar ultrapassa o sentido de ocupação e distração, traz consigo o contexto da diminuição da ansiedade, maior interação entre familiares e até mesmo o aprendizado e empoderamento sobre técnicas médicas e orientações de alta hospitalar, sendo dessa forma um recurso importante a ser explorado e aprimorado dentro das instituições hospitalares
- Imprenta:
- Publisher: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
- Publisher place: Bauru
- Date published: 2015
- Source:
- Conference titles: Simpósio Internacional de Fissuras Orofaciais e Anomalias Relacionadas
-
ABNT
BRÁZ, G. M. et al. A brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais: um relato de experiência. 2015, Anais.. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, 2015. . Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Bráz, G. M., Moraes, M. C. A. F., Buffa, M. J. M. B., & Souza, C. D. R. (2015). A brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais: um relato de experiência. In Anais. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. -
NLM
Bráz GM, Moraes MCAF, Buffa MJMB, Souza CDR. A brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais: um relato de experiência. Anais. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ] -
Vancouver
Bráz GM, Moraes MCAF, Buffa MJMB, Souza CDR. A brinquedoteca hospitalar na atenção a crianças com anomalias craniofaciais: um relato de experiência. Anais. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ] - Terapia ocupacional e recreação na reabilitação das anomalias craniofaciais
- Terapia ocupacional e recreação na reabilitação das anomalias craniofaciais
- A atuação da área de recreação no ano de 2012
- Orientações sobre o desenvolvimento neuropsicomotor para pais e cuidadores de crianças com fissuras labiopalatinas e/ou síndromes associadas
- Terapia ocupacional, educação e recreação no contexto hospitalar
- A influência das atividades expressivas e recreativas em crianças hospitalizadas com fissura labiopalatina: a visão dos familiares
- Relato de experiência da terapia ocupacional nas unidades de terapia intensiva e semi-intensiva em bebês com fissuras orofaciais e síndromes associadas
- As atividades expressivas e recreativas em crianças com fissura labiopalatina hospitalizadas: visão dos familiares
- The influence of expressive and recreational activities in inpatient children with cleft lip and palate: standpoint of the family
- Grupo "TO na arte": desenvolvendo habilidades dos jovens com fissura labiopalatina
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