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Taxonomia, filogenia e biogeografia dos baiacus do gênero Colomesus Gill, 1885 (Tetraodontiformes: Tetraodontidae) (2015)

  • Autores:
  • Autor USP: RUIZ, WILLIAM BENEDITO GOTTO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assuntos: TETRAODONTIDAE; PEIXES (CLASSIFICAÇÃO); FILOGENIA; BIOGEOGRAFIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Colomesus é um gênero de baiacus endêmico da América do Sul, com três espécies válidas: as duas dulcícolas C. asellus e C. tocantinensis, e a marinha C. psittacus. De acordo com a literatura atual, a primeira ocorre amplamente na bacia Amazônica, nos rios Orinoco, Essequibo e Capim, e a segunda, caracterizada como endêmica do Rio Tocantins, Brasil. Este gênero foi revisado há meio século, onde várias questões nomenclaturais foram parcialmente solucionadas. Nesta revisão, foi confirmado que os tipos de C. asellus e C. psittacus são desconhecidos. Considerando C. tocantinensis, sua descrição foi proposta baseada em poucos exemplares, todos de estágio juvenil e de uma mesma localidade. A ampla distribuição de C. asellus e sua exibida variedade morfológica, também tem levantado questões. Em Tetraodontiformes, somente Tetraodontidae tem espécies dulcícolas, sendo elas representadas por apenas 7% (~31 spp.) da ordem, ocorrendo no Sudeste Asiático, África Central e América do Sul. Devido Tetraodontidae ser de origem marinha e essas espécies dulcícolas serem recentemente derivadas, elas são comumente relictuais e podem apresentar histórias biogeográficas interessantes. Neste aspecto, estudos tem sido carreados sobre a biogeografia de Colomesus, porém, de uma maneira geral, apresentando hipóteses distintas e pobremente suportadas. Diante da situação, uma investigação envolvendo sistemática filogenética e biogeografia do gênero foi produzida aqui. Foram estudados mais de mil espécimes provenientes de toda a área de ocorrência das espécies de Colomesus. Foram extraídas 34 medidas de estruturas corporais, análises morfológicas das escamas, do órgão nasal, da placa dental, do padrão de colorido, da linha lateral, da distribuição de escamas, e contagens de vértebras, pterigióforos e raios de nadadeiras foram feitas. Em osteologia, foram utilizados mais de 70 espécimes diadiafanizados e outras dezenas de radiografias. Uma análise filogenética é apresentada com base em 82 caracteres, envolvendo 17 táxons terminais de 7 gêneros da família. Posteriormente, uma investigação de biogeografia histórica foi documentada e discutida. Também foi realizado uma revisão de literatura (e.g. lista de sinonímias). Os resultados concluídos foram: 1) a redefinição de Colomesus; 2) a descrição de um gênero novo; 3) a redescrição de C. psittacus ; 4) a redescrição de Gênero novo asellus ; 5) a redescrição de Gênero novo tocantinensis; 6) a descrição de Gênero novo sp. n. 1, da bacia do Rio Orinoco, Venezuela; 7) a descrição de Gênero novo sp. n. 2, do Alto-Médio Rio Amazonas, Equador, Bolívia, Peru e Brasil; 8) a descrição de Gênero novo sp. n. 3, da calha do Rio Amazonas, Brasil; e 9) a descrição de Gênero novo sp. n. 4, da Rio Uatumã, Brasil. Cada espécie pode ser diagnosticada com base em caracteres variados, alguns dos quais, autapomórficos. O monofiletismo de Colomesus foi sustentado, sendo este, grupo irmão do clado do Gênero novo, das espécies dulcícolas. O monofiletismo do Gênero novo foi suportado por 25 sinapomorfias (21 livres de homoplasia e de reversão). Colomesus psittacus é proposto como um gênero monotípico, pelo suporte de 14 sinapomorfias (6 livres de homoplasia e de reversão). Outra filogenia foi apresentada, demonstrando que o Gênero novo, dos baiacus dulcícolas neotropicais, não tem relação próxima com o gênero Tetraodon, dos baiacus dulcícolas africanos. A hipótese biogeográfica foi a de que o ancestral comum do Gênero novo tenha sido "trazido" para água doce pelas transgressões marinhas, entrando pelo portal Paleo-Orinoco, durante o Mioceno (entre 20-15 Milhões de anos). Ele colonizou o Sistema Pebas e radiou-se, paralelo e logo após a elevação intensa das montanhas dos Andes e consequentemente, à mudança docanal do Rio Amazonas rumo ao leste. A história evolutiva do grupo sugere que ocorreram especiações alopátrica, peripátrica e ecológica, concomitantemente
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.09.2015

  • Como citar
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    • ABNT

      RUIZ, William Benedito Gotto. Taxonomia, filogenia e biogeografia dos baiacus do gênero Colomesus Gill, 1885 (Tetraodontiformes: Tetraodontidae). 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Ruiz, W. B. G. (2015). Taxonomia, filogenia e biogeografia dos baiacus do gênero Colomesus Gill, 1885 (Tetraodontiformes: Tetraodontidae) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Ruiz WBG. Taxonomia, filogenia e biogeografia dos baiacus do gênero Colomesus Gill, 1885 (Tetraodontiformes: Tetraodontidae). 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Ruiz WBG. Taxonomia, filogenia e biogeografia dos baiacus do gênero Colomesus Gill, 1885 (Tetraodontiformes: Tetraodontidae). 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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