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Aspectos imunológicos e epigenéticos que caracterizam a disfunção sistêmica induzida pelo vírus da imunodeficiência humana (2015)

  • Autores:
  • Autor USP: ESPÍNDOLA, MILENA SOBRAL - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBI
  • Assuntos: HIV; SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; INFLAMAÇÃO; MONÓCITOS; FATORES IMUNOLÓGICOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente causador de uma das mais importantes doenças infecciosas da atualidade, atingindo a marca de 78 milhões de pessoas infectadas e 39 milhões de mortes desde seu surgimento na década de 1980. A disfunção imunológica, típica da doença, inicia-se com a infecção e depleção de linfócitos T CD4+, os principais alvos virais. A terapia antirretroviral (TARV) alterou o desfecho da doença em todo o mundo, uma vez que a completa supressão da viremia melhora a saúde e prolonga a expectativa de vida de pacientes HIV+. No entanto, em alguns casos o quadro de inflamação crônica persiste, mesmo em pacientes tratados, e é associado à quebra da homeostase das barreiras epiteliais intestinais que causam translocação microbiana e induzem efeitos sistêmicos através da estimulação de células da resposta imune inata, como os monócitos. Dessa forma, a identificação de novos biomarcadores imunológicos e epigenéticos em células chave na imunopatogênese da doença podem dar origem a uma nova perspectiva em intervenções terapêuticas na era TARV. Portanto o objetivo do deste trabalho foi correlacionar alterações imunológicas sistêmicas em pacientes HIV+, em tratamento ou não, com alterações funcionais e epigenéticas de monócitos. Após caracterização da bioassinatura imunológica de pacientes HIV+ virgens de tratamento e em uso de diferentes regimes de TARV através da quantificação de biomarcadores plasmáticos, demonstramos por análises de biologia dos sistemas que o tratamento empregado direciona o hospedeiro à geração de perfis imunológicos distintos. Pacientes que faziam uso da primeira linha de tratamento há mais de 6 meses, apresentaram um perfil de bioassinatura semelhante ao de indivíduos não infectados, enquanto pacientes que faziam uso de medicamentos da segunda linha de tratamento permaneciam em um estado de inflamaçãomoderada, que se aproximou do padrão de pacientes HIV+ virgens de tratamento. Demonstramos ainda que as interações entre IP-10, TNF-α, IL-6, IFN-α e IL-10 são essenciais na caracterização da doença e que IP-10>TNF-α>IFN-α, respectivamente, são os melhores biomarcadores de segregação de pacientes em diferentes regimes terapêuticos. Monócitos de pacientes HIV+ apresentaram disfunções na capacidade de fagocitose e atividade microbicida, demonstrando alterações na produção de citocinas e espécies reativas de oxigênio frente a estímulo com M. tuberculosis in vitro. Além disso, pudemos observar que a dinâmica de expressão de enzimas responsáveis por alterações epigenéticas estava alterada em pacientes identificados como progressores rápidos da doença, caracterizando um estado de ativação celular prévio em monócitos que se associa com o estado de hiperativação sistêmica encontrada em pacientes HIV+
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.06.2015

  • Como citar
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    • ABNT

      ESPÍNDOLA, Milena Sobral. Aspectos imunológicos e epigenéticos que caracterizam a disfunção sistêmica induzida pelo vírus da imunodeficiência humana. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Espíndola, M. S. (2015). Aspectos imunológicos e epigenéticos que caracterizam a disfunção sistêmica induzida pelo vírus da imunodeficiência humana (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Espíndola MS. Aspectos imunológicos e epigenéticos que caracterizam a disfunção sistêmica induzida pelo vírus da imunodeficiência humana. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Espíndola MS. Aspectos imunológicos e epigenéticos que caracterizam a disfunção sistêmica induzida pelo vírus da imunodeficiência humana. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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